Magia – segredos da magia
PEQUENO DICIONÁRIO DE ALGUNS SEGREDOS e ENSINAMENTOS de MAGIA
SEGREDOS DO OCULTO E DA MAGIA
Amarrações:
São processo espirituais com a finalidade de forçar a união de suas pessoas desavindas, ou levar forçadamente a que uma pessoa se submeta e se entregue a outrem, por força dos efeitos espiritualmente punitivos de um malefício de amarração, ou de uma maldição de amarração. As amarrações amorosas operam através da invocação de forças espirituais que visam basicamente infestar uma alma, e assim cercar e perseguir espiritualmente a pessoa amarrada, jamais cessando a sua acção e nela persistindo ate que a criatura amarrada cansando-se das tribulações e desolação em que a sua alma foi encarcerada, enfim acabe cedendo aos fins que a infestação a forçam a submeter. A amarração amorosa é um processo de natureza espiritual, pelo que obviamente não ocorre no corpo mas sim na alma de uma pessoa. O mandante da amarração obviamente não vai ver o corpo da pessoa amarrado com «cordas» deste mundo, pois que a amarraçao não actuará no corpo da sua vitima, mas sim na sua alma e em espírito. Assim, será a alma da pessoa que será em espírito ligada, atada e amarrada, ficando encarcerada num estado de sofrimento e perdição pelo tempo que for necessário ate que ela no corpo ceda aos fins eróticos ou amorosos de uma amarração. O encarceramento da alma ocorre em espírito, para que quando em espírito a alma se fartar do aprisionamento a que foi sujeita, então depois no corpo ela se venha a submeter ao mandante da amarração, ou então aprisionada fique á maldição de amarração enquanto assim não suceder, e assim sucederá sucessiva e ininterruptamente ate que a criatura amarrada se submeta. As amarrações amorosas são por isso malefícios, ou seja, são processos de maldição espiritual nos quais se clama: «Que de tormentos espirituais não saias ate que te entregues a mim, e em tormentos fique a tua alma e o teu espírito ate que te submetas a mim, e que apenas se acabem os teus tormentos quando a mim te entregares». Já um processo espiritual diverso da «amarração» é a «união de caminhos», sendo que esse outro tipo de processo espiritual com fins amorosos já não se opera através de maldições mas sim de bênçãos, através das quais se procura não atormentar a alma de uma criatura para a forçar a algo, mas sim se opera de forma a que no coração dessa pessoa ocorra o milagre do amor, e que ela se entregue livremente e por amor.
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Astrologia:
Oráculo é uma resposta dada por um deus ou espírito a uma questão que lhe é colocada. A resposta de um oráculo traduz-se em revelações sobre o que vai suceder de forma a que um fim seja atingido, e a essas dá-se o nome de profecia. Uma religião é um conjunto de preceitos ou práticas por via das quais se comunica com um deus, seres celestes ou divindades. A astrologia, é um meio de produzir oráculos. Segundo a religião sibilina e de acordo com as tradições babilónicas e hebraicas, a astrologia é um processo de astromancia, ou seja: uma forma de ler nos corpos celestes a manifestação de entidades espirituais ou forças celestes.
Agouros:
No fundo são sinais e presságios, ou seja, por certos sinais que se cumprem na vida de uma pessoa, é possível ficar sabendo o que de bom ou de mal lhe vai suceder. Esses sinais podem suceder naturalmente na vida de uma pessoa, ou podem ser fruto de uma bruxaria ou maldição. Por exemplo: nunca lhe sucedeu um certo dia em que tudo teima em lhe correr mal?, ou começar a ver gatos pretos por todo o lado por onde passa?, ou começar a ver insistentemente carros funerários, como se eles teimassem em se cruzar consigo?, ou ter sonhos maus que logo se concretizam?, ou sentir que algo esta errado e logo depois uma coisa ma acontece? Acontecimentos desse género são prenúncios no que está para vir, e muitas das vezes são resultado de um mal espiritual que está na sua vida.
Demonomancia:
termo etimologicamente advindo do grego daimon + manteia – Trata-se do conhecimento do futuro pela inspiração dos demônios. Oposto ao dom profético descrito nas Sagradas Escrituras,( inspiradas que são em Deus e nos seus espíritos, a visoes do futuro obtidas pelos profetas de Deus), foi no entanto em certos períodos históricos e por certos teólogos, considerada a verdadeira fonte de toda as artes divinatórias que não se enquadrassem nas formas de consulta a Deus e os Seus Oráculos. Tratam-se por isso de Oráculos igualmente poderosos, contudo cuja a fonte reside nos espíritos dos mortos, ou nos espiritos das trevas. O grau de fiabilidade e de verdade é por isso igualmente infalível, contudo a diferença reside na fonte da inspiração profética.
Enguiços:
São empecilhos que constantemente e vez após vez, bloqueiam a vida de uma pessoa seja a que nível for: sentimental, familiar, profissional, financeiro, etc…. Os empecilhos constituem um permanente bloqueio na vida de uma pessoa, que fecha todas as portas e cria uma obstrução a todos os caminhos. Nada evolui, nada progride, tudo estagna por muito esforço e empenho que se use. Os enguiços, podem ser resultado de um problema espiritual, mas geralmente são fruto de feitiçarias.
Quebrantos:
Trata-se de uma forma de quebrar a força espiritual de uma pessoa, de uma família, etc. È um processo espiritual por via do qual se faz com uma pessoa se sinta enfraquecida, com grande desanimo, sem forças, frouxa, sem coragem para nada. A pessoa vitima de quebranto fica indecisa, sem rumo, espiritualmente quebrada, sem forças anímicas, totalmente derrotada. O quebranto pode resultar de coisas tão simples como mau olhado e invejas, mas normalmente nos casos mais graves, advêm de poderosos bruxedos.
