Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

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Espíritos ou divindades do mundo dos Mortos

 

Eis alguns espíritos ancestrais ou deuses relacionados com a morte, ou seja, com a passagem entre este mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ou o mundo dos espíritos.

Estes espíritos ancestrais, em muitas culturas vistos como Deuses, assumem particular importância na Magia Negra, pois são espíritos guardiões da passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos espíritos.

E sendo a Magia Negra, ( e branca), fundamentada na pratica da invocação deespiritos, ( espíritos dos mortos ou outros tipos de espiritos), estas entidades ou deidades assumem um papel fundamental nos procedimentos mágicos da feitiçaria e bruxaria.

Divindades do reino dos mortos, ou do mundo dos espiritos

Anubis – deus egipcio do submundo, dos mortos, dos embalsamentos e doscemiterios. Ele guarda as sepulturas e conduz as almas ao julgamento.

Ament – deusa da morte egipcia, que recebe os mortos nos portões do submundo. Oferece aos mortos pão e vinho, antes que eles entrem pelos portões que conduzem ao outro mundo.

Andjey – deus egípcio da morte, responsável pelo renascimento das almas no mundo pós-vida

Azrael – de acordo com o Corão, é o anjo da morte que recolhe as almas no momento do falecimento. Ele é um dos 4 mais elevados anjos de Alá.

Barão Cimitiere – o Loa Vodu dos cemitérios, um espírito ancestral ou Deus relacionado com as sepultura e os cemitérios

Barão Samedi – o Lua Vodu da morte. È este Deus que controla a passagem entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Cizin– Deus Maia da morte.

Ereshkigal – Deusa Sumeria e Acadiana dos mortos.

Dis Pater – deus Romano que governa o submundo ou o mundo dos mortos. A sua correspondência Grega era Hades.

Hades – deus grego que governa o submundo ou o mundo dos mortos. È também o Deus das riquezas.

Itonde – Deus Africano da morte, que também protege os caçadores

Kala – Deus Hindu da morte e da destruição

Mania – deusa romana dos mortos, que é mãe dos fantasmas

Morta– deusa romana dos mortos que cortava o fio da vida aos mortais, levando-os a partir para o submundo

Mors – deus romano da morte, visto , ( segundo os textos de Ovídio), como uma figura de um cadaver vestido num sudário e segurando uma ampulheta nua mao, e uma foice na outra.

Naemia – deusa romana que atende e cuida dos funerais

Nideninna – deusa Babilonica que tem o poder sobre o livro dos mortos

Persefone – deusa Grega da morte, que se tornou consorte de Hades e rainha dos infernos

Proserpina – deusa Romana da morte, equivalente a Persefone na mitologia Grega. Tambem como Persefone foi raptada por Plutão (o correspondente a Hades na Grecia), e assim coroada pelo casamento enquanto «rainha dos infernos».

Tuchulcha – deusa etrusca demoníaca que aguarda o submundo.

Plutao – deus dos infernos ou do submundo, equivalente da Hades na Grecia.

Yama – deus Hindu da morte, que julga os mortos

 

 

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Vidência Mediunidade e Oráculos

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Vidência Mediunidade e Oráculos

«se durante o surgimento de uma aparição (espírito), houver uma vela acesa num recinto, ela ficará com uma chama azul»
In: A Provencial Glossary; Francis Grose; Sec XVIII

A necromancia define-se enquanto um processo metafisico ou sobrenatural, atraves do qual se consegue contacto com os mortos. Trata-se por isso do contacto, ou com os espiritos dos mortos, ou com os espiritos ancestrais.

A necromancia acaba abordando sempre 2 tipos de espíritos que se encontram no mundo dos mortos, ou seja, no mundo daqueles que não estão vivos na carne, o dito «mundo do Alem», ou o mundo que esta para alem desta realidade fisica.

Os espiritos abordados são:

