Dicionário de demónios

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Dicionário de demónios

DEMONOGRAFIA:

baphomet2A palavra Demonio é de origem grega; Os demónios para os Gregos, tal como os Génios para os Romanos, representavam forças da alma ou forças da Natureza.
Estas forças não eram necessariamente más. Podiam mesmo ser benéficas. Na maior parte das religiões primitivas, é assim que estes seres são entendidos: por vezes bons, por vezes caprichosos, mas não forçosamente inimigos. Os espíritos protetores das pessoas e lugares pertencem a esta categoria.
Nas religiões de monoteísmo evoluído, os demónios são vistos em geral como forças do mal voluntariamente opostas a Deus e inimigas dos homens. É esta a conceção existente na tradição cristã.
Os demónios, segundo as versões teológicas Hebraico-Cristas, são anjos, ou seja, são espíritos ancestrais existentes desde o início dos tempos. Os anjos são seres que derivam de Deus mas não são Deus, no entanto são possuidores de tanto poder e conhecimento que em certas culturas terão sido confundidos com Deuses.

Os anjos não possuem corpo físico, por isso a sua descrição como seres fisicamente belos e com grandes asas, são meras descrições artístico-iconográficas humanas, ou seja, interpretações culturais da sua existência numa tentativa de descreve-los, da mesma forma que Deus não possui forma humana, no entanto foi abundantemente retratado como um velho musculado de barbas brancas decalcado da figura de Zeus, tal como visto na iconografia mitológica greco-romana. Os anjos são seres celestiais, feitos de energia e inteligência celestial, pertencentes a uma dimensão espiritual ou «imaterial».Os anjos, conforme a própria Bíblia os descreve, são espíritos.(Hebreus 1;14)
Segundo as tradições teológicas Hebraico – Cristas, os demónios são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um querubim da guarda ungido ( Ez 28) que, ao desejar ser igual a Deus, foi lançado fora do céu. Quando porém ele foi lançado fora do céu sobre a terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, satanás, serpente, dragão, príncipe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:3). A Bíblia não cita a quantidade de anjos caídos, mas tem uma passagem que diz que o número de anjos que adoram ao Senhor são milhares de milhares e milhões de milhares (Ap. 5:11).Os anjos caídos tornaram-se assim demónios ou anjos negros, habitando na realidade terrestres, para onde foram exilados.
Os anjos caídos ou demónios, foram assim condenados a um exílio das realidades celestes, não podendo para elas regressar. Perdendo a sua categoria celeste, privados do contacto com a realidade espiritual, eles ficaram presos á realidade terrestre, sendo por isso espíritos desencarnados com extremo poder e incalculável sabedoria, pois eles existem desde o inicio dos tempos e são eternos.

Neste seu exílio, privados que estão do contacto com as esferas celestes, eles passaram assim a viver junto dos humanos, alimentando-se das suas energias, motivo pelo qual eles fomentam certo tipo de atos. Eles fomentam-nos pois alimentam-se deles.Eles encontram na espiritualidade da alma humana, uma fonte de poder inesgotável. Por isso, segundo as teses que defendem esta visão, dizer que o demónio é um ser do mal não é totalmente correto. Correto seria dizer que o demónio é um ser que se alimenta dos sentimentos e energias espirituais da alma de um ser humano.

Segundo as versões mitológicas grego-romanas dos demónios, se as energias de uma alma humana forem boas, o demónio alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência. Se forem más, ele alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência. Nessa versão mitológica, a relação com um demónio é por isso aquilo que o humano for: se for fundamentada no bem resultará em fins positivos, se fundamentada no mal, resultará em fins negativos.
Segundo a tradição judaico-cristã, o Anjo é uma criatura celestial – que, na generalidade, a maioria dos crentes das religiões fundadas na revelação bíblica acredita ser superior aos homens – que serve como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas brancas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, por serem constituídos de energia, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Possuem influência sobre todo o plano orgânico, ( plano dos organismos e seres vivos), e elemental, (plano dos elementos e forças da natureza ), sendo assim eles têm como uma de suas missões, ajudar a humanidade em seu processo de evolução.
A palavra anjo deriva do latim, angelu, e do grego, ángelos , com o significado de mensageiro.
De acordo com diversas fontes, existem nove grandes coros (ou cargos), grupos de anjos que ficam ao redor de Deus. Estes nove são divididos em grupos de três, as tríades. Os anjos da primeira tríade se comunicam diretamente com Deus, depois passam seu conhecimento para a segunda tríade, que trata de passar para a terceira, chegando assim ao ser humano.
Segundo a Tradição Católica, são citados apenas três Arcanjos dos quais se saberia o nome: São Miguel (Quem como Deus), São Rafael (Deus Cura), e São Gabriel. Os nomes dos demais anjos, ou seriam invenção do povo, bem ou mal intencionado, ( segundo a Igreja Crista), ou acredita-se que sejam extraídos por metodologias kabalisticas, pois a própria Bíblia diz que cada anjo tem consigo parte do nome de Deus, sendo que foi a partir do nome de Deus que se revelaram os nomes dos anjos e consequentemente dos demonios.
È também afirmado que os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida que a nossa, podendo “prever” eventos que poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras da fisica, das várias realidades dimensionais , dos metabolismos temporais, etc…. e podem-se mesmo deslocar nestas realidades com facilidade. Tal tese aplica-se também aos demónios, que não passam de anjos caídos neste mundo e realidade terrena.
Ainda segundo a Igreja, ao actuarem junto a uma pessoa ou objecto, por não possuírem um corpo físico (a imagem de um anjo como uma pessoa com asas é mera representação artística) , o Anjo se torna um com ele.
No Judaísmo, segundo Talmud e Midrash, há 3 classes de demónios:

espíritos impuros, diabos e os «lilin».

Os primeiros são espíritos malignos desencarnados que vagueiam pelo nosso mundo terreno, e que não possuem forma ou corpo; Os segundos são espíritos diabólicos que podem assumir forma humana; os terceiros são podem assumir forma humana, mas possuindo asas. Estes últimos são espíritos da noite, terríveis espíritos, poderosos, que se alimentam de almas humanas atuando tal como vampiros. Eram os mais temidos demónios pelos Hebreus.

Esta tese teológica defende também que todas essas 3 classes de seres tem origem em Adão, que depois de ter cometido um grave pecado, separou-se de Eva por 130 anos, período de tempo em que andou errante pela terra. Foi pois nesse período de tormenta e expiação que Adão através de desejos impuros encheu a terra de espíritos, maus, demónios e lilin. Nesta visão defende-se que os demónios são meio-humanos.
Nalguma demonologia hebraica, os demónios não são considerados maus ou satânicos, leia-se satânico como aquele que é opositor a Deus. Até mesmo Asmodai, o líder de todos os demónios segundo certas versões aramaicas, matou 7 noivos de Sara antes da consumação matrimonial, mas fe-lo não enquanto um demónio Satânico – leia-se satânico aquele que é um espírito de rebeldia contra Deus- mas antes enquanto um ser que é a personificação das forças da luxúria e morte. E um ser desta natureza é levado a locais onde essas energias existem, para as gerar e consumar.
Há também entre algumas teses cabalísticas que definem os demonios , tal como certas versoes populares hebraicas, enquanto espíritos dos mortos vagueando eternamente por este mundo, tanto na forma de espectros como de vampiros.
Nas versões teológicas de natureza cabalística, a demonologia existe por oposição á angiologia, sendo que não é possível conceber a criação de Deus sem calor por oposição ao frio, sem trevas por oposição á luz, sem demónios por oposição a anjos, pois toda a criação de Deus foi feita a pares e é regida pela dialéctica dos opostos.
Há uma velha expressão teológica hebraica que diz:

• «Não permaneceis no caminho do touro quando ele regressa da pastagem, pois satã dança no meio dos seus chifres».

Pois ficar nos chifres do touro é dificil, e apenas quem tem a força e o saber para o fazer, assim o pode fazer e extrair daí os proventos desejados.Segundo as versões Hebraicas, Salomão recebeu conhecimentos mágicos e esotéricos que lhe permitiram estar «nos chifres do touro» e «domar a fera», de forma a obter do poder da fera aquilo que mais desejava.
Muitas das vezes os demónios são chamados de Satã, que na verdade, alguns dizem ser um titulo e não propriamente um nome, enquanto que outros dizem que esse é o nome do rei dos demónios, pelo que acaba sendo aplicado aos demónios em geral.
Quando falamos de demónios, temos também de falar dos Génios, pois estes foram atentamente estudados na cultura Romana, assim como na mitologia Árabe pré-islamica e mesmo no Islão.Nessas culturas e mitologias, um jinn (também “djinn” ou “djin”) é um membro dos jinni (or “djinni”), uma raça de criaturas espirituais.
Para os Romanos, os genius, (latim), eram uma espécie de espírito guardião ou tutelar do qual se pensava serem designados para cada pessoa aquando do seu nascimento. Os génios também possuíam poderosa influência nos elemental, ou seja, nos elementos constituintes desta realidade terrestre.
Para a mitologia Àrabe , os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no paraíso, quase equiparados aos anjos, embora formalmente, escala da hierarquia celeste, estivessem um degrau baixo dos anjos. È dito que os jinni não seriam seres meramente espirituais, pois seriam fisicamente são feitos de ar e fogo.

Depois do ato de criação de Adão, crê-se que os jinni , sob a liderança do seu orgulhoso líder Iblis, recusaram curvar-se perante a nova criatura, uma criatura aos olhos deles inferior em todos os aspetos. Pelo seu ato de desobediência a Deus , os jinni foram expulsos do paraíso, tornando-se entidades perversas e malignas. Iblis, que foi atirado com eles na Terra, tornou-se o equivalente ao Satanás Hebraico-Cristão. Sendo feitos de fogo ou ar , diz que os jinni podem residir invisivelmente no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objecto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc.