Infestação:
Infestação sucede quando forças espirituais muito negativas foram lançadas, através de uma maldição, contra uma pessoa ou algum local, como uma casa, um lar, etc. A infestação toma conta de uma pessoa ou de um local. Quando infestada por espíritos negativos, a própria pessoa infestada, ( ou que esta em contacto com um local que foi infestado), começa a actuar de forma contrária aos seus interesses, gerando-se assim caos e ruina a todos os níveis da sua própria vida. Conjuntamente, tudo o que é mau tende a aproximar-se da pessoa, como a própria pessoa atraísse irresistivelmente tudo o que é negativo para junto de si. Quando uma infestação se entranha fortemente numa pessoa, eventos negativos começam inesperadamente a ocorrer e sucedem-se vez apos vez, sem parar. Passado um certo tempo, a pessoa nem se apercebe de como caiu num rumo de tamanha desgraça.
Maldições:
Sabe-se na Bíblia que foram entregues ao homem pela própria mão de Deus. Lê-se também que Deus facultou a muitos dos seus profetas e videntes a força espiritual para, invocando os espíritos de Dele, conseguirem causar grandes danos na vida de uma pessoa, de uma família ou de um povo. As maldições podem atingir alguém nesta vida, ou durar gerações e tocar aos descendentes de alguém. A maldição é uma praga rogada com grande força por meios magico-espirituais, é uma imprecação, ou seja, um pedido ou uma suplica feita por alguém para prejudicar alguém, mas com grande violência. A praga, ou a maldição, causam grande flagelo a quem é atingido, especialmente se encomendada a um feiticeiro.
Malefícios:
O malefício é o produto do acto de maleficiar, ou seja, de fazer mal a alguém com recurso a bruxarias ou feitiçarias. Por isso muita gente sente malefícios nas suas vidas e nem sequer sabe do que se trata. Um malefício pode-se traduzir num enguiço, num quebranto, numa maldição, etc….
Mau Olhado:
Trata-se de um olhar profundo, por detrás do qual se escondem malefícios ou a rogação de pragas. Este acto pode ser inconsciente, mas o mau olhado é, na maioria das vezes, dirigido a alguém por pura inveja e maldade.
Missas Negras:
Os Cristãos e Judeus praticantes acreditam que pelas suas missas podem invocar o espírito de Deus o o espírito de anjos, ( etc), e que ao assim faze-lo estão invocando graças e protecções para si mesmos. Ora, ao assim faze-lo os crentes estão orando, queimando incensos, fazendo oferendas de comida ou vinho, (etc), praticando dessa forma aquilo que é tido como Magia Branca, ou seja, estão conjurando as bênçãos de Deus. Pois da mesma forma, na idade média havia a crença que os mesmos padres que celebram a missa branca ao meio-dia, podem igualmente celebrar a missa negra á meia-noite, ou seja, uma missa que serve não para conjurar as bênçãos de Deus, ( como a missa branca), mas sim serve para conjurar as maldições de Deus. Ordens religiosas como os templários e os monges carolíngios foram acusados desta pratica espiritual, sendo que foi oficiado na Lei Canónica que apenas o próprio Papa possuía poder para perdoar os pecados de quem celebrava essas liturgias. Porem, nessas ordens religiosas a celebração de tais liturgias não era vista como um pecado, mas apenas como o pleno cumprimento do apelo de Deus em toda a extensão do seu poder, pois que Deus opera não apenas em bênçãos, mas também em maldições, e por isso a invocação tanto de umas como de outras não era mais que o pleno cumprimento de tudo aquilo que Moisés praticou, ou seja, o profeta de Deus tanto apelou ás mais terríveis maldições de ciências ocultas para se libertar o seu povo do faraó, como apelou ás mais gloriosas bençaos para alimentar de prodígios o seu mesmo povo aquando da travessia do deserto. Seculos mais tarde e ao longo do sec XV a XVII, abades e clérigos ficaram famosos por exercer a celebração deste tipo de liturgia, que depois veio a ser desfigurada por más interpretações e usos abusivos da sua verdadeira natureza.
Sortilégio:
Os sortilégios são malefícios de um feiticeiro.
Quimbanda:
È uma arte mística negra, de origem Afro-Brasileira. Esta arte limita-se a invocar espíritos do mal, ao contrário da Umbanda e Candomblé, que operam tanto com espíritos malignos como com espíritos de luz. Lúcifer é o maior dos espíritos malignos e conta com a devoção dos praticantes de Quimbanda, bem como os Exus ou demónios que possuem poder para causar vários tipos de mal. O Quimbanda é assim a pratica da magia negra ligada aos cultos de feitiçaria africanos. A Quimbanda, nasceu Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Aos exus , os quiumbas, mediante encomenda paga pelo cliente, realizam feitiços ou contra-feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas geralmente nos terreiros de quimbanda é feita a chamada macumba. Realizadas a partir da meia noite de 6a. Feira, Exus e pombas giras dançam, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar-se algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares
Quiumbas:
Espíritos atrasadíssimos que pertencem ao Reino da Quimbanda, são obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias negativas de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão nosétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.