  • 1- ou espirtos de mortos; leia-se: espiritos de pessoas que ja habitaram neste mundo e que já morreram, que ja abandonaram o seu corpo fisico e partiram para o «outro lado».
  • 2- ou espirito ancestrais; leia-se: espiritos existentes desde a aurora dos tempos, desde o inicio da criaçao. Espiritos tao antigos como o proprio universo, espiritos nascidos da propria criação, consciencias que existem há uma infinitude de tempo e que tem a amplitude do próprio infinito. Alguns dizem que se tentassemos equacionar toda a profundidade do infinito, e depois multiplicar isso por toda a eternidade, ainda assim nao seriamos capazes de entender toda a extensao da existencia dessas conscienciascelestes ou espiritos ancestrais. A estes espiritos certas culturas chamaram Deuses, outras culturas chamaram anjos, outras chamaram de Loas, outras chamaram de Jiins, outras chamaram «daemons», etc…. No fundo, ( fundamentalismos religiosos á parte….), tantos nomes para as mesmas entidades, pois ao longo da historia da humanidade, cada cultura os viu com os seus próprios olhos e assim, a cada cultura estes seres espirituais se fizeram ver de forma a serem entendidos.No fundo, é como uma pedra. Uma pedra é uma pedra, e no entanto em 200 culturas diferentes a mesma pedre tem 200 nomes diferentes e talvez mesmo 200 fins diferentes. O objecto é o mesmo, somos nós que lhe damos nomes diferentes e os vemos conforme a nossacompreensao permite alcançar.

A morte, ou seja, a passagem para esse outro mundo, é a porta que a necromancia abre todos os dias e que permite para quem a pratica, comunicar com os espiritos.

A necromancia continua sendo praticada nos dias de hoje, sendo atraves de tábuas de Ouijá, sendo pelo uso de instrumentos como pêndulos ou varas, seja atraves daquilo a que se denomina «espiritismo».

Se bem que as doutrinas espiritas possam advogar imensas teses que justificam as suas praticas, o facto é que a sua acção é um exercicio de comunicação com os espiritos de pessoas falecidas e nesse aspecto, nao é nem mais nem menos que a pratica de necromancia.

No entanto, nao se escandalizem os defensores do espiritismo quando sao comparados á arte necormantica, pois a questao da necromancia é altamente ambigua nos textos sagrados.

Exemplo disso:

  • a mesma pratica que no antigo testamento é condenada, ( por exemplo, no celebre episodio da bruxa que ajuda Saul a comunicar com o espirito do Rei Samuel depois desse estar morto), no novo testamento podemos encontra-la a ser praticada pelo Messias Jesus Cristo, que na presença de fieis apostolos, entra em contacto com espiritos de mortos para com eles comunicar.

Por isso, podemos facilmente entender que, no que respeita á necromancia, os autores Biblicos consideram-na um pecado mortal quando praticada por bruxos, e um poder divino de Deus quando realizada por profetas de Deus. Ou seja: quando é feito pelos outros é mau, quando é feito por mim é bom.

Os oraculos

Um oraculo é uma resposta dada por um Deus a uma questao especifica que é colocada a essa deidade.

A questao é colocada por quem consulta esse Deus, e a resposta é facultada por uma pessoa que se encontra em contacto e dialogo com o mesmo Deus. Essa pessoa é um intermediário entre os humanos que procuram ajuda divina e o Deus.

Na antiguidade esse papel era desempenhado pelos sacerdotes dos Templos dedicados aos Deuses. Esses sacerdotes e sacerdotizas tinham essencialmente 2 funções:

  • 1- adorar o Deus ao qual dedicaram a vida;
  • 2- facultar Oraculos a quem procurava a ajuda e orientação do Deus.

Esses sacerdotes e sacerdotizas eram pessoas diferentes,pois eram pessoas cujo o corpo se encontrava aberto ao espirito do Deus que adoravam. Por assim ser, os sacerdotes e sacerdotizas eram instrumentos por via dos quais o Deus podia comunicar com os mortais. A deidade podia por isso, uma vez invocada, entrar no corpo do sacerdote ou sacerdotiza, possuindo-os, e habitando nesse corpo o tempo que desejasse. E habitando no corpo, possuindo-o, a deidade podia comunicar com o mundo fisico, com o mundo dos vivos. Esta forma de comunicação com os espiritos existe desde sempre, e é profundamente necromantica.

Nesta pratica espiritual, há um objectivo de contactar o mundo dos mortos ou o mundo dos espiritos para fins oraculares, e isso, é nem mais nem menos que necromancia.

Nesta pratica espiritual, há assim um intermediário entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, ( quando falamos de «mundo dos mortos», leia-se: o mundo dos espiritos, onde estão os espiritos dos que ja morreram, assim como os espiritos ancestrais aos quais chamamos Deuses), sendo que essa pessoa abre-se á entrada de um espirito no seu próprio corpo, permitindo assim a ocorrencia de uma possessão voluntária, ou seja, uma possessão que foi consentida pela própria pessoa possuida. Essa pessoa é escolhida nao por nenhum humano vivo, mas sim pelo próprio espirito ou pela própria deidade. O espirito ou a deidade escolhem fazer daquela pessoa uma das suas «casas», ou seja, um dos locais onde optam por habitar temporariamente cada vez que desejam aceder a esta mundo. Deuses sao espiritos e espiritos nao tem corpo. Para aceder a este mundo, eles precisam entrar num corpo, e eles mesmos escolhem os corpos nos quais fixam residencia para esses fins. Esta tese é tao antiga quanto as proprias praticas espirituais, e japodemos encontrar exemplos disso na antiguidades religiosa do Egipto.