Na hierarquia sobrenatural, considera-se que os jinni, estão um degrau abaixo dos demónios. Ao contrário desses, os jinni possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, o que so por si os limita face aos demónios que são imortais. No entanto, os jinni sao livres de quaisquer restrições físicas tal como os demais seres espirituais, demónios incluído.
Nem todos os jinni são malignos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Diz-se contudo nas ancestrais tradições magicas Árabes, que aquele que possuir os necessários conhecimentos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio, embora tal de tivesse sempre revelado bastante difícil e perigoso.
Os Muçulmanos acreditavam que os Jinni eram criaturas com livre arbítrio. Como já foi sublinhado, no Islão, acreditava-se que Satan era um Jinni e não um anjo. Aliás, os jinni eram uma realidade religiosa tão aceite, que no Al-Quran esta mencionado que Mohamet foi enviado como profeta para ambos humanidade e jinni. Para a crença muçulmana, os jinni , tem vidas muito parecidas com a dos humanos: eles comem, eles casam, eles morrem, etc. Eles são seres invisíveis aos humanos, mas podem ver os humanos ou entrar em contacto com eles. A aparente ideia de imortalidade destes seres, ( aos olhos dos comuns mortais), vem do facto de eles viverem muito mais tempo que os humanos, o que lhes dá uma aparência de imortalidade.
Os Jinni são seres muito parecidos aos humanos, possuindo a habilidade de serem bons ou maus. Eles contudo, geralmente, tem um ponto em comum: são maliciosos, devido ao sentimento generalizado que reina entre os Jinni, de que o seu lugar na Criação foi-lhes foram usurpado pelos humanos.
A noção de Satã no Islão diverge por isso da versão Crista. No Islão existe Shaytan, uma entidade análoga ao Satã cristão. Contudo, a visão islâmica sobre Shaytan é mais próxima das noções teologicas judaicas que com as noções cristas.
No Islão, Allah criou tudo em pares. O calor com o frio, as trevas com a escuridão, a morte com a vida, o positivo com o negativo. «ad infinitum».
O par correspondente á raça humana, é o seu oposto, os Jinni. Ambos os seres foram criados com inteligência e livre – arbítrio, sendo contudo que os humanos foram criados a partir da terra/barro, e os Jinni a partir do ar/fogo. O Qu’ran diz-nos que os Jinni foram criados muito, muito antes que os humanos. Iblis era um Jinni que era supostamente muito bom, muito virtuoso, e um devoto servo de Allah. Ele alcançou um elevado status nas esferas celestiais, e foi elevado a um condição próxima dos anjos. Mas Allah conhecia bem Iblis e as suas intenções. Segundo a teologia Islâmica, os anjos não tem «livre – vontade», pelo que apenas podem obedecer á palavra de Deus e não cometem pecado, pois não sabem como cometer pecado. Eles estão ao total serviço da vontade de Deus e é-lhes impossivel desobedecer a Allah , pelo que esta fora das suas possibilidades sequer pensar em cometer o pecado, quanto mais comete-lo. Allah criou então os humanos, e ordenou aos anjos que se prostrassem a Adão e aos seus. Os anjos fizeram-no, contudo Iblis recusou obedecer a uma ordem direta de Deus. Iblis era orgulhoso e considerava-se superior a Adão, uma vez que ele era feito de barro e ele era feito de fogo. Pelo ato de desobediência, Allah amaldiçoou-o ao lago de fogo por toda a eternidade. Contudo, Satã obteve autorização de Deus para desviar almas humanas.
Neste aspeto, a visão Islâmica e Judaica coincidem perfeitamente, pois ambas defendem que Satã é basicamente o adversário de Deus, e que, apenas possui, o poder da influência, o poder do murmúrio, o poder da sugestão.

No fundo, é o mal dentro de cada um de nós que acaba ouvindo e anuindo á sugestão de Satã, o bem dentro de cada um de nos que nos faz resistir á tentação. O mal vem do ser humano, e não de Satã.
Segundo esta versão, foi Iblis que tentou Adão a comer da arvore proibida. Allah expulsou assim Adão e Eva do paraíso, e também Iblis. Todos vieram para a terra, com grande inimizade entre si. Humanos e Jinni doravante partilharam esta desconfortável inimizade.
Para que os humanos se protegessem dos jinni, os Muçulmanos diziam a frase: « Bismillahi! Allahumma inna ‘audhu bika minal khubthi wal khabaa’ith»
Algumas versões dizem que o bisneto de Iblis, converteu-se ao Islamismo durante o tempo de Muhammad, portanto ele seria um ser com centenas de anos.
De acordo com alguns teólogos Islâmicos, o Qur’na declara expressamente que Satan não era um anjo, ( ao contrário do que defende o Cristianismo), mas antes um jinni a quem foi dado uma grande honra e posto igual ou superior aos próprios anjos.
A demonomancia é a artes de saber o passado, o presente e futuro com recurso á invocação de demónios.
A demonografia é um tratado sobre a natureza e a influencia dos demónios na realidade terrena ou na vida humana

DEMONOLOGIA

baphometOs demónios são anjos caídos, que foram banidos da presença de Deus e desde então vivem em exílio, afastados do reino celestial de deus, ( o chamado «céu»), habitando tanto neste mundo mundo terreno, assim como no «mundo dos mortos», (o «Sheol» Hebraico, ou o «Hades» Helénico, a que a teologia Crista encara erroneamente como o «Inferno»), ou seja: o local para onde as almas dos humanos vão depois da morte, para encontrarem o seu repouso eterno.
A confusão entre o «Sheol» e o «inferno» é um erro típico da teologia crista: o cristianismo vê o inferno como um lugar de eterna condenação dos maus, ao passo que na verdade o «sheol», ( a noção hebraica de onde nasceu a lenda mitológica do “Inferno” segundo o catolicismo), é o «reino dos mortos», o local para onde vão as almas daqueles que faleceram, para ali repousarem na sua vida pós-morte.
Trata-se por isso do mundo onde habitam as almas de todos os mortos, e não de um local de condenação, ou pelo menos não inteiramente: nesse local quem é condenável será purificado, e quem não o é viverá pacificamente e em liberdade. Por isso, esta noção corresponde antes a um arquétipo do «mundo dos espíritos», onde todas as almas são purificadas. Segundo o evangelho sobre José, ( um texto apócrifo do Sec V d.C.), o «inferno» é tido com um lugar por onde as almas tem de passar, ( através dos 7 véus das trevas – cap. XXII, XXIII – ), para se purificarem.
Trata-se antes e por isso, de um processo espiritual que sucede após a morte, trata-se da transposição de uma passagem, ( cap. XXII), comum a todo o ser humano após a sua morte: todos passam por essa transição, independentemente de serem pecadores ou não.
A mesma noção também encontramos noutro texto apócrifo, os Actos de Pilatos, onde verificamos que no “inferno” se encontram em repouso eterno as almas de figuras como Abraão, Isaías, João Batista, etc,(II, cap 18,1), todas ela ali habitando em espírito e aguardando a sua libertação por via da completa purificação pelo espírito de Deus, que neste caso, ( neste texto), lhes aparece através de Jesus.
Ou seja: o inferno é visto tanto em certas tradições gnósticas, como nas mais ancestrais teologia hebraicas, como o «mundo espiritual», e não como o «inferno» que os padres Católico -Romanos “venderam” ao povo durante a Idade Media, apenas para o amedrontar e assim manter sob sua alçada, guiado pelo grilhões do medo.

Esta noção que a igreja católico – romana criou de um Inferno punitivo, assim como a criação imaginaria de um «purgatório», (cuja a existência, no Sec XX , já foi desmentida pela própria Igreja através do papa João Paulo II), serviram apenas para vender «bulas papais» e «perdoes celestiais» ás classes mais altas da sociedade, enriquecendo assim os cofres do Vaticano de tal forma, que assim se edificou uma das mais invejáveis fortunas do mundo que ainda hoje existe. A troco da salvação de uma alma, (para que ela não acabasse no inferno, ou para que ela saísse rapidamente do purgatório e fosse para o céu), a igreja católica vendia perdões papais que «limpavam» todos os pecados de uma alma. Claro, fazia-o em troca de elevadas quantias de dinheiro, ou grandes doações de património. Assim se construiu a fortuna do Vaticano, sob a ideia da existência de um «inferno» punitivo que tanto assustou as pessoas e tanto dinheiro gerou aos cofres da igreja. Esta noção de «inferno», foi a maior fonte de receitas financeiras da igreja, motivo pelo qual o Vaticano acumulou fortunas ao longo de séculos e séculos, tornando-se assim no mais rico estado do mundo. No entanto, por muito lucrativa que essa noção de «inferno» seja para o catolicismo, a verdade é que não existe, é apenas uma invenção criada a partir do conceito hebraico de «shoel», que significa: tumulo, cova, sepultura, ou seja: apenas «mundo dos espíritos».
Segundo as noções místicas hebraicas mais ancestrais, o «sheol», é o lugar para onde as almas humanas, após a morte do corpo, ingressam; ou seja, não existe uma noção de «inferno» punitivo neste conceito, mas antes a mera noção do «mundos dos mortos», ou o «mundo dos espíritos», onde ai vivem em espírito todos aqueles que faleceram. A esse reino dos espíritos, os hebraicos chamavam de «Sheol», e na verdade não se trata de nenhum «inferno».
Outra confusão que a teologia Crista gerou, foi o erro de identidade entre Lúcifer e Satã, uma vez que não se tratam da mesma entidade.
Na verdade, Lúcifer era um querubim gerado pela própria mão de Deus no primeiro dia da criação, e era por isso cheio da Luz de Deus, ( seu Pai). Daí advêm o seu nome: Lúcifer, que significa «portador da Luz»[ ou da «luz» de Deus, o seu pai]
Conforme descrito no Livro de Ezequiel, Lúcifer desejou ser igual ao seu próprio pai, e por isso acabou banido da presença de Deus e exilado do Reino de Deus. Por essa rebelião, o filho celestial e primogénito de Deus, ( Lucifer), pagou com a sua queda para este mundo.
Sobre esse momento, assim está escrito no Livro do Apocalipse:

E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra;
Apocalipse 12:3

Lúcifer e o seu exercito, ( cerca de 1/3 dos anjos do céu), perderam a guerra contra as forças de Deus, sendo que Lucifer , ( e os seus anjos caídos), passou desde então a habitar no nosso mundo físico, do qual é «príncipe».
O Diabo, (Lúcifer), na mitologia Grega era visto como o rei de Hades , o deus do mundo dos mortos. Para entrar na morada de Hades, era preciso passar por um mítico cão demoníaco de três cabeças, chamado Cérbero.
De acordo com a tradição islâmica, Lúcifer revoltou-se contra Deus, não por desejar propriamente ascender ao lugar do Criador, mas antes por orgulho, ou seja, por se ter recusado a ajoelhar diante de Adão.
Assim está escrito:

«E quando dissemos aos anjos: “Prostrai-vos diante de Adão”, eles prostraram-se, excepto Lúcifer, [ Iblis] ,
que se recusou e, cheio de orgulho, se juntou aos ímpios»
Alcorão II.34

*

«Deus perguntou:”que te impede que te prostres quando te mando?”
Respondeu:«Eu sou melhor do que ele. Criaste-me do fogo e a ele criaste do barro».
Deus disse:« Desce do paraíso, pois não é próprio que te enchas de orgulho nele.
Sai! Tu estas entre os desprezados»
Alcorão VII 11.18

De acordo com esta versão, Lucifer, ( um ser perfeito, cheio da Luz de Deus e portador da sabedoria, ao qual nenhum outro ser se podia comparar ou igualar), recusa-se a ajoelhar perante uma criação que considera inferior a si mesmo. È por esse motivo, que acaba sendo expulso do céu e exilado no mundo dos mortos.
Ao contrário, Satã não foi expulso, ( como Lúcifer), mas antes desertou dos céus.
Satã era um anjo das mais altas esferas celestiais, ( um dos anjos «vigilantes», a quem estava incumbida a missão de observar e guiar a raça humana neste mundo, tal qual anjos guardiães ), que juntamente com outros anjos, (nomeadamente Azazel, um dos príncipes do Céu e também ele um «vigilante»), optou de livre vontade por abandonar o céu e instalar-se na terra, motivados que foram pela sua paixão pelas mulheres, ou como dizem as escrituras no Livro de Génesis: «as filhas dos homens».
Sobre este episódio, no qual um grupo de anjos abandona o céu para se instalar na terra em busca da ardência do sexo com as mulheres, assim esta escrito no I Livro de Enoch:
Naquele tempo, enquanto os filhos dos homens se multiplicavam, nasciam-lhes belas filhas.

Os vigilantes – anjos filhos dos céus – ficaram atraídos por ela e desejaram-nas.
Disseram uns aos outros: «Vamos procurar as filhas dos homens, e gerar filhos para nos próprios».
I Livro Enoch

Assim, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo Enochiano:

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.
Penetram-nas e desonrararm-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, formulas magicas e como cortar raízes e ervas
para usarem nos seus conjuros (….)
começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres

I Livro Enoch

Não só a bruxaria é oferecida ás mulheres em troca do ato sexual com os anjos, ( e assim se inicia a arte da bruxaria tal como ela é conhecida), como estes anjos se tornam anjos caídos ou: demónios.
Sabemos por isso, tanto através das escrituras como dos textos apócrifos, que entre a batalha liderada por Lúcifer na sua rebelião contra Deus, assim como o posterior abandono voluntário de Satã e os seus seguidores para se casarem com as mulheres, ao todo foram alguns milhares de anjos que abandonaram o céu, dando origem aos demónios que hoje em dia conhecemos, e que são tão somente: anjos caídos.
Aos anjos caídos ou demónios, estão normalmente associados os fenómenos de possessão voluntária e involuntária.
A possessão involuntária sucede quando alguém é , contra a sua vontade, invadido pelo espírito de um demónio.
Esses casos podem assumir graus mais ou menos agudos de possessão, ou seja: tanto uma pessoa pode encontrar-se sob uma influência demoníaca quase impercetível, ( o demónio apenas influi etereamente em certos pensamentos, sentimentos e por consequência opções e atos da pessoa influenciada), como uma pessoa pode chegar a ponto do espírito demoníaco querer ocupar, dominar e controlar completamente o corpo do possuído. Nesses casos mais agudos (e graves), de possessão, a pessoa perde totalmente o controlo sob si mesma:

a sua alma fica aprisionada num pequeno canto da sua própria consciência apenas submergindo pontualmente e a muito custo; a pessoa não consegue ter controlo sob o seu próprio corpo e mente, invadidos que estão de forma total pelo espírito; o próprio espírito demoníaco manifesta-se de uma forma totalmente incorporada no corpo possuído, como se aquele corpo pertencesse apenas ao demónio.
No outro extremo dos casos de possessão, temos as possessões voluntárias.
Dizia Jesus que o corpo é o templo do espírito, e que Nele mesmo, ( no corpo de Jesus), habitava o espírito do filho de Deus, ( o Cristo).
Ora, ao assim revelarem os evangelhos, está-se atestando que o corpo humano pode ser habitação não só do próprio espírito humano a que se destina, como também residência de um espírito celeste.
Os casos de possessão voluntária ocorrem neste tipo de caso, ou seja:
quando a pessoa se entrega voluntariamente a um espírito, e se oferece para ser um casa em que esse mesmo espírito pode passar a residir, permanente ou pontualmente. Nos casos demonológicos, o espírito do anjo caído passa a habitar uma certa pessoa por 2 motivos:

1- por ter escolhido essa pessoa para tal finalidade;
2- por se ter realizado um pacto voluntário entre a pessoa que se vai deixar invadir pelo anjo caído e o próprio anjo caído.

As pessoa destinadas e serem habitação, moradia ou residência de um espírito desse tipo, apenas vêem a sua vida a salvo uma vez aceitando a vontade do espírito; caso contrário, o espírito atormentará essa pessoa ate que ela aceite a aliança. A aliança, ( ou pacto), no caso das bruxas, é estabelecida através da carnalidade, tal como sucedeu na primeira vez da historia da humanidade, conforme descrito no I Livro de Enoch. Em troca, o espírito demoníaco concede o seu favor á pessoa em quem passou a residir. Esta tradição de possessões voluntárias é especialmente praticada nas religiões Africanas de Vodu, Kimbanda , assim como nas tradições Europeias de Bruxaria.
As mais 5 importantes obras sobre demónios, as suas hierarquias, etologia e ontologia, (a denominada «demonologia»), são:

I
o Malleus Maleficarum
II
a Demonolatria
III
o Compendium Maleficarum
IV
a Ars Goetia
V
o Pseudomonarchia Daemonum

Os Grimórios que se debruçam sobre a esfera demoníaca, são instrumentos preciosos na realização de Magia Negra.
Eis que se revela um breve dicionário de demónios:

DICIONARIO de DEMONIOS

trabalho-de-amarracaoAamon
Na demonologia, Aamon é um demónio que conhece o passado e o futuro, e é o responsável por facultar esse saber a todos aqueles que fizeram um Pacto com o Diabo. Este demónio é considerado um príncipe dos infernos, e possui 40 legiões de demónios sob seu comando.
Abaddon
Abaddon em hebraico significa destruição. Este demónio é um dos anjos destruidores do Apocalipse, sendo referenciado na Bíblia no livro de Job, ( 26,6), assim como no livro do Apocalipse, (9,11).
Abbigar
O demónio Abigar é descrito na Ars Goetia, e é um dos supremos presidentes dos infernos,
possuidor de trinta e seis legiões de espíritos impuros sob seu poder.
Abbigar pode instruir em matérias de astrologia e artes liberais,
assim como revelar a localização de coisas perdidas ou escondidas.
Abraxas
Na antiguidade, o nome deste demónio era gravado em pequenas pedras,( as pedras de Abraxas), que eram usadas para fabricar amuletos. De acordo com a ancestral tradição mística Egipcia, o nome desta entidade era usada para representar e invocar tanto Deus como o Demónio, tanto a luz como as trevas, pois em representa a dualidade em tudo aquilo que existe: morte e vida, calor e frio, noite e dia, etc.
Agiel
O seu nome advêm da palavra hebraica : אגיאל – a inteligência, o espírito benéfico de Saturno. O nome desta entidade é referido em obras místicas como «A chave de Salomão»
Allocer
Demonologia : trata-se de um dos grandes duques do inferno, que tem 36 legiões sob seu comando. Este demónio pode induzir á imortalidade e ensinar os mistérios das esferas celestes.
Amon
Amon é um Marquês do Inferno, que tem ao seu serviço 40 legioes de espiritos malignos.
Este demónio pode revelar verdades sobre o passado e o futuro,
assim como tem o poder tanto de desunir amigos, como unir pessoas desavindas.
A controvérsia é o seu dom e domínio
Andras
O demónio Andras é visto por algumas obras místicas como um príncipe do inferno, embora noutras fontes demonológicas se encontra descrito como um Marquês do inferno. Possui 30 legiões de demónios sob seu poder, e é um dos demónios da discórdia.
Andras é também um perigosíssimo demónio, predador de homens. Ele é o 63º dos 72 espíritos demoníacos de Salomão, considerado altamente perigoso. Este demónio é conhecido por poder matar qualquer mago que o conjure sem os adequados conhecimentos e força espiritual.
O demónio Andras é também conhecido por incutir incontrolável ira nas pessoas, sendo responsável por atos de violência e guerra. Ele é convocado por lideres militares conhecedores das ciências das trevas, tal é o seu poder destruidor e enraivecedor.
Armârôs
O nome Armaros advêm do Aramaico: תרמני. De acordo com o livro de Enoch, este demónio faz parte de um grupo de 200 anjos denominado os «Vigilantes» ou os «Observadores». Estes anjos caídos, parecem estar ligados á maldição e á corrupção. Os Armaros, são úteis na reversão de feitiços e encantamentos.
Asmodai
Demónio mencionado nalgumas tradições Talmudicas,
referido por exemplo na historia da construção do Templo de Salomão.
Também é mencionado no Livro de Tobias.
Este demónio, segundo alguns demonologistas, assume também o nome de Asmodeus
– Ver Asmodeus –
Asmodeus
Asmodeus é tido como um dos cinco príncipes do inferno. Asmodeus, ( também Asmodai), é o demónio do sexo e da Luxúria, podendo tanto desunir como unir casais.
Na Bíblia, ( Livro de Tobias), é este o demónio responsável pela morte dos noivos de Sara
Certas teses demonológicas advogam que Asmodeus é filho de Adao e Lilith,
sendo que foi gerado quando Lilith ainda era esposa de Adão e ambos viviam no paraíso.
Mais tarde Lucifer, ( ver Lúcifer), veio a possuir Eva, ( a segunda mulher de Adão),
e desse segundo relacionamento sexual nasceu Caim.
Caim e Asmodeus são por isso os primeiros primogénitos da história humana,
ambos condenados aos domínios infernais.
Anticristo
Este famoso demonio, é conhecido pelo nao menos famosa descrição numerologica: 666.
O anticristo é um demónio vampiro, uma vez que realiza a missão inversa de Cristo, ou seja: se Cristo deu o seu sangue pela humanidade, o Anticristo suga o sangue da humanidade. Diz-se que o anticristo nascerá da união entre uma virgem e um demónio. Toda a obra do anticristo visa a corrupção da humanidade pelos vícios e pecados. O anticristo é capaz de realizar grandes prodígios e milagres, tal como Cristo fez e esta escrito que marcará os seus seguidores com uma marca enigmática, que normalmente se entende ser o numero «666».
Astaroth
Astaroth, é um príncipe do Inferno. Este demónio encontra-se referido na obra de Salomão, assim como no Dictionnaire Infernal.
Astaroth é um demónio da primeira e mais alta hierarquia, que influi sobre os pecados da preguiça e vaidade.
Este demónio possui também a capacidade de ensinar ciências matemáticas, assim como de revelar tesouros escondidos.
Astaroth pode também responder a todas as perguntas que se lhe colocarem, se formuladas de acordo com os devidos procedimentos ritualisticos.
Azazel
Azazel, foi um dos famosos demónios que desceram dos céus para se unir ás filhas dos homens, conforme descrito no livro de Génesis. Em troca da união carnal com as mulheres, ele ensinou á humanidade as artes da guerra e da criação de armas.
Às suas mulheres, Azazel ensinou os segredos dos cosméticos,(o que tanto lhes agradou), assim como lhes revelou os segredos da pratica da Magia Negra.
Balam
Na demonologia, Balam é um dos poderosos reis dos infernos, que tem ao seu serviço quarenta legiões de demónios e espíritos impuros.
Balam oferece respostas de grande detalhe e perfeição a todos os assuntos sobre o passado, presente e futuro.
A invisibilidade é tida como um dos dons que ele pode facultar a quem concede os seus favores, se bem que a invisibilidade é na verdade uma metáfora para a capacidade de realizar viagens astrais com o corpo espiritual.
Barbas
Na Ars Goetia, Barbas é descrito como o grande presidente do inferno.
Possuindo trinta e seis legiões de espíritos demoníacos sob sua autoridade, ele pode conceder sabedoria sobre coisas que estejam escondidas ou perdidas, assim como artes mecânicas.
Barbas pode também ser o grande causador ou curador de doenças, e dizem poder alterar as formas das coisas.
Bathin
De acordo com a Pseudomonarchia Daemonum, o demonio Bathin é um duque dos infernos.
Este demónio possui trinta legiões sob seu poder, e concede conhecimentos sobre os poderes ocultos das pedras preciosas, nem como sobre as virtudes das ervas.
Beliel
Belial é um dos mais conhecidos e poderosos demónios infernais. O seu nome deriva da divindade Caananita «Baal». Na religião Caananita, Baal é o Deus criador de todas as coisas, tal como para os judeus HYHV é o Deus criador de toda a existência.
«Baal» significa na verdade «senhor», ou «Lorde», ou «Amo». O seu feminino é «Baalat».Na demonologia,e visto com um dos mais poderosos seres espirituais, aquele que se opõem ao Deus Javé e á sua ordem.
Belial comanda as forças infernais contra as forças de Deus. Belial foi gerado ao mesmo tempo que Belial e é tido como o mais importante rei dos infernos, possuindo ao seu serviço oitenta legiões de demónios.
Na sua condição de Rei – Chefe ou do Sheol, ele é responsável pelo pecado do orgulho, da arrogância e da loucura.
Antes da sua queda, Belial era o anjo da virtude, e no reino de Deus ocupava o supremo lugar hierárquico que mais tarde, (apos a perdida batalha entre os anjos de Deus e os anjos revoltosos contra Deus) , o arcanjo Miguel veio a assumir.
Antes da revolta contra Deus, Belial era o primeiro arcanjo da criação na hierarquia celestial, seguindo-se depois dele e me segundo lugar o arcanjo Miguel, depois Gabriel em terceiro, seguido de Uriel em quarto e Rafael em quinto.
A sua expulsão do reino de Deus consolidou a hierarquia angélica tal como a conhecemos hoje em dia.
Belial pertencia á categoria dos anjos da vingança e anjos destruidores que estavam ao serviço de Deus e é um demónio destruidor de tudo: casamentos, negócios, saúde e da felicidade em geral.
Belzebu
Belzebu é o tenente dos exércitos infernais, estando diretamente sob a autoridade de Lúcifer, o imperador do Inferno.
Belzebu é famoso pelo seu titulo: «Senhor das Moscas»;
Belzebu é o demónio que por excelência, proporciona os mais famosos e acertados oráculos.
Belzebu preside á «Ordem da Mosca», e encontra-se entre os mais famosos anjos caídos.
Dizem alguns Grimórios e estudos demonologistas, que Belzebu é uma das três entidades que constituem profana a trindade dos infernos, aquela que se opõem á santa trindade dos céus.
A profana trindade seria assim constituída por Lucifer, Astaroth e Belzebu.
A este ultimo é atribuído o pecado da gula, sendo que se diz que Belzebu habita em Africa.
O demónio Balzebu preside aos Sabbath das bruxas, pois é senhor de todos os rituais que ali se celebram. A eucaristia das missas negras, é realizada sob o selo de Belzebu.
Reza a historia, que Belzebu foi o responsável pela famosa possessão demoníaca de uma freira de nome irmã «Madalena de Demandoix», no convento de Aix-en-Provece – França
Alguns afirmam que o nome Belzebu está relacionado com o nome da cidade fenícia que era «Baal-Zebub», (1 Reis 1,2; 5-6), e que era uma cidade consagrada ao Deus Baal e a outras divindades que os hebraicos vieram a considerar demónios.
Belphegor
Belphegor é um importante demonio, que concede a capacidade de realizar descobertas e invenções.
È o demónio do talento e do engenho criativo, o génio que influencia os génios e as suas invenções.
Belphegor pode também gerar grandes riquezas e prosperidade material.
Berith
Berith é um dos grandes duques do inferno, tendo sob suas ordem trinta e seis legiões de espíritos impuros. È um demónio que pode dar a conhecer saber sobre o passado, presente e futuro, assim como se diz ser capaz de transmutar metais em ouro, o que é na veradade uma metáfora para a capacidade de conceder riquezas atraves de processos místicos.
Bifrons
Bifrons encontra-se descrito na Pseudomonarchia Daemonumius ,assim como no Legemeton. Bifrons um demonio que pode conceder saber sobre a astrologia, a medicina, a geometria e conhecimentos sobre plantas e pedras magicas. O demónio Bifrons habita normalmente junto de cemitérios, dos quais é senhor.
BRUXOS - O QUE SÃO BRUXOS2Bruxa
Na época medieval, a bruxa era considerada um ser sobrenatural de natureza demoníaca, ou pelos híbrida, (entre demónio e humano), pois acreditava-se ser nascida da relação entre um demónio e um humano. De acordo com o Malleus Maleficarum, uma demónio feminina denominada succubus poderia ter relações sexuais com um humano, ao abrigo das trevas nocturnas e sem que este se pudesse defender do ataque demoníaco. O succubus recolhia assim o sémen de um homem tinha atacado durante o sono, e então usaria essa essência para engravidar outras mulheres. As crianças assim nascidas eram filhas do demónio, ou seja: já nasciam bruxas.
Outra explicação porem fundamentava também a existência da bruxa: essas podiam também não nascer bruxas, mas tornarem-se bruxas através de um pacto com o demónio. Nesse caso, a bruxa tornar-se-ia amante do diabo, e em troca de relações sexuais com o diabo , receberia os seus poderes. A uma concubina do diabo, ou prostituta do diabo, chamava-se por isso bruxa, e ela beneficiava do dom das trevas. Os poderes das bruxas, sejam eles quais forem, denominam-se: «dom das trevas», e assim como no I Livro de Coríntios podemos ler quais são os 9 dons espirituais que vem do alto, ( de Deus), existem igualmente 6 dons das trevas, que vem dos demónios.
As bruxas eram conhecidas por lançarem poderosos malefícios causadores de devastações, calamidades, destruição de lares, sedução de pessoas inocentes que caiam em pecado, etc; assim como por participarem em festividades e orgias com demónios e humanos,( Sabbat), ao passo que também por serem servas do Diabo e por isso representarem a profanação dos mandamentos de Deus neste mundo. Durante algum tempo, as Bruxas foram tidas como seres sobrenaturais, sendo que se fez a sobreposição da bruxa e os conceitos de Lamia e Sucubus.
Bune