Santanás, Pactos, Possessões, Bruxos e feiticeiras:
Santanás:
é o primeiro anjo gerado por Deus no primeiro dia da Criação. Como descrito no livro de Isaias, era o mais belo ser da criação e todas as coisas foram criadas pelo seu pai para o receber.No Qu’ran, esta descrito que foi feito a partir de fogo, e possui 12 asas invulgarmente grandes. Nalgumas tradições Hebraicas, ( Midrash), é tido como o anjo da morte, a quem Deus entregou o poder sobre a vida e a morte, bem como o governo do «reino dos mortos», ou do mundo dos espiritos.Isaias descreve que Satã desejou ser como o seu pai.Ao faze-lo, entrou em guerra com o seu pai, tendo a disputa originado uma batalha celestial na qual o Anjo Miguel foi general das forças de Deus. Satanás perdeu a batalha, caiu em desgraça e foi banido da presença de Deus, passando desde entao a habitar neste mundo, ( do qual se tornou «principe»), assim como a residir espiritualmente no «mundo dos mortos».
A possessão:
é a invasão do corpo pelo demonio. Mas para alem da possessão involuntária,( na qual a pessoa não deseja ser possuída e é-o contra sua própria vontade), existe a possessão voluntária, ou o consórcio com o diabo. Neste tipo de possessão, a própria pessoa deseja ser possuída pelo Diabo e firma com ele um pacto.
Um pacto:
geralmente implica certos benefícios previamente acordados em troca da venda da alma ao Diabo pela parte de quem procurou o pacto. Afirma-se que Satanás tem muitos poderes, entre os quais o de se manifestar com forma humana ou animal. A relação do Diabo com quem procura um pacto, ( uma possessão voluntária), tem sido registada como puramente fisica e particularmente sexual. Na maior parte da história da Cristandade existem relatos de Satanás tendo sexo com humanos, quer como incubus (demonio macho) ou sucubus (demonio fêmea).
As bruxas e feiticeiros:
foram considerados frutos dessas uniões acima descritas entre humanos e demonios. Podem sê-lo directamente, se o demónio possuir directamente a mulher, mas também podem sê-lo indirectamente, se o demónio incorporar num homem para possuir uma mulher ou vice-versa. As concepções demoníacas são mais frequentes no segundo caso. Por serem considerados filhos «híbridos» entre demónios e humanos, bruxas e bruxos eram tidos como seres especialmente perniciosos e viciosos, porque, ou herdaram alguns dos poderes do diabo, ou herdaram a capacidade de contactar com as esferas demoníacas.
O Inferno:
As regiões infernais são descritas no cristianismo como fonte de grande punição e sofrimentos eternos, com muito enxofre e labaredas de fogo que queimam vivos os pecadores que gemem em lamentos de desespero e arrependimento. Porem na mitologia hebraica, o inferno não é mais que o «sheol», ou seja, o lugar para onde partem as almas desencarnadas depois da morte do corpo, e onde ali ficam repousando. Embora nesse local existam sítios onde uma alma é «expurgada» e «limpa» do mal, para que purificando-se entao mereça o seu justo repouso eterno, porem esta trata-se não da versão «punitiva» do «inferno» dos cristãos, mas sim da noção de «o outro lado», ou seja, a «terra dos mortos», onde toda a alma vai habitar depois de desencarnar neste mundo.
Miriam, A Judia.
Uma das mais famosas bruxas dos tempos antigos. Irmã de Moisés, dizia-se que fora instruída pelo próprio Deus. Muitos trabalhos importantes de alquimia são atribuídos a ela. Também conhecida pelo nome de Maria. Por isso, quem diz que a Magia não existe, então não frequente a Igreja, pois os próprios textos sagrados assim a descrevem e comprovam.
Sonho.
Para os antigos , especialmente os gregos, o sonho era uma ligação entre o estado atual e o futuro. Os sonhos eram vistos como uma espécie de predição do futuro e então interpretados. Um famoso livro dos sonhos, que incluía interpretações, foi escrito por Artemidoro, que viveu no século II. Na literatura bíblica, os sonhos eram o mesmo que prognósticos, assumindo um papel importantissimo como forma de comunicaçao com o mundo espiritual e com Deus.Nos textos Biblicos, os sonhos sao denominados «visoes nocturnas», que se bem que semelhantes aos sonhos normais, sao na verdade revelaçoes enviadas por Deus ou pelos Seus Anjos. Para Xenofonte, ler os sonhos era uma forma de adivinhação.
Súcubus.
Espírito do mal que toma a forma de mulher com o propósito de Ter relações sexuais com um homem. A sua versão masculina denomina-se Incubus. O objectivo dos Sucubus, ( e Incubus), ao se unirem carnalmente com um humano, é na realidade sugar-lhe a energia vital, pois estas entidade alimentam-se dela.Os ataques destas entidades ocorrem á noite. A vitima dos ataques raramente se lembra dos mesmos,(ou tem uma vaga memoria, muito esfumada, como se o ataque lhe parecesse um sonho), e acorda com uma grande sensação de fraqueza para a qual nao ha explicação.Se os ataques foram repetidos, a pessoa começa a ficar palida, geralmente com problemas sanguineos ou pulmonares e perde as forças animicas. vai inexplicavelmente perdendo as suas forças e energias, acabando por ficar de tal forma fraco e fragil que pode mesmo morrer. Muitas das lendas sobre vampiros tem na realidade origem neste tipo de entidade.
Barkaial.
Anjo caído, citado no Livro de Enoch, que ensinou aos mortais os segredos da astrologia.
Belfegor
. No satanismo, um demônio com enorme boca e uma língua fálica.
Bruxas em Portugal.
Bruxa é um termo português quase equivalente a feiticeira. Tanto em Portugal como no Brasil e outros países de tradição portuguesa, as bruxas estão longe de ser extintas. São especialistas em filtros de amor e outros. Em 1968, em Lisboa, uma bruxa foi levada a um tribunal. Era uma camponesa iletrada de 54 anos. O processo foi célebre, mas não se conseguiu suficiente evidência de que ela praticasse ilegalmente a medicina para que fosse condenada.