A palavra «Faraó» significa «a grande casa», ou o «templo». Isso porque acreditava-se que o faraó era a «casa» onde habitava o espirito de um Deus. Tal como se acreditava que um Deus podia habitar num Templo que lhe tivesse sifo erguido e dedicado, e que assim um Templo era na verdade uma das casas do Deus ao qual era dedicado ou seja, um templo era uma casa em que um espirito divino podia habitar, tambem o corpo do Faraó era um templo ou uma casa na qual o espirito de um Deus podia entrar e habitar durante o tempo que desejasse. Na verdade, o Faraó tinha, ( segundo as noções religiosas da antiguidade Egipcia), o corpo aberto e era passivel de ser possuido pelo espirito de um Deus. Por isso, quando se dizia que o Faraó era um um Deus, nao se estava dizendo, ( comoalguns julgam hoje em dia), que o Faraó se fazia passar por um Deus de verdade. O Faraó , ( bem como os seus subditos), tinha a perfeita noção que era feito de carne e osso, que era mortal e que era humano tal como os demais. Por isso , nao se tratava, ( como alegam alguns hoje em dia), de um truque para enganar ignorantes.O que se estava dizendo, é que o Faraó era uma pessoa passivel de ser possuida por um espirito e que esse espirito encontrou naquele corpo uma habitação que lhe era agradavel e na qual o espirito é livre de ingressar.

A noção do corpo de um humano como habitação de uma entidade espiritual tem reflexo até mesmo nos textos biblicos. Repare-se que Jesus, certa vez visitando o Templo de Javé, declarou: «Este é o Templo de Deus. Pois irei destruir pedra por pedra estetemplo, e em 3 dias o reconstruirei». Os sacerdotes do templo ao ouvir tais palavras, ridicularizaram Jesus, rindo-se e dizendo que aquele solido templo feito de grandes pedras demorou umas centenas de anos a ser construida, e que aquele lunatico se propunha a destrui-lo num dia e reconstrui-lo em 3 dias, o que apenas confirmava a insanidade do profeta.Pois a verdade é que Jesus estava na verdade a referir-se nao ao Templo em si, mas ao seu próprio corpo. O que ele estava a dizer,eram 2 coisas importantissimas:

  • primeira- Jesus estava anunciando, sem que ninguem entendesse, que o seu proprio corpo seria destruido em apenas 1 dia, sendo que ele o iria reconstruir, (resuscitar), em 3 dias.
  • segunda – Mais importante: Jesus estava afirmando que o corpo dele era o templo de Deus, ou seja, que o corpo dele era a casa onde o Deus Javé habitava.

Esta noção nao é inovadora nem foi inventada por Jesus. Na verdade, aquilo que Jesus afirma ao dizer que dentro do seu corpo habita o espirito de um Deus, ou seja, que o seu corpo é uma casa onde reside o Deus Javé, era exactamente o mesmo que afirmavam os Faraós Egipcios.

Tanto no caso de Jesus que afirmou que o seu corpo era a casa de um espirito,( neste caso um espirito divino, o espirito de javé), e que comunicou com mortos, ( com Moises e Elias), assim como no caso dos Faraós, torna-se evidente que nalguns casos e para certas pessoas, o corpo é uma habitação onde entram e residem entidades espirituais. A possessao de corpos por parte de espiritos, bem como a comunicação com os mortos, e mesmo o contacto com entidades espirituais, sao por isso fenomenos comprovadamente ancestrais e sao, tanto quanto se sabe, a forma por via da qual os espiritos falam com os vivos e os vivos se relacionam com o mundo dos espiritos.

Pois todo este universo de comunicação com o Alem ou com a esfera celeste, seja por comunicação com mortos, seja por comunicaçao com espiritos divinos, é a propria esfera da actividade da necromancia. Quer certas religioes queiram ou nao, é isso que esta escrito nas sagradas escrituras.

Mediunidade e Possessão

A mediunidade é a capacidade de comunicaçao com entidades «nao-fisicas» ou espirituais.