O demónio Bune é um dos grandes duques do inferno, possuidor de trinta legiões de demónios sob seu serviço. Este demónio pode fazer desaparecer cadáveres, e pode transformar os mortos em demónios que passam a ficar sob seu poder. O demónio Bune é por isso um espírito impuro que pode ser encontrado junto de sepulcros. O demónio Bune pode conceder eloquência na arte oratória, facultar respostas certas e também favorecer nas riquezas.
CaimCaim
Caim foi o patriarca do primeiro assassínio, o pai humano da primeira morte e por isso, foi condenado á vida eterna nos infernos na condição de espírito terrenal e impuro, ou demónio.
Caim é referenciado na Ars Goetia, como um demónio favorecedor de disputas, assim como que concede ao homem o entendimento e influencia sobre as aves, os cães, ( entre outros animais), e as aguas. O demónio Caim também faculta saber oracular sobre o futuro.
Caim nasceu da relação sexual que ocorreu entre Eva e Lúcifer, sendo esse o motivo pelo qual Deus o rejeitou, (Caim era um nefilim, ou seja: parte humano e parte angélico, fruto de uma relação carnal entre anjo e mulher, algo que Deus repudia e que inclusive foi o motivo do Dilúvio), assim induzindo-o á perdição.
Caim foi por isso ,( juntamente com Asmodeus, filho de Lilith e Adão), o primeiro primogénito da humanidade, que tal como o outro, acabou condenado á existência demoníaca .
Camaris
O demonio Camaris tem o posto de marquês do inferno e possui vinte legiões de espíritos impuros sob seu comando. Camaris é uma divindade guerreira, possuidora da capacidade de descobrir coisas perdidas ou escondidas, assim como de ensinar ao homem a gramática, a lógica e a retórica. Este demónio pode levar o homem a tornar-se guerreiro e é o demónio que governa todos os espíritos de Africa.
Crocell
O demónio Crocell é um dos duques do inferno, e quando invocado correctamente pode conceder sabedoria sobre geometria e outras ciências. Este demónio é conhecido pela forma obscura e misteriosa como fala com quem o contacta, e pode revelar fontes escondidas de agua. O demónio Crocell pode manifestar-se na ilusão do som de aguas correntes.
Dantalion
Demonio cujo o posto de duque dos infernos lhe concede poder sobre trinta e seis legiões de espíritos impuros. Dantalion concede saber sobre artes de ciências, assim como é conhecer dos pensamentos de todos os seres humanos, pelo que pode fazer revelações preciosas sobre outras pessoas e as suas intenções, fraquezas, as suas ideias, os seus desejos, etc. Este demónio não so conhece as ideias de todas as pessoas, como também pode influir e levar a alterar as ideias de uma pessoa. Dantalion também pode por um lado ser o causador do amor entre homem e mulher, e por outro lado ser o gerador de ilusões ou alucinações.
Decarabia
O demonio decarabia é referido na obra Pseudomonarchia Daemonum, como tendo trinta legioes de espiritos impuros ao seu serviço. Este demónio conhece as virtudes das ervas e pedras, ao passo que pode assumir a forma de um pássaro.
Demogorgon
O demonio Demogorgon é conhecido por ser possuidor de um esplendido palacio situado nas montanhas dos Himalaias. A cada os cinco anos todos os demónios e génios são convocados a comparecer nesse sumptuoso palácio, a fim de prestarem contas das suas actividades demoníacas e feitos infernais. Esta convenção de demónios é extremamente parecida com os Sabbath das bruxas, e há quem algue que as lendárias reuniões das bruxas são inspiradas neste ritual demoníaco conjurado pelo demónio Demogorgon. Este demónio não é retratado com forma humana, ( nem masculina nem feminina), mas apenas como um espírito obscuro e sem forma. Dizem que este espírito demoníaco pode revelar em toda a sua extensão, a verdadeira natureza do mistério da vida e da própria criação, sendo que esse elevadíssimo saber pode levar um comum mortal á loucura.
Duma(h)
Este é o demónio do silencio e da quietude da morte. Duma é o guardião do décimo quarto portão do Inferno e um espírito associado ao anjo da morte e o seu fenómeno ontológico.
Eligos
O demonio Eligos governa sessenta legioes de espiritos infernais, e pode conceder a capacidade de descobrir coisas perdidas ou escondidas, assim como de revelar o futuro sobre guerras e conflitos. Este demónio também pode captar o apoio e favores de pessoas importantes.
Forneus
O demónio Forneus pode conceder o dom de retórica, assim como favorecer os laços de fidelidade entre pessoas. Forneus tem sob sua autoridade vinte e nove legiões de demónios e detem o titulo de marques no reino dos infernos.
Furcas
Em demonologia, Furcas governa vinte legiões de espiritos impuros, ao passo que é um dos cavaleiros do inferno. O demónio Furcas concede ensinamento de Filosofia, Astronomia e Astrologia, lógica, retórica e quiromancia e piromancia .
Furfur
Na demonologia, Furfur governa sobre vinte e nove legiões de espíritos infernais. Furfur é um espírito de mentira, que apenas revela a verdade se forçado a tal através de meios místicos adequados. Furfur é também um demónio causador do amor entre homem e mulher. Este demónio tem também o poder elemental de influir em tempestades, trovoadas e relâmpagos. Se for obrigado a dizer a verdade, este espírito de mentira revela as mais profundas verdades sobre os divinos segredos de todas as coisas.
Génio
Génio, na verdade constitui uma categoria de espíritos, ( tal como os «familiares» – ver familiares), que são elementais quando se manifestam na natureza, ou atributivos quando se manifestam no ser humano. Os génios são elementais, porque estão associados ou manifestam-se através de elementos da natureza. Os géniossao também atributivos, pois estão também associados a atributos espirituais, ou seja: manifestam-se no ser humano por via de certo tipo de qualidades como vícios, artes, etc. O termo pelo qual são conhecidos advêm do árabe Jinn – جن
Os Jinn são uma raça de criaturas que se situam entre aquilo que é o ser humano e os demónios. Se o ser humano é de carne e osso e mortal, ao passo que os demónios são apenas espírito e eternos, os Jinn são de certa forma feitos de matéria como os humanos, mas de tal forma etéreos que se assemelham ao fumo; se os humanos são mortais, os Jinn não são imortais como os demónios, mas tem uma vida de tal forma longa que aos nossos olhos tal se assemelha com a imortalidade.
A palavra Jinn significa invisibilidade ou isolamento, que é aquilo que melhor define os Jinn: uma classe de espíritos á parte de toda a criação de Deus, um grau intermediário entre os humanos e os anjos.
Os Jinn são conhecidos por conceder todo o tipo de desejos aos humanos que os conseguem invocar, contudo aquilo que concedem é sempre extremamente perigoso, pois encontra-se sempre acompanhado de consequências colaterais e subentendimentos. Ao mesmo tempo que oferecem o sonho, semeiam nele as raízes do pesadelo; ao mesmo tempo que concedem a mais divina flor, concedem também o mais doloroso espinho. Os Jinn devem permanecer em isolamento, pois a sua relação com os humanos é demasiadamente complicada: se bem que alguns gostam do ser humano e o ajudam, a maioria não perde uma oportunidade para causar desgraça e apenas responde aos pedidos humanos sob coação.
Um génio, ( em árabe جن ), é por isso um espírito que rege os destinos de uma pessoa ou de um local.
Trata-se de um espírito também associado a um elemento da natureza, ( que se consegue manifestar nesta mundo por via de um certo elemento da natureza: agua, fogo, terra, ar), ou a um certo tipo de energia que promana de um certo tipo de acto vicioso, ou vicio.
A palavra «Jinn» ou «Djinn» , tem uma significância relacionada com aquilo que é oculto, invisível, dissimulada e distante ou isolada.
Haagenti
O demonio Haagenti é um grande presidente das regioes infernais, possuidor de trinta e tres legioes de espiritos impuros ao seu serviço. Ele tem a capacidade de tornar os homens sábios. Também se diz ser possuidor da capacidade de transmutar metais em ouro, sendo que tal facto traduz metaforicamente a capacidade de oferecer riquezas ao homem. Haagenti, possui também uma capacidade singular: é capaz de transformar água em vinho.
Incubus
Incubus são uma classe demoníaca masculina que se alimenta das almas de mulheres que possui carnalmente durante o seu sono. Certas doutrinas demonologistas consideram que os Incubus são na verdade anjos que caíram em virtude do seu gosto pecaminoso pelo prazer da carnalidade. Situam por isso a queda original desse tipo de anjos, pela altura pré-diluviana relatada no Livro de Génesis e no apócrifo de Enoch. Por isso, alguns demonologistas relacionam os Incubus com os Nefilins, ao passo que outros afirmam que Sata, Azazel e os 200 anjos desertaram o Céu para se juntar sexualmente com as mulheres, são na verdade Incubus. Incubus são masculino de Succubus – ver Succubus
Leonardo
A este demonio esta geralmente associada a figura de um bode negro, poise le pode-se manifestar corporeamente dessa forma junto dos humanos. O demónio Leonardo é a divindade da feitiçaria, e preside a todos os Sabbaths das bruxas.
Leviatã
Leviatã é um tipo de demónio morfologicamente associado a terríveis e respeitáveis forças da natureza, um misto de bestialidade e força elemental. O demónio Leviatã surge no Livro de Job enquanto um monstro aquático, uma fusão entre a besta mais feroz, ( representativa assim de uma das formas da bestialidade), e a imponência do poder do mar ,( associado assim ao elemento da agua na sua mais feroz manifestação). Devido a Leviatã, conhecem-se alguns dos atributos animalescos do demónio: «a sua força reside nos rins e o seu vigor no musculo do ventre»
lilithLilith
Lilith é o demónio feminino, mãe de demónios. Possuidora de grande beleza, é a concubina preferida de Lúcifer, (uma das suas 5 esposas, a preferida delas), e possui o título de rainha do Inferno. Lilith é um Succubus – ver Succubus – e consorte do demónio Samael.
Lilith é na verdade a primeira mulher de Adão, a primeira mulher criada por Deus e que antecedeu Eva. Contudo ao contrário de Eva que foi criada a partir da costela de Adão, e que por isso era obediente, Lilith foi gerada em pé de igualdade com Adão, e por isso revelava traços de grande independência, o que desagradou ao seu esposo humano. Lilith era também livre e lasciva, sendo que se recusava a sujeitar sexualmente a Adão, ou sequer e submeter á sua suposta superioridade, ( Lilith recusava-se a ficar debaixo de Adão durante o coito, sendo que Adão não aceitava essa posição de inferioridade do macho ), o que muito desagradava ao primeiro homem. Por assim ser, Lilith abandonou o Paraíso e fugiu para o Mar Vermelho, onde conheceu e manteve relações com diversos demónios. Ao perceber que a sua esposa tinha fugido, Adão queixou-se chorosamente a Deus. Deus ouviu os lamentos de Adão, e assim enviou 3 dos seus anjos para ir buscar Lilith e faze-la regressar para junto do seu esposo. Lilith foi abordada pelos 3 anjos que a foram buscar, a quem maliciosamente respondeu que já não poderia regressar ao paraíso para viver na companhia do marido, pois já se tinha desgraçado nas suas prostituições com os demónios e não era digna do esposo. A resposta fazia sentido, e o facto assim permaneceu consumado. Lilith continuou assim a viver na companhia dos demónios, prostituindo-se com eles e dando origem a filhos igualmente demoníacos. Adão ficou só, e Deus achou que isso não era bom, sendo que criou uma segunda mulher: Eva. Eva foi também ela seduzida por Lúcifer, e dessa relação nasceu Caim.
Certas mitologias dizem que o motivo que levou Lilith a abandonar o paraíso foi não só a sua recusa em submeter-se a Adão, mas também a sua incontrolável luxúria. Foi a lascívia que a levou a entregar-se a Lúcifer, com quem conheceu o prazer que não conseguia ter com Adão. Em troca das relações sexuais, Lúcifer concedeu a Lilith sabedoria mística e magica. Foi essa sabedoria esotérica, ( a magia negra), que deu a Lilith os meios para fugir do Paraíso e consumar a sua magia negra, através da prostituição com os demónios. Lilith foi por isso a primeira bruxa na história da humanidade. Ao contrário de Eva que morreu como qualquer ser humano, Lilith tornou-se consorte de Lúcifer, e metamorfoseou-se num demónio. Lilith é um demónio succubus, que ataca os homens á noite e cavalgando sobre o corpo da sua vítima, lhes suga a alma através do contacto carnal.