Sete Pecados Capitais.
Pete Bins Fields relaciona os demônios que têm o poder de provocar as pessoas a cometer os sete pecedos capitais:Lúcifer (orgulho), Mammon (avareza), Asmodeus ( luxúria), Satã (raiva), Belzebu (glutonaria), Leviatã (inveja) e Belphegor (preguiça).
Sexo e Bruxaria.
A fusão e interdependência entre sexo e bruxaria, documentadas nos julgamentos de bruxas na Europa, são fundamentais na compreensão do fenómeno demoníaco. Geralmente o sabbat das bruxas chegava ao climax quando os membros do culto satisfaziam desregradamente seus instintos. A orgia sexual era descrita como anormal, porque nela se praticava sodomia, homossexualismo e posições consideradas pervertidas pelo pensamento comum da época Medieval. Demónios ou o próprio Diabo, depois de assumir a forma de um íncubu ou de um súcubu, envolviam-se sexualmente com bruxas e bruxos. As bruxas, satisfaziam as necessidades, gostos e apetites dos demónios, submetendo-se assim ás suas vontades. Em troca desta submissão carnal, os demónios por um lado satisfaziam os pedidos das bruxas, ao passo que lhes concediam poder sobrenatural. Nos julgamentos de Artois, em França, as mulheres que participavam no culto demoníaco admitiram ter tido relações sexuais com demónios. Tanto homens como mulheres tinham relações com Satã, que se transformava também tanto em homem como mulher, quando quisesse. Em Arras, também na França, de acordo com documentos dos tribunais medievais, os participantes de Sabbat confessaram que todo o corpo do Diabo, inclusive seu pénis, é frio. Mas não apenas na bruxaria existe relação com o sexo: no culto dionisíaco também, assim como nas antigas praticas religiosas babilónicas, egípcias, etc.
Uniao Sexual
A união sexual com o Diabo é um dos elementos essenciais da bruxaria. O sexo é ido na magia negra como um instrumento para produzir 2 fins ou resultados: 1- por um lado profanar aquilo que a Igreja comum defende e que é a abstinência e a virtude imaculada; 2- e por outro lado sendo um instrumento de produção de energias animais e espirituais das quais os demónios e espíritos de feitiça se alimentam, tal como se alimentam de sangue, de álcool e de devassidão. È com essas energias que se convocam os espíritos, ao mesmo tempo que é nelas que esses espíritos malignos se alimentam em banquetes de devassidão e luxúria. Depois de se satisfazerem num frenesi de sexo, de sangue e de devassidão, os demónios concedem poder para que a bruxa possa realizar as maleficências encomendadas pelos trabalhos de bruxaria. Há também quem afirme que uma bruxa possui uma relação simbiótica com um demónio, ou com um espírito de feitiçaria, sendo que tal relação é conseguida através de um pacto e assim, a bruxa fica condenada a dois destinos: 1-por um lado, fica condenada a ser a tentação que vai desviar os caminhos de outros humanos para que os espíritos malignos de alimentem desses desgraçados a troco da concessão de certos favores; 2- Por outro lado, a própria bruxa esta condenada eternamente a ser «vampirizada» pelo demónio ou espírito de feitiçaria com quem se relaciona e que, se alimentará das suas oferendas, dos seus rituais e das suas próprias energias interiores. Também neste aspecto, a sexualidade da bruxa é uma fonte de alimento para o demónio ou o espírito de feitiçaria com quem ela possui um pacto.
Shaddai.
Um dos nove nomes místicos usados para invocar demônios. Ao mesmo tempo, um dos nomes que constam das lendas rabínicas sobre a hierarquia angélica. Regula a esfera da Lua, causa sofrimentos e perdas e tem controle sobre os espíritos.
Demônios.
Ordem de seres sobrenaturais considerados terrenais, ou seja, como Giordano Bruno considerou, seres espirituais demasiadamente proximos da nossa realidade carnal, e por isso influenciados pelos vicios e prazeres da vida terrena. A crença na existência de tais seres é muito difundida. Os antigos mesopotâmios viviam com medo dos demónios, comummente representados, em sua arte, com corpos humanos e cabeças de animais. Tanto os assírios como os babilónios pensavam que os demónios eram espíritos do mal, saídos das profundezas da terra, ou então fantasmas de mortos sem sepultura. Já na Grécia a palavradaemon tinha conotação tanto boa como má, sendo que o termo designava genericamente os «espiritos» . Sócrates, por exemplo, tinha um demônio familiar que o advertia quando ele estava a ponto de tomar uma decisão errada. Contudo, a ascensão do cristianismo e a consequente condenação dos espíritos do mundo pagão (considerados ligados ao demônio) transformaram os demónios em espíritos malévolos. A bruxaria lida essencialmente com espiritos, invocando-os e pedindo-lhes favores.
Diabo.