Os chamados «mediuns» sao pessoas que tem a capacidade de mediunidade, ou seja, a capacidade de ser uma «ponte» entre este mundo, ( o mundo dos vivos, o mundo fisico), e o mundo do Alem, ( o mundo dos mortos, o mundo dos espiritos). Hoje em dia chamados «mediuns» pelas doutrinas espiritas, foram noutros chamados videntes, Xaman, ou serviram de sacerdotes em templos dedicados a Deuses, etc.

Existem 3 tipos de mediunidade ou de mediuns:

  • 1- mediuns fisicos
  • 2- mediuns mentais
  • 3- mediuns oniricos

O medium fisico, tem a capacidade de deixar uma entidade espiritual entrar dentro do seu corpo, sendo que essa entidade ocupa e toma conta do mesmo corpo. A esse fenomeno alguns chamam«encorporaçao», mas na verdade trata-se de uma forma de possessão. O fenomeno por vezes pode ser acompanhado pela perda de consciencia do medium, que perde o auto-controlo, ou seja, deixa de conseguir ter dominio sobre o seu proprio corpo e a sua propria mente, que ficam dessa forma sob o poder da entidade espiritual que possuiu. Assim, depois de terminar a possessao, esse tipo de medium raramente se lembra do que se passou enquanto esteve possuido pelo espirito. A todo este estado chama-se «transe», ou seja, é dito que o medium ao ser possuido por um espirito que toma conta do seu corpo, entra em «transe».

O medium mental, tem a capacidade de comunicar com os espiritos, contudo sem entrar em transe. Nestes casos a possessao do medium pelo espirito é menos intensa. O espirito fala igualmente atraves do corpo do medium, contudo o medium mantem perfeita lucidez e consciencia durante todo o processo. Nesta forma de comunicação com os espiritos, o medium acaba fazendo uso de certos recursos materiais que permitem a transmissao das mensagens que o espirito deseja transmitir: desde pedulos, a varas, a tabuas deOuijá, á psicogragia, etc.

Há por ultimo o medium onirico, pois tambem a mediunidade pode ser exercida atraves de mensagens facultadas atraves de sonhos ou visoes nocturnas. A todo este tipo de praticas mediunicas, denomina-se mediunidade onirica. Neste tipo de mediunidade, a pessoa recebe as mensagens de forma mental, contudo nao se encontra em total controlo de si mesmo porquanto se encontra dormindo ou num estado alterado de consciencia. Por assim ser, este tipo de mediunidade é em parte fisica e em parte mental, pelo que merece uma referencia distinta .

No entanto, seja qual for o tipo de mediunidade que se analise, toda esta pratica espiritual assenta no pressuposto do fenomeno de «possessao», pois de forma consciente ou insconsciente, de forma mais forte ou mais ligeira, a pessoa detentora desta capacidade é sempre possuida momentaneamente pelo espirito que fala atraves dela.

Os medius e os Videntes

quando falamos de videncia, há quem afirme que se trata de um falso titulo. Há quem afirme que na verdade não exitem «videntes» com a capacidade própria de ver coisas no passado, no presente ou no futuro, mas antes há pessoas com a capacidade de comunicar com o mundo espiritual e dele receber mensagens.

A diferença é enorme, pois assim se considera que ninguém tem «por si» e «em si» uma capacidade de «ver», mas antes que as pessoas podem ter na verdade a capacidade de serem , de uma forma ou de outra, «possuídos» por espiritos que transmitem mensagens aos vivos.

E quem o afirma, defende que na verdade, essas pessoas a quem se chamam «videntes», na realidades elas sao pessoas que tem a capacidade de receber, (consciente ou inconscientemente), comunicações vindas do mundo espirtual, mensagens de espiritos, que avisam sobre eventos passados , presentes ou futuros.

Se essa tese é verdadeira, então verdadeiro fundamento daquilo a que chamamos de videncia é na verdade uma capacidade necromantica, ou seja, a capacidade de comunicar com os mortos e com o mundo dos espiritos.

Mais uma vez, encontramos na Biblia provas deste facto.

Nos textos biblicos podemos entender que na verdade quando falamos de Videntes e Profetas, estamos falando no mesmo.

E também nos textos bíblicos do Antigo Testamento, são inúmeras as referencias a pessoas que, havendo nelas sido derramado o espírito de Deus, ou seja, sendo elas possuindas por um espírito de Deus, começaram a profetizar. Assim sucedeu nos tempos de Elias e Moises.