Segundo a etimologia judaica vulgar, o nome Lilith deriva de «Layil», que significa «noite». O mesmo nome, de acordo com as tradições assírio -babilónicas, significa «demónio feminino» ou «espírito dos ventos».
estudos demonologicosLúcifer
O seu nome em hebraico, (הילל בן שחר) significa «estrela da manha», ou «estrela da alvorada», ou «luz da alvorada», estando todas estas expressões associadas ao planeta vénus que antes da alvorada, aparece como a primeira fonte de luz do dia que esta para nascer. Lúcifer é também o mais belo, sábio e poderoso ser criado por Deus, um anjo , ( um querubim), caído cujo o exílio do reino de Deus se deveu á sua tentativa de usurpar o trono do seu pai e ser igual a Deus. Lucifer foi feito a partir do fogo no primeiro dia da criação, é possuidor de doze asas brancas de invulgar envergadura e é o primeiro filho de Deus. Sobre Lúcifer, fala o Livro de Isaías:
“Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao (Sheol), ao mais profundo do abismo.”.
Isaías 14:12-15
Este texto representa, ( a pretexto de se dirigir a um rei terreno), a própria historia de Lúcifer, o primeiro filho de Deus, ( mais bela e sabia criatura, conhecida pelo cognome de «o portador da luz», a quem o Pai entregou o poder sobre a morte), que se havendo rebelado contra o seu pai por a Ele se desejar tornar igual, acabou expulso do reino celestial, exilado para sempre no «sheol», ou o «mundo dos mortos».
Por se opor ao seu pai e á tirania desse Deus HYHV, o seu filho exilado passou a chamar-se «opositor» ou «adversário», que em hebraico se escreve: «Satã». «Satã» não é por isso um «nome» que designa uma entidade em particular, mas antes um «titulo» ou um «adjectivo» que define todo aquele que de «opõem» ao deus HYHV.
Porque na verdade Lucifer e Satanás são duas entidades diferentes, a Igreja na sua teologia oficial não considera Lúcifer o «Diabo», mas apenas um «anjo caído» – Petavius, De Angelis, III, 3, 4
Lucifer era um anjo de Luz que havendo-se rebelado contra o seu pai, gerou uma guerra celestial. Havendo-a perdido, Lúcifer e os todos os anjos que o apoiaram, ( cerca de 1/3 dos anjos dos céus), foram banidos da presença de Deus e exilados no mundo dos mortos, ou «Sheol». Lúcifer é também conhecido por ser o «portador da luz», pois é o anjo da sabedoria . Lúcifer tentou oferecer a sabedoria a Eva, dando-lhe a provar o fruto da arvore do conhecimento, ( conforme no livro de génesis), facto que acabou gerando a expulsão de Adão e Eva do paraíso. Algumas tradições místicas hebraicas afirmam que Caim é filho de Lúcifer e não de Adão, facto pelo qual Deus desgostava dele e o rejeitou, conduzindo-o ao homicídio de Abel. Afirmam também certas tradições místicas que foi contra Lúcifer que Jacob lutou, pois Lúcifer era o anjo guardião de Caim e confrontou Jacob, desejando vingar-se do seu protegido. Lúcifer pode facultar sabedoria sobre todos os mais profundos segredos místicos e do oculto, assim como pode conceder um dos 6 dons das trevas.Lucifer é também pai de Mammon, e possui 5 consortes, sendo que Lilith é a sua imperatriz.
Lucifuges
O demonio Lucifuges é um espirito da noite, detêm o titulo de Marques dos infernos. Este é um demónio das trevas com grande aversão á luz, e é um espírito de vingança extremamente perigoso, que pode matar apenas pelo seu toque ou pelo seu mero sopro.
Mammon
Mammon é um demónio relacionado com a avareza, que igualmente é responsável pela concessão de riquezas. De acordo com algumas fontes demonológicas, Mammon é o filho do Diabo.
Mammon é filho de Lucifer e Lilith, o fruto primogénito do casal que governa os infernos.
Caim e Asmodeus são seus meios irmãos, uma vez que:
– Caim nasceu da relação sexual entre Lúcifer e Eva, (é por isso um Nefilim, raça híbrida, fruto das relações entre anjos e mulheres humanas, uma casta odiada por Deus e que foi motivo do dilúvio), sendo irmão de Mammon por filiação do pai.
– Asmodeus nasceu da relação entre Lilith e Adão, sendo que é por isso meio irmão de Mammon por filiação maternal.
Mammon, Asmodeus e Caim constituem a trindade dos primeiros primogénitos.
Naberius
Naberius é um demonio referenciado na obra Lemegeton, assim como na Pseudomanarchia Daemonum, e é um espírito infernal que pode conceder grande sabedoria nas áreas da lógica aplicadas á grande arte da persuasão, das quais ele é um mestre inspirador. Por tudo isso, é também um demónio que pode garantir grandes honrarias, reconhecimentos e louvores.
Nahemah
Nahema é um demónio feminino, o demónio da sedução. A sexualidade e o desejo carnal são os seus domínios de influência sobre o ser humano.
Nahemah é um Sucubus, e por alguns demonologistas é considerada a princesa dos Sucubus. A rainha desta classe de demónios, é Lilith.
Nefilins
O termo Nefilins, advem etimologicamente do hebraico נְפִלנ ְפִיל , que significa: “os que fazem os outros cair”.
Os Nefilins são descritos como “os poderosos da Antiguidade” ou os “heróis da antiguidade”.
Segundo o Livro de Génesis e outros textos apócrifos anteriores, um conjunto de 200 anjos tinha a seu cargo a observação dos destinos da humanidade e a esses chamavam-se os «vigilantes». Entre eles encontrava-se Satã, Azazel e muitos outros. Os 200 anjos desejaram carnalmente as mulheres dos homens, e abandonaram os céus para se unirem a ela. Os anjos caídos tomaram assim as mulheres que escolheram para si, tiveram relações com elas e desposaram-nas. Dessas uniões entre anjos e mulheres nasceram filhos e a esses filhos chamaram-se Nefilins. Trata-se de uma raça híbrida, que era o cruzamento entre anjo celeste encarnado e mulher humana. Em troca das relações sexuais com as mulheres, os anjos ensinaram-lhes a ciência, a astrologia e a magia negra. Os filhos desta união, ( os nefilins), possuíam poderes sobrenaturais e foram conhecidos como os «heróis da antiguidade»; nas civilizações greco-romanas, tais seres foram chamados de «semi-deuses».
Dizem certas fontes que os nefilins eram monstros. Nada podia estar mais errado e prova disso encontramos nas próprias escrituras. Sabemos por fontes hebraicas ancestrais que Caim foi fruto da relação entre Lúcifer e Eva, motivo pelo qual Deus o rejeitou. Ora, Caim era por isso fruto da relação entre um anjo e uma humana, e no entanto era de aparência humana perfeitamente normal.
O Deus HYHV considerou que a união entre anjos e humanas era contrária à própria natureza tanto dos humanos como dos anjos, e por isso contra-natural e logo abominável;
ainda mais, a concessão da sabedoria aos humanos, ( desde as ciências, á astrologia, á magia negra, etc), era uma violação das regras divinas que também separavam anjos e humanos, uma vez que desde o inicio, já no paraíso Deus havia proibido que os humanos acedessem á arvore da sabedoria;
por último, a raça de nefilins simbolizava tudo o que mais era abominável a Deus: estes seres não eram nem anjos nem humanos, possuíam um poder que ultrapassava o que era permitido aos humanos, podiam conceder sabedoria e feitos que levassem os humanos a evoluir fora dos limites impostos, e eram pela sua natureza semi-divina facilmente idolatráveis, o que para o Deus HYHV ,(um deus ciumento), deixar de o adorar para adorar outros seres celestes, é a maior das afrontas.
Segundo as escrituras, por tudo isto Deus arrependeu-se da criação e enviou o dilúvio que tudo destruiu,
e do qual apenas Noé e os seus familiares sobreviveram.
Segundo a tradição judaico cristã, quando o dilúvio devastou a face da terra,
os anjos que abandonaram os céus, incorporando e assim casando com as mulheres, desincorporaram e assim regressaram á sua forma celeste. Contudo, já não podiam regressar á presença de Deus, pelo que se transformaram em demónios.
Também os espíritos dos nefilins, ( que morreram no dilúvio), foram condenados a vaguear eternamente pela terra, também eles transformando-se em espíritos impuros ou demónios.
Pazuzu
O demonio Pazuzu é o demonio da pestilência, o demónio dos ventos infernais do sudeste. O demónio Pazuzu pode ser invocado para auxiliar á expulsão de outros espíritos nos exorcismos.
Sallos
O elemento no qual este demonio pode facilmente incorporar, é na agua. Este demónio encontra-se referenciado no Lemegeton, assim como na Ars Goetia, e é um dos duques do inferno, com trinta legiões de espíritos sob sua ordem e comando. O demónio Sallos é um espírito perito em assuntos afectivos e carnais entre homens e mulheres.
Samael
Samael é o demónio relacionado com a morte. A consorte deste demónio é Lilith,( ver Lilith), rainha do palácio do inferno e a mãe de todos os demónios. Samael esta também relacionado com os pecados da ira e da violência, ao passo que concede o poder da pratica da magia negra.
Para alguns demonologistas, antes da sua queda, Samael era a mais alta entidade celestial no trono de Deus, e é na verdade o anjo da morte. Há quem afirme que Samael não é um anjo que haja sido banido por Deus, mas que antes de exilou por vontade própria.
Satanachia
O demónio Satanachia é um dos grandes generais dos infernos e a sua influencia faz-se sentir com mais poder durante a fase da lua crescente. Este demónio pode-se manifestar no nosso mundo na forma de uma flor ou de um insecto venenoso. Satanachia tem a faculdade de poder aliviar as dores.
magia de sangueSatanás ou Satã
O termo Satã advêm do hebraico שָטָן, ,(em árabe شيطان), que significa «acusador», ou «adversário», ou «opositor». O termo em si, não se refere a nenhuma entidade nem é um nome em particular, mas antes um adjetivo qualificativo ou uma espécie de título, uma vez que todo aquele que seja um «opositor» ou «adversário» do Deus Javé é um «Satanás».
As religiões monoteístas identificam Satã com a encarnação do mal, enquanto que em certos meios teológicos do oculto, ele é apenas uma entidade espiritual que se opõem á tirania do Deus Javé.
Satã embora tenha sido um anjo criado por Deus, é tido como um dos anjos que se rebelou contra Deus. È comum o erro de confundir Satã com Lúcifer, embora ambos não sejam a mesmta entidade: enquanto que Lúcifer é o filho de Deus, (por isso, o «portador da Luz»), que se rebelou contra o seu próprio Pai e desejou usurpar-lhe o trono celestial, ( tendo sido por isso exilado dos céus), Satanás é um anjo que simplesmente abandonou o reino dos céus. Enquanto que Lúcifer é um rebelde que se opõem a Deus, ( o seu Pai), e acabou exilado, Satã é um anjo desertor que de livre vontade abandonou o seu lugar no reino celestial.
Satã fê-lo para descer á terra e amar as filhas dos homens, as belas mulheres que ele cobiçou para si mesmo.
Ao abandonar o céu para se unir carnalmente ás mulheres, Satã fez-se acompanhar de seguidores, uma cerca três centenas de anjos que desceram á terra. Foi Satã,( e os seus seguidores), que num acto de rebeldia contra Deus, entregaram á Humanidade o saber sobre todas as ciências: astrologia, astronomia, física e química, os segredos da fabricação de metais, as leis, a magia, etc.
Foi também da união entre Satã ,(e os seus anjos seguidores), com as mulheres, que nasceu a raça nefilim.
Urobach
Urobahc encontra-se mencionado na Ars Goetia e no Lemegeton. Urobach, é um demonio que se pode manifestar neste incorporando num cavalo. Este é um dos príncipes do inferno, que tem a capacidade de dar a saber sobre coisas passadas, presentes e futuras, ao mesmo tempo que pode conceder grandes honrarias.
Zagan
O demonio Zagan é o demonio da falsificação ou da criação de falsidades que parecem ser reais. Este demónio é um dos presidentes das regiões infernais. O demónio Zagan é também capaz de conceder boa disposição e sentido de humor, ao mesmo tempo que tem a capacidade de transformar agua em vinho, e vinho em sangue.
Zepar
O demonio Zepar é uma deidade da Guerra, um espirito infernal possuidor de trinta legioes de seres demoniacos sob sua autoridade. Este demónio pode seduzir as mulheres de forma irresistível, mas também as pode tornar estéreis.
Ziz
O demónio Ziz é uma entidade que assume a forma de um pássaro gigante de normes proporções, cuja a envergadura de apenas uma das suas asas pode cobrir todo o sol. Este demónio pertence á categoria de entidades bestiais, tal como Leviatã – ver Leviatã –