O Diabo (do latim diabolus), por sua vez do grego antigo “caluniador”, é o nome dado a uma entidade sobrenatural, um demônio malígno, que personifica o mal, em diversas religiões ocidentais. O grande demônio, é formado por quatro diferentes formas de expressões malígnas, ditos “Príncipes dos Infernos”, ou “quatro infernos”: Satã (Fogo), Lúcifer (ar), Belial (terra), Leviatã (água).Para a maioria dos autores cristãos, o diabo é o espírito supremo do mal. Tanto os demônios como o diabo são figuras proeminentes na feitiçaria e bruxaria. A palavra grega «diábolos», traduzida do hebraico, significa «adversario», «aquele que se opoem», «acusador», «inimigo», etc. E o diabo, ( mesmo segundo o livro de Job), era isso mesmo: um anjo que acusava, que tentava, que enganava de forma a testar a verdadeira Fé e amor a Deus. Era o anjo preferido de Deus. Tanto assim o era que Lúcifer significa mesma «o portador de luz» e conta-se que o diabo era o mais belo e perfeito anjo de Deus, ocupando o lugar de «braço direito» de Deus. Lúcifer era cheio de incomparável resplendor e de gloria.Não sabendo guardar a sua posição, Lúcifer concebeu o orgulho e a vaidade no coração e que poderia igualar Deus. Esse foi o erro de Lúcifer: desejar ser igual a Deus. Ele intentou tomar o lugar do Senhor; a criatura almejou ser como o Criador. E ele conseguiu reunir consigo uma legião de anjos que tomaram o seu lugar e se rebelaram contra o Criador. Houve uma verdadeira insurreição nos céus. Há quem interprete Apocalipse 12.4 como sendo o número de anjos que Satanás conseguiu arrastar com ele em sua queda: E na sua queda, o diabo levou atrás de si «terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra». Se o número é real, podemos entender que um em cada três anjos de Deus foi aliado de Satanás e por consequência, todos esses anjos foram lançados fora dos céus e para as trevas. Por alguns, o diabo é interpretado como sendo a propria representação do ser independente de um tirano, a oposição à obediencia cega, a liberdade, a procura da sabedoria fora dos dogmas. Segundo certas versoes misticas herbaicas, o diabo foi aquele que tentou dar o conhecimento da ciencia a Eva,(tanto das ciências do mundo físico, como das ciências ocultas), e que mais tarde desceu dos ceus com os seus anjos para se unir ás mulheres dos homens e transmitir sabedoria á humanidade. O Diabo é segundo essas teses o filho celestial primogénito de Deus, que teve relações com Eva e é o verdadeiro pai de Caim, assim como é o anjo da guarda de Esaú que lutou contra Jacob. O papa Paulo VI, ansioso em corrigir alguns teólogos católicos que negavam a realidade do diabo, afirmou, num sermão proferido na Praça de São Pedro (Vaticano) em junho de l972, que “a fumaça de Satã entrou no templo de Deus através de uma fissura na Igreja”. Mais tarde, em Novembro, ele devotou um sermão inteiro às vilanias de Satã, argumentando que “este ser obscuro e perturbado realmente existe… um feiticeiro pérfido e astuto que se insinua entre nós através dos sentidos, da fantasia, da concupiscência”.O papa acabou confirmando uma realidade espiritual á qual a igreja tentou fugir mas que, acabou não podendo mais negar. Eliphas Levi, escreveu que o Diabo na Magia Negra é o grande Agente Magico, empregado para objectivos malignos por um poderoso desejo perverso. O Papa João Paulo II, ao realizar a reforma do Ritual Romano, afirmou que o Diabo é uma realidade, independentemente de acreditarmos nele, ou não.
A Marca do Diabo.
Pequena marca de nascença, cicatriz ou outra desfiguração supostamente deixada pelo casco do diabo sobre o corpo da vítima. No começo do século XV, os caçadores de feiticeiras começaram a aceitar tais marcas como prova de culpabilidade. Nos séculos seguintes, feiticeiros e feiticeiras eram despidos e raspados na procura dessas marcas. Supunha-se, na época, que a marca do diabo era impressa sobre o corpo da vítima para impedir que a mesma traísse o pacto realizado.
Pacto com o Diabo.
Um pacto entre um homem ou uma mulher e o diabo ou um de seus servidores: pode assumir muitas formas, mas inclui sempre:
- 1. Preparação para o pacto (abstinência de carne, et.).
- 2. Invocação na forma ritualística, acompanhada pelo sacrifício de um animal (galinha, bode, serpente, gato, etc) e por fogo.
- 3. Um complexo conjunto de fórmulas mágicas.
- 4. A aparição do diabo.
- 5. Assinatura do pacto com sangue do braço esquerdo.Dibbuk.
No ocultismo judaico, a crença de que a pessoa são duas almas ao mesmo tempo. A segunda alma é de um pecador que retornou do além para expiar seus pecados compartilhando das boas ações praticadas pela alma boa, com a qual coabita num mesmo corpo. Uma pessoa possuída por duas almas não pode controlar a intrusa, cuja voz e comportamento podem às vezes ser confundidos com o verdadeiro eu. O dibbuk grita, amaldiçoa, exibe muitas facetas de personalidade, e só pode sr expulso através de apavorantes rituais realizados dentro de uma sinagoga escura. Um rabino experiente deve deferir essas sessões e conseguirá expelir um dibbuk rebelde através do dedo mínimo da pessoa possuída.
Feitiçaria.
É praticamente impossível chegar-se a uma definição clara e completa de feitiçaria, da mesma forma que seu quase sinonimo bruxaria. Embora, do ponto de vista da igreja antiga, feitiçaria seja o comércio com entidades demoníacas com o propósito de praticar o mal, interpretação ocultista do termo é completamente distinta. Está nesse último caso, mais relacionada com a possibilidade de manipulação – para o mal ou para o bem – de forças e energias naturais, a partir de capacidades mentais e do espírito, como a concentração, a mentalização, a vontade. Mas a noção prevalente, a nível popular, ainda é a da Igreja.
Entre as características apontadas da feitiçaria estão: perturbações da atmosfera: capacidade de fazer viagens espirituais ou astrais, ( que foi caricaturada na capacidade de voar em vassouras e coisas do género),: envio de animais, à noite, para o desempenho de missões ordenadas por seus mestres feiticeiros: metamorfoses; uso de substâncias mágicas (óleos, filtros, elixires, etc.) capazes de provocar radicais mudanças de comportamento de uma pessoa; encontros espirituais nocturnos e escolha de dias santos da Igreja para tais encontros; associação da escuridão ao mal; a pratica da nudez em danças e rituais normalmente executados em encruzilhadas, a produção de malefícios e maldições como as as amarrações; a celebração de pacto com demónio; a celebração de orgias sexuais onde se consuma a cópula com demónios;
Lei da Feitiçaria.