Também no Novo Testamento se lêem mais referencias a esta fenómeno, quando se observa que após a morte e ressureição de Jesus, os apostolos foram possuidos pelo Espirito Santo e começam assim a falar linguas e a transmitir grandes mensagens de sabedoria. Segundo os textos sagrados, nao eram os profetas que falavam por si, mas sim o espirito que os possuiu que falava pela boca deles.

Ora, torna-se claro que vidente, (ou profeta), é aquele é possuído por um espírito, sendo que esse espírito passa a actuar neste mundo através daquela pessoa. Torna-se assim evidente que os textos bíblicos nos referem claramente que as mensagens da vidência advém dos espíritos que possuem uma pessoa, ( o vidente, ou o profeta), e começam a falar pela sua boca.

A mediunidade, a possessão voluntária e necromancia, ( enquanto processo de contacto com os mortos ou com o mundo dos espíritos), são fenómenos que se encontram detalhadamente descritos nos Textos Bíblicos.

Houve ao longo dos tempos, um grande esforço que as autoridades eclesiasticas desenvolveram para manter o máximo silencio sobre tais praticas, e mesmo para impedir, ( pelo medo), que a espiritualidade fosse livremente exercida. E todo esse esforço resultou num infeliz filão de contradições incoerentes. Senão vejamos os seguintes exemplos dessas contradições:

Por exemplo:

  • 1- Os teólogos consideram um sinal de possessão demoníaca alguém que, após uma possessão espiritual, comece a falar línguas que desconhece, quando no entanto, o mesmo fenómeno aconteceu aos apóstolos quando esses foram possuídos pelo espírito santo. Como ficamos?
  • 2- As autoridades religiosas consideram a possessão um fenómeno demoníaco, e no entanto o próprio filho de Deus disse ser um corpo onde habitava o espírito santo e assim, alegou estar possuído pelo espírito de Deus.Ficamos em que pé?
  • 3- As autoridades teológicas condenam a pratica da comunicação com mortos, e no entanto o próprio filho de Deus comunicou com espíritos de profetas que ja tinham morrido.Como explicar?
  • 4- Os teólogos consideram um pecado praticar magia negra, ( leia-se: magia negra é a pratica espiritual que consiste em contactar e comunicar com demonios), contudo o próprio fundador da sua fé praticou-a, porquanto por mais de uma vez entrou em contacto, ( ou foi contactado), por demónios, sendo que o fez para diversos fins: desde expulsa-los de um corpo, a falar-lhes para lhe pedir que mantivessem a sua identidade divina em segredo, etc….Que concluir?
  • A autoridade eclesiastica defende que é um pecado invocar e falar com os mortos, pois dessa forma esta-se a pertubar o seu sagrado descanço. No entano, não parece ter sido pecado que Elias e Moises tenham sido chamados a este mundo para comunicar com um profeta. Ficamos em quê?
  • Os teólogos consideram pecaminoso o contacto com espiritos, no entanto os textos biblicos abundam de referencias relativas ao contacto directo entre anjos e pessoas. Sendo os anjos espiritos, como ficamos?

As contradições entre as verdades espirituais descritas na bíblia, e os discursos dos teólogos, são abismais, mas facilmente entendíveis.

Tais conotações negativas entre as praticas espirituais de contacto com os espíritos e assuntos demoníacos, foram lançadas especialmente impedir que as pessoas exercessem as artes místicas e praticassem livremente, fora do controlo da eclesiástico, as vias da espiritualidade. A dado momento, a instituição religiosa quis deter o monopólio sobre toda a actividade espiritual, alegando que apenas nela residia a capacidade de comungar e comunicar com a realidade espiritual.Segundo a instituição, o exclusivo do mundo espiritual parecia ser sua exclusiva propriedade, e tudo mais fora desse feudo teológico era pecaminoso e levava á condenação eterna.Estes foram os argumentos, e esta foi a inútil tentativa de tentar apoderar-se de algo que é tão eterno com a criação do universo, e que é a realidade espiritual.

Há quem seja mais ousado, e afirme que tais confusões foram lançadas para que as pessoas nao comunicassem com os espíritos e assim, nunca obtivessem conhecimento de certas verdades ocultas que as autoridades eclesiásticas desejam manter em segredo, pois podem tais conhecimentos podem fazer ruir os pilares das crenças que suportam a sua instituição.

No entanto, apesar dos esforços de certas autoridades religiosas, os espíritos não pararam de escolher os seus emissários neste mundo e a ligação entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos mantém-se hoje tão firme e poderosa como sempre foi ao longo de toda a existência.

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