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DEMONOGRAFIA

A palavra Demónio é de origem grega; Os demónios para os Gregos, tal como os Génios para os Romanos, representavam forças da alma ou forças da Natureza. Estas forças não eram necessáriamente más. Podiam mesmo ser benéficas. Na maior parte das religiões primitivas, é assim que estes seres são entendidos: por vezes bons, por vezes caprichosos, mas não forçosamente inimigos. Os espíritos protectores das pessoas e lugares pertencem a esta categoria.

Nas religiões de monoteísmo evoluído, os demónios são vistos em geral como forças do mal voluntariamente opostas a Deus e inimigas dos homens. É esta a concepção existente na tradição cristã.

Os demónios, segundo as versões teológicas Hebraico-Cristas, são anjos, ou seja, são espíritos ancestrais existentes desde o início dos tempos. Os anjos são seres que derivam de Deus mas não são Deus, no entanto são possuidores de tanto poder e conhecimento que em certas culturas terão sido confundidos com Deuses. Os anjos não possuem corpo físico, por isso a sua descrição como seres fisicamente belos e com grandes asas, são meras descrições artístico-iconograficas humanas, ou seja, interpretações culturais da sua existência numa tentativa de descreve-los, da mesma forma que Deus não possui forma humana, no entanto foi abundantemente retratado como um velho musculado de barbas brancas decalcado da figura de Zeus, tal como visto na iconografia mitológica greco-romana. Os anjos são seres celestiais, feitos de energia e inteligência celestial, pertencentes a uma dimensão espiritual ou «imaterial».Os anjos, conforme a própria Bíblia os descreve, são espíritos.(Hebreus 1;14)

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Segundo as tradições teológicas Hebraico – Cristas, os demónios são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um querubim da guarda ungido ( Ez 28) que, ao desejar ser igual a Deus, foi lançado fora do céu. Quando porém ele foi lançado fora do céu sobre a terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, satanás, serpente, dragão, principe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:3). A Bíblia não cita a quantidade de anjos caídos, mas tem um passagem que diz que o número de anjos que adoram ao Senhor são milhares de milhares e milhões de milhares (Ap. 5:11).Os anjos caídos tornaram-se assim demónios ou anjos negros, habitando na realidade terrestres, para onde foramexilados.Os anjos caídos ou demónios, foram assim condenados a um exílio das realidades celestes, não podendo para elas regressar. Perdendo a sua categoria celeste, privados do contacto com a realidade espiritual, eles ficaram presos á realidade terrestre, sendo por isso espíritos desencarnados com extremo poder e incalculável sabedoria, pois eles existem desde o inicio dos tempos e são eternos. Neste seu exílio, privados que estão do contacto com as esferas celestes, eles passaram assim a viver junto dos humanos, alimentando-se das suas energias, motivo pelo qual eles fomentam certo tipo de actos. Eles fomentam-nos pois alimentam-se deles.Eles encontram na espiritualidade da alma humana, uma fonte de poder inesgotável. Por isso, segundo as teses que defendem esta visão, dizer que o demónio é um ser do mal não é totalmente correcto. Correcto seria dizer que o demónio é um ser que se alimenta dos sentimentos e energias espirituais da alma de um ser humano. Segundo as versões mitológicas grego-romanas dos demónios, se as energias de uma alma humana forem boas, o demónio alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência. Se forem más, ele alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência.Nessa versão mitológica, a relação com um demónio é por isso aquilo que o humano for: se for fundamentada no bem resultará em fins positivos, se fundamentada no mal, resultará em fins negativos.

Segundo a tradição judaico-cristã, o Anjo é uma criatura celestial – que, na generalidade, a maioria dos crentes das religiões fundadas na revelação bíblica acredita ser superior aos homens – que serve como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas brancas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, por serem constituídos de energia, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Possuem influência sobre todo o plano orgânico, ( plano dos organismos e seres vivos), e elemental, (plano dos elementos e forças da natureza ), sendo assim eles têm como uma de suas missões, ajudar a humanidade em seu processo de evolução.

A palavra anjo deriva do latim, angelu, e do grego, ángelos , com o significado de mensageiro.

De acordo com diversas fontes, existem nove grandes coros (ou cargos), grupos de anjos que ficam ao redor de Deus. Estes nove são divididos em grupos de três, as tríades. Os anjos da primeira tríade se comunicam directamente com Deus, depois passam seu conhecimento para a segunda tríade, que trata de passar para a terceira, chegando assim ao ser humano.

Segundo a Tradição Católica, são citados apenas três Arcanjos dos quais se saberia o nome: São Miguel (Quem como Deus), São Rafael (Deus Cura), e São Gabriel. Os nomes dos demais anjos, ou seriam invenção do povo, bem ou mal intencionado, ( segundo a Igreja Crista), ou acredita-se que sejam extraídos por metodologias kabalisticas, pois a própria Bíblia diz que cada anjo tem consigo parte do nome de Deus, sendo que foi a partir do nome de Deus que se revelaram os nomes dos anjos e consequentemente dos demonios.