Na Inglaterra, o Ato de Feitiçaria , promulgado em 1735, por um lado proibia a feitiçaria, ao passo que tambem estipulava que a feitiçaria não existia e que qualquer pessoa que clamasse possuir poderes sobrenaturais seria processada. Mas foi somente em 1951 que a legislação britânica eliminou a última referência à feitiçaria de seu Código Penal.
Feiticeira/o.
Embora o feitiço possa ser feito tanto pela mulher como pelo homem, a palavra celebrou-se no feminino, devido ao número muito maior de mulheres que, nos séculos da Inquisição, foram acusadas de prática da feitiçaria. Quase sinonimo de bruxa, acabou-se, com o tempo – e em termos de processos criminais – , estabelecendo-se uma distinção entre as duas palavras: tanto a bruxa quanto a feiticeira aprendem suas artes mágicas com o demónio; mas a primeira, para conseguir isso, vende a própria alma ao diabo, enquanto a segunda permanece livre mesmo após adquirir o conhecimento. Outras versões defendem que a bruxa nasce bruxa, ( com talentos inatos para ser bruxa), ao passo que qualquer um pode ser uma feiticeira/o, bastando para isso estudar o assunto a aprender sobre ele como se aprende qualquer outra profissão. Há no entanto um pequeno detalhe: para que uma feiticeira/o possa fazer suas feitiçarias resultar de verdade, ela/e tem de fazer um pacto com um espírito de feitiçaria, ou um demónio de feitiçaria. Esse espírito demoníaco passará a viver em simbiose com a feiticeira/o, sugando dela/e a sua energia vital, recebendo dela/e oferendas que lhe sao agradáveis, de forma a que em troca esse espírito concede os desejos invocados nas feitiçarias. Este pacto dura para sempre e condenará a alma da feiticeira/a a tornar-se igualmente num espírito de fetiçaria. Segundo estas teses, o poder de uma feiticeira/o reside na força da entidade espiritual com que ela/e fez um pacto eterno. Segundo a visão europeia, uma feiticeira pode parecer jovem, irresistivelmente bela e ser, na realidade, velha, repulsiva, marcada com o sinal do diabo. Ela tem um pacto com uma entidade demoníaca, pelo que oferenda a esse espírito coisas como sangue, sémen, álcool, menstruação, etc…. em rituais secretos e satânicos. Algumas ideias Cristas defendem que elas bebem ou se banham em sangue humano, constroem bonecas de cera que representam seres humanos para os dominar, causam desgraças, praticam orgias com humanos e demónios, perturbam as forças da natureza (pode desencadear tempestades ou períodos de seca etc.), engendram vinganças terríveis contra aqueles que a ofendem, copulam com quem desejam, ameaçam as hostes infernais e recorrem a um vasto arsenal de fórmulas, substâncias e ferramentas para produzir sua arte. Como a feitiçaria atingiu seu apogeu durante a Idade Média muitas designações para feiticeira ou bruxa são em latim, o veículo literário corrente na época: lamia, maga, maleficu, saga, sortilega, strix, venefica.
Hexagrama.
Uma figura de seis pontas usada para controlar demônios. Também conhecida como Escudo de Davi.
Hierarquia de Demônios.
De acordo com A Chave de Salomão, os três principais espíritos do inferno são Lúcifer, Belzebu e Astorah. São, respectivamente, imperador, primeiro-ministro e grão duque do reino. Seguem-se mais seis demônios, de posição respeitável: Lucifuge, Satanachia, Agaliarept, Fleuretty, Sargatanas e Nebiros.
Demonios Igneos.
Uma das seis classes de demônios identificados pelos teólogos medievais.
Íncubus.
Demônio masculino que surge para atrair sexualmente as mulheres. Sua contraparte feminina são os Súcubus . Para os primeiros cristãos, os íncubos são anjos cujo interesse sexual conduziu-os à queda.
Invocação de Espíritos.
No vodu haitiano, a fórmula de invocação de espíritos é a seguinte: vá a uma estrada à meia-noite de uma sexta-feira, levando uma vela feita de cera de abelha, sebo de boi e fígado de andorinha. Acenda a vela em nome de Belzebu e diga: “Belzebu, estou chamando-o para que me responda sobre (o tema de interesse) agora”.
Invocação do Demónio.
Existem algumas fórmulas antigas para a invocação de demônios. Algumas delas: Palas aron azinomas; Bagahi laca Bachabé. Ou pelos seus nomes místicos: Eheieh, Iod, Tetragrammaton Elohim, El, Elohim gibor, Eloah Va-Daath, El Adonai Tzabaoth, Elohim Tzabaoth e Shaddai. Ipsissimus, o mais alto dos graus do sistema cabalístico de Aleiter Crowley. Para ele, Ipsissimus “está livre de qualquer limitação”.
Jesus , o Exorcista
O exorcismo teve grande importância na vida de Jesus. Marcos relata que muitos doentes e possuídos foram até Cristo e saíram curados. Mateus confirma o poder de Jesus em expulsar os espíritos e interpreta isso como a realização da profecia de Isaias. Lucas diz o mesmo.Todos os evangelhos sao comuns ao descrever Jesus como um exorcista que ganhou grande fama pelos seus prodigios, sendo que foi essa faceta que lhe angriou a fama junto das populações
Nahemah.
Nome da princesa dos súcubus, os demônios femininos.
Nostradamus (1503-1566).