È também afirmado que os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida que a nossa, podendo “prever” eventos que poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras da fisica, das várias realidades dimensionais , dos metabolismos temporais, etc…. e podem-se mesmo deslocar nestas realidades com facilidade. Tal tese aplica-se também aos demónios, que não passam de anjos caídos neste mundo e realidade terrena.

Ainda segundo a Igreja, ao actuarem junto a uma pessoa ou objecto, por não possuírem um corpo físico (a imagem de um anjo como uma pessoa com asas é mera representação artística) , o Anjo se torna um com ele.

No Judaísmo, segundo Talmud e Midrash, há 3 classes de demónios: espíritos impuros, diabos e os «lilin». Os primeiros são espíritos malignos desencarnados que vagueiam pelo nosso mundo terreno, e que não possuem forma ou corpo; Os segundos são espíritos diabólicos que podem assumir forma humana; os terceiros são podem assumir forma humana, mas possuindo asas. Estes últimos são espíritos da noite, terríveis espíritos, poderosos, que se alimentam de almas humanas actuando tal como vampiros. Eram os mais temidos demónios pelos Hebreus. Esta tese teológica defende também que todas essas 3 classes de seres tem origem em Adão, que depois de ter cometido um grave pecado, separou-se de Eva por 130 anos, período de tempo em que andou errante pela terra. Foi pois nesse período de tormenta e expiação que Adão através de desejos impuros encheu a terra de espíritos, maus, demónios e lilin. Nesta visão defende-se que os demónios são meio-humanos.

Nalguma demonologia hebraica, os demónios não são considerados maus ou satânicos, leia-se satânico como aquele que é opositor a Deus. Até mesmo Asmodai, o líder de todos os demónios segundo certas versões aramaicas, matou 7 noivos de Sara antes da consumação matrimonial, mas fe-lo não enquanto um demónio Satânico – leia-se satânico aquele que é um espírito de rebeldia contra Deus- mas antes enquanto um ser que é a personificação das forças da luxúria e morte. E um ser desta natureza é levado a locais onde essas energias existem, para as gerar e consumar.

Há também entre algumas teses cabalísticas que definem os demonios , tal como certas versoes populares hebraicas, enquanto espíritos dos mortos vagueando eternamente por este mundo, tanto na forma de espectros como de vampiros.

Nas versões teológicas de natureza cabalística, a demoniologia existe por oposição á anjologia, sendo que não é possível conceber a criação de Deus sem calor por oposição ao frio, sem trevas por oposição á luz, sem demónios por oposição a anjos, pois toda a criação de Deus foi feita a pares e é regida pela dialéctica dos opostos.

Há uma velha expressão teológica hebraica que diz:

  • «Não permaneceis no caminho do touro quando ele regressa da pastagem, pois satã dança no meio dos seus chifres».

Pois ficar nos chifres do touro é dificil, e apenas quem tem a força e o saber para o fazer, assim o pode fazer e extrair daí os proventos desejados.Segundo as versoes Hebraicas, Salomão recebeu conhecimentosmagicos e esotericos que lhe permitiram estar «nos chifres do touro» e «domar a fera», de forma a obter do poder da fera aquilo que mais desejava.

Muitas das vezes os demónios são chamados de Satã, que na verdade, alguns dizem ser um titulo e não propriamente um nome, enquanto que outros dizem que esse é o nome do rei dos demónios, pelo que acaba sendo aplicado aos demónios em geral.

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Quando falamos de demónios, temos também de falar dos Génios, pois estes foram atentamente estudados na cultura Romana, assim como na mitologia Árabe pré-islamica e mesmo no Islão.Nessas culturas e mitologias, um jinn (também “djinn” ou “djin”) é um membro dos jinni (or “djinni”), uma raça de criaturas espirituais.

Para os Romanos, os genius, (latim), eram uma espécie de espírito guardião ou tutelar do qual se pensava serem designados para cada pessoa aquando do seu nascimento. Os génios também possuíam poderosa influencia nos elemental, ou seja, nos elementos constituintes desta realidade terrestre.

Para a mitologia Àrabe , os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no paraíso, quase equiparados aos anjos, embora formalemente, escala da hierarquia celeste, estivessem um degrau baixo dos anjos. È dito que os jinni não seriam seres meramente espirituais, pois seriam fisicamente são feitos de ar e fogo. Depois do acto de criação de Adão, crê-se que os jinni, sob a liderança do seu orgulhoso líder Iblis, recusaram curvar-se perante a nova criatura, uma criatura aos olhos deles inferior em todos os aspectos. Pelo seu acto de desobediência a Deus , os jinni foram expulsos do paraíso, tornando-se entidades perversas e malignas. Iblis, que foi atirado com eles na Terra, tornou-se o equivalente ao Satanás Hebraico-Cristão. Sendo feitos de fogo ou ar , diz que os jinnipodem residir invisivelmente no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objecto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, considera-se que os jinni, estão um degrau abaixo dos demónios. Ao contrário dessses, os jinni possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, o que so por si os limita face aos demónios que são imortais. No entanto, os jinni sao livres de quaisquer restrições físicas tal como os demais seres espirituais, demónios incluído.

Nem todos os jinni são malignos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Diz-se contudo nas ancestrais tradições magicas Árabes, que aquele que possuir os necessários conhecimentos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio, embora tal de tivesse sempe revelado bastante difícil e perigoso.

Os Muçulmanos acreditavam que os Jinni eram criaturas com livre arbítrio. Como já foi sublinhado, no Islão, acreditava-se que Satan era um Jinni e não um anjo. Aliás, os jinni eram uma realidade religiosa tão aceite, que no Al-Quran esta mencionado que Mohamet foi enviado como profeta para ambos humanidade e jinni. Para a crença muçulmana, os jinni , tem vidas muito parecidas com a dos humanos: eles comem, eles casam, eles morrem, etc. Eles são seres invisíveis aos humanos, mas podem ver os humanos ou entrar em contacto com eles. A aparente ideia de imortalidade destes seres, ( aos olhos dos comuns mortais), vem do facto de eles viverem muito mais tempo que os humanos, o que lhes dá uma aparência de imortalidade.

Os Jinni são seres muito parecidos aos humanos, possuindo a habilidade de serem bons ou maus. Eles contudo, geralmente, tem um ponto em comum: são maliciosos, devido ao sentimento generalizado que reina entre os Jinni, de que o seu lugar na Criação foi-lhes foram usurpado pelos humanos.

A noção de Satã no Islão diverge por isso da versão Crista. No Islão existe Shaytan, uma entidade análoga ao Satã cristão. Contudo, a visão islâmica sobre Shaytan é mais proxima das noçoes teologicasjudaicas que com as noções cristas.

No Islão, Allah criou tudo em pares. O calor com o frio, as trevas com a escuridão, a morte com a vida, o positivo com o negativo. «ad infinitum». O par correspondente á raça humana, é o seu oposto, os Jinni. Ambos os seres foram criados com inteligência e livre – arbítrio, sendo contudo que os humanos foram criados a partir da terra/barro, e os Jinni a partir do ar/fogo. O Qu’ran diz-nos que os Jinni foram criados muito, muito antes que os humanos. Iblis era um Jinni que era supostamente muito bom, muito virtuoso, e um devoto servo de Allah. Ele alcançou um elevado status nas esferas celestiais, e foi elevado a um condição próxima dos anjos. Mas Allah conhecia bem Iblis e as suas intenções. Segundo a teologia Islâmica, os anjos não tem «livre – vontade», pelo que apenas podem obedecer á palavra de Deus e não cometem pecado, pois não sabem como cometer pecado. Eles estão ao total serviço da vontade de Deus e é-lhes impossivel desobedecer a Allah , pelo que esta fora das suas possibilidades sequer pensar em cometer o pecado, quanto mais comete-lo. Allah criou então os humanos, e ordenou aos anjos que se prostrassem a Adão e aos seus. Os anjos fizeram-no, contudo Iblis recusou obedecer a uma ordem directa de Deus. Iblis era orgulhoso e considerava-se superior a Adão, uma vez que ele era feito de barro e ele era feito de fogo. Pelo acto de desobediência, Allah amaldiçoou-o ao lago de fogo por toda a eternidade. Contudo, Satã obteve autorização de Deus para desviar almas humanas.

Neste aspecto, a visão Islâmica e Judaica coincidem perfeitamente, pois ambas defendem que Satã é basicamente o adversário de Deus, e que, apenas possui, o poder da influencia, o poder do murmúrio, o poder da sugestão. No fundo, é o mal dentro de cada um de nós que acaba ouvindo e anuindo á sugestão de Satã, o bem dentro de cada um de nos que nos faz resistir á tentação. O mal vem do ser humano, e não de Satã.

Segundo esta versao, foi Iblis que tentou Adão a comer da arvore proibida. Allah expulsou assim Adão e Eva do paraíso, e também Iblis. Todos vieram para a terra, com grande inimizade entre si. Humanos e Jinnidoravante partilharam esta desconfortável inimizade.

Para que os humanos se protegessem dos jinni, os Muçulmanos diziam a frase: « Bismillahi! Allahumma inna ‘audhu bika minal khubthi wal khabaa’ith»

Algumas versões dizem que o bisneto de Iblis, converteu-se ao Islamismo durante o tempo de Muhammad, portanto ele seria um ser com centenas de anos.

De acordo com alguns teólogos Islâmicos, o Qur’na declara expressamente que Satan não era um anjo, ( ao contrário do que defende o Cristianismo), mas antes um jinni a quem foi dado uma grande honra e posto igual ou superior aos próprios anjos.

A demonomancia é a artes de saber o passado, o presente e futuro com recurso á invocação de demónios.

A demonografia é um tratado sobre a natureza e a influencia dos demónios na realidade terrena ou na vida humana.

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