Médico francês, alquimista. Autor de tratados herméticos, livros de alquimia e profecia. Em maio de 1555 foi publicada a sua obra mais importante: As profecias de Michel de Nostradamus. Esta edição era incompleta e, em 1568, apareceu a obra completa, editada em Lion.
Nove Nomes Divinos.
Usando-se nomes divinos, pode-se espantar os demônios. São eles: Eheieh, Iod, Tetragrammaton Elohim, El Elohim Gibor, Eloah Va-Daath, El Adonai Tzabaoth, Elohim Tzabaoth, Shaddai.
Nudez.
Por um lado, os bruxos acreditam que o corpo humano é um armazém de energia e que os demónios se alimentam dessa energia quanto o corpo pratica certo tipo de actos. Por outro lado, a nudez ritual é uma forma de transgredir a velha ordem cristã, que vê no corpo e na carnalidade um pecado mortal. Por isso, a nudez faz parte dos processos místicos da bruxaria.
Pã.
Deus sensual cujo culto se espalhou por todo mundo helênico. Lider dos sátiros, afirmava-se que ele próprio costumava participar da celebração do sabá das bruxas.
Predição.
O ato de antecipar o futuro através de várias técnicas desenvolvidas para tal fim. Um dos métodos mais conhecidos é a numerologia·
Quindecemviri.
Guardiões dos livros Sibilinos, que são uma colecção das profecias sibilas, profetizas na lenda e literatura gregas. Os quinze homens indicados pelo ditador romano Sulla (138a.C.-78 a C.) eram os únicos que podiam ler os manuscritos nos quais estavam descritos os destinos da humanidade.
Rainha do Sabath.
Ainda que a maioria dos sabbat tenha sido presidida por homens, no século XVII os feiticeiros bascos eram dirigidos por uma rainha, que era a própria noiva do Diabo.
Rainha dos Elfos.
Nalguns dos julgamentos escoceses de bruxas, a Rainha dos Elfos era mencionada como uma divindade presente no sabath. Dizia-se que tinha relações com os bruxos.
Reencarnação.
A doutrina da reencarnação está directamente relacionada com a crença da imortalidade da alma, de origem oriental, e considera que todo indivíduo possui um elemento espiritual, que, após a sua morte fisica, pode encarnar e renascer noutro corpo. Esta crença é professada tanto pelo ocultismo antigo como pelo moderno e, de acordo com Gerard Gardner, autor do Bruxaria hoje (1955), os feiticeiros modernos acreditam na reencarnação e dirigem seus pedidos ao Senhor do Mundo Inferior. A deusa que ascende ao nosso mundo é a noiva do Diabo, a qual se presume influenciar a decisão do seu amado do sobre o local e o momento em que a pessoa deve reencarnar.
Grimório.
Manual de magia, geralmente atribuído a autores desconhecidos, ou a grandes personagens (como o rei Salomão), ou certos papas (como Alberto, o Grande). Eram muito populares durante a Idade Média. Entre os mais notáveis desses “Livros Negros”, como eram também conhecidos, estão Liber Spirituum (“O Livro dos Espiritos”);
Doutrina dos Opostos.
A existência de pares de opostos na natureza está por trás da teoria mágica baseada na procura do misterioso uno que deve reconciliar toda diversidade na unidade. O principio esta descrito nas proprias escrituras, onde é revelado que Deus fez toda sua criaçao em «pares», sendo que diante da uma coisa, se encontra o seu oposto. A alternância entre dia e noite, vida e morte, calor e frio, calma e violência leva a acreditar que opostos são manifestações de algo maior, de que fazem parte. Tal alternância foi mesmo um dos argumentos teologicos mais sustentados para permitir que muitos grandes teologos e filosofos concluissem que se tudo opera por opostos, entao á materia deve opor-se a existência de algo imaterial, ao corpo deve opor-se a existência de espírito, á criação deve opor-se a existência de um criador – Deus-. O filósofo Alemão Friedrich Hegel levou essa idéia para a filosofia, revivendo a dialéctica, operando atraves das suas teses, antíteses e sínteses. Essa doutrina exige do mágico experiência e mestria para poder equilibrar as forças ao seu comando: amor e ódio, instinto e razão, bondade e maldade. Muitos rituais mágicos têm como foco o equilíbrio dessas forças opostas. O que importa nesses rituais não é o homem animal ou o homem pensador, mas todo o homem, que precisa ser inteiro para usar todos os seus poderes. Com essas magias, realiza-se uma «ponte» entre o mundo fisico e o mundo espiritual.
Oráculo.
O acto de um(a) Deus(a) comunicar com o ser humano por meio de um profeta ou vidente; O altar de um deus no qual perguntas são feitas; O mais famoso dos oráculos foi o de Delfos, mas o de Dodona, Epidauros e Trofônio também foram muito conhecidos na Grécia antiga. Talvez o mais antigo tenha sido o de Esculápio, filho de Apolo, chamado de Curador, porque tratava doentes através de sonhos que surgiam enquanto dormia no templo. Esse templo ficava em Epidauros. O oráculo de Delfos, situado em Parnassus, era um templo dedicado a Apolo, o deus da eloqüência. Todos que visitavam o templo deviam levar uma oferenda. Logo o local ficou cheio de tesouros e presentes dos gregos e dos estrangeiros, o que despertou a cobiça dos colecionadores de ouro e preciosidades. Apolônio de Tiana contou em detalhes sua visita ao oráculo de Delfos. A purificação em água sagrada era seguida pelo sacrifício de um touro e um bode ao deus. Apolônio entrou no templo com uma folha de oliva nas mãos, esperou em frente a estátua de Apolo, no interior da caverna. Depois de um tempo, a sacerdotisa Pítia surgiu e sentou-se sobre uma trípode. Ela começou a tremer nervosamente, mas nada disse de inteligível. Suas convulsões tornaram-se violentas e ela espumava pela boca. Tiana havia perguntado se seu nome seria lembrado no futuro. A resposta, enfim, foi que provavelmente sim, mas apenas para ser caluniado·
Sabath.
Reunião periódica de bruxas, magos ou necromantes em florestas escuras, cavernas escondidas, ruínas abandonadas ou locais santificados. Na Europa os iniciados celebram a sua devoção aos demónios dançando na escuridão, invocando o Diabo, sacrificando animais e participando de orgias sexuais. Em hebraico, Chabbath, em francês, Sabbat, a palavra é usada para designar a reunião de bruxas porque se acreditava que a magia tinha relação com os judeus. Alguns desses encontros no passado, tinham data certa, sendo que em algumas regiões eram realizados a 2 de Fevereiro, a primeiro de Maio, primeiro de Agosto e primeiro de Outubro. Essas datas lembram a divisão céltica do ano, que começava a primeiro de Maio e primeiro de Novembro. Actualmente, o primeiro sabbat das bruxas é marcado de forma a coincidir com o solstício do verão e do equinócio de Outono.
Sal.
Na magia, o sal é usado para repelir os demónios, pois todos eles detestam o sal. Sagrado para Deus, o sal mantém os demónios afastados.
Sangue.
Desde tempos imemoriais o sangue é visto como um agente vital e figura em rituais de sacrifício. Nos tempos paleolíticos, figurava proeminentemente nos sacrifícios. O corpo do morto era colocado em covas contendo pedras vermelhas, cujo o intuito era prover o morto com um substituto para o agente vitalizador. Os gregos, por sua vez, despejavam sangue nos túmulos para reviver o espírito dos mortos. Em certas religiões, como o mitraísimo o baptismo de sangue era usado para purificar tanto o corpo como a alma. Na Biblia está escrito que «o sangue é a vida», e na verdade, os mitos vampíricos estão, quando referindo-se á questão do sangue, fazendo na realidade uma alusão a essa força vital que se extrai de um ser, e que pode ser fonte de alimento, de força espiritual e de vida.Por isso mesmo os Inccubus e Succubus acabam realizando exactamente o mesmo que os vampiros – alimentarem-se de um ser humano– sem que contudo estes últimos retirem sangue ás suas vitimas, pois na verdade estamos falando, não do liquido em si, mas sim de uma certa energia vital que, dizem os textos sagrados, está latente nesse liquido. Os demónios, diz-se, adoram sangue.
Possessão
O termo refere-se a um fenómeno espiritual que se pode manifestar de diversas formas. Na sua expressão mais violenta, compreende-se como a assalto de um demónio ou um espírito mau a um corpo, sendo que essa entidade demoníaca entra no corpo da vítima e possui a mesma. Assim sendo, a vitima perde o controlo sobre o seu corpo, que passa por seu lado a ser comandado pela entidade que nele habita. Segundo a Bíblia, há outras formas de possessão demoníaca, e as mesmas estão ligadas á pratica de magias negras, artes divinatórias, espiritismo, etc. Diz-se nesses casos que os praticantes destas artes possuem um estreito vinculo com entidades demónicas ou espíritos das trevas.
Oculto
O termo oculto advêm do latim «occultus», referindo-se ao que esta escondido, ao que não é visível. Em termos esotéricos, o termo oculto refere o conhecimento sobre as coisas invisíveis, ou o conhecimento sobre o mundo espiritual, o conhecimento relativo ao sobrenatural. Este termo é usado por oposição ao conhecimento das coisas visíveis, ou o conhecimento sobre as coisas mensuráveis, ou seja, aquilo a que chamamos ciência.
Ciência
Em termos do conhecimento místico, a ciência é vista enquanto uma forma de conhecimento sobre o mundo físico, ou seja, sobre tudo aquilo que é material e logo, é quantificável e mensurável. Por oposição, existem as ciências esotéricas, que se debruçam sobre o conhecimento do mundo que não é físico, ou seja, sobre o mundo espiritual e sobrenatural.
Metafísica
Conjunto de reflexões que visam equacionar uma explicação racional da realidade. A metafísica parte de constatações obtidas através da experiência, mas depois ultrapassam essa esfera empírica para tentar alcançar o conhecimento sobre realidades que a transcendem.
Ménade
Antiga sacerdotiza de Baco.
Incenso.
Simboliza o sopro da vida e é um importante elemento em qualquer ritual mágico
Libação
Acto de partilhar e oferendar bebidas num ritual a Deus, Deuses ou espiritos.
Oblação
Acto de realizar oferendas num ritual a Deus, Deuses ou espiritos.
Tuli, Sociedade de
Sociedade mística da qual Hitler retirou alguns conceitos utilizados na formulação de sua filosofia.
Enoquiano ( sistema de magia)
Sistema desenvolvido por John Dee e pelo vidente Edward Kelley no sec. XVI. Através de um sessão de vidência numa bola de cristal, os dois estabeleceram comunicação com supostos anjos, que lhes passaram um tipo de linguagem nativa dessas entidades. Junto passaram um alfabeto de 21 letras ( um verdadeiro idioma com regras próprias de gramática), 19 invocações e conhecimentos ocultos. Segundo a história, as palavras possuem um poder tão grande ao serem pronunciadas, que foram passadas de trás para frente.
Necromancia
Trata-se da relação de comunicação e utilização dos mortos para determinados fins. Vários sistemas religiosos ou mágicos a utilizam, com destaque para o Espiritismo, Candomblé, Umbanda e Voodoo.
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