Feitiçaria- feitiços

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Feitiçaria- feitiços

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FEITIÇARIA, FEITIÇOS

Feiticeiros e feiticeiras ainda existem e vivem entre nos, em pleno sec XXI. Mais do que simples crendices, a magia ganhou e ganha cada vez mais espaço em nossa sociedade.

Alcançando resultados que ciência não consegue explicar mas que tem dado provas de sucesso ao longo dos séculos, a Magia sobreviveu ás perseguições da Idade Media, ao racionalismo empírico do Sec XIX e mesmo ao espantoso progresso tecnológico do sec XX. Se a Magia não funcionasse, ninguém recorreria a ela, da mesma forma que se os carros não funcionassem, ninguém os compraria e conduziria.

A Magia segundo os feiticeiros é a capacidade de manipular forças que podem ser espirituais ou da natureza, para obter fenómenos ditos sobrenaturais.

É uma arte, ou ciência que se aprende.

Feitiçaria no cristianismo, conforme a tradição das ordens Templárias e Carolíngias

Aqueles ocultistas e místicos que professam a doutrina crista de são Cipriano, crêem que na verdade uma «feitiçaria» não passa de uma poderosa forma de «intercessão» junto de Deus a fim de Lhe invocar as suas bênçãos ou as suas maldições, pois que é Deus que tem poder sobre todas as coisas, e por isso seja junto de anjos ou demónios eis que Deus é Senhor de todos eles, e a todos Ele comanda.

E por isso, o ocultista que abraça o Cristianismo, eis que ele crê que com a autoridade de Deus então toda a feitiçaria resultará, e sem Deus nenhuma feitiçaria dará fruto, e por isso eis que ele busca o conhecimento do oculto porem norteando a sua fé em Deus, e jamais fora de Deus.

Dessa forma, qualquer um pode aprender a feitiçaria, mas como em qualquer “profissão” as pessoas podem possuir maior ou menor talento, existindo desde os verdadeiros “genios” da feitiçaria, até aos mais medíocres praticantes. Da mesma forma que muitos estudam e exercem ciências, mas nem todos podem ser um DaVinci ou um Einstein, igualmente muitos praticam a magia, sendo que uns tem elevados níveis de sucesso e outros nem por isso….

A Magia é maioritariamente ritualista. Ou seja, os efeitos mágicos são obtidos através de rituais, ou amuletos e talismãs, os quais são criados por outros rituais. A Magia também muitas vezes depende de produtos místicos secretos, cujas as propriedades são desconhecidas pela ciência mas que operam milagres aparentemente sobrenaturais.

Os rituais são necessários para focalizar o poder espiritual dos feiticeiros
e concentrar suas forças para que efeitos desejados possam ser obtidos.

Apenas os feiticeiros que já são mestres podem prescindir dos rituais, mas mesmo eles preferem utilizá-los para os efeitos mais complexos.

Existe um número limitado de efeitos mágicos possíveis. Ao longo dos séculos, em várias partes do mundo, os feiticeiros e feiticeiras tentaram sempre produzir os mesmos resultados. Embora as características dos rituais realizados variem de culto para culto, ou de teologia para teologia, de acordo com a cultura em que o feiticeiro se encontra inserido, os objectivos da magia são universais e podem-se definir muito sinteticamente.

Do Voodoo ao Kimbanda, da magia celta á Santeria á magiaárabe , etc… todos os rituais e processos mágicos visam, usando o poder do feiticeiro, invocar forças espirituais que façam produzir um certo fim aparentemente impossível de obter por meios normais.

E esses fins, independentemente das culturas variarem, são sempre os mesmos. Por exemplo, por mais que variem os rituais envolvidos, fazer chover para salvar uma plantação, sempre será fazer chover para salvar uma plantação seja na China, ou em Africa, ou na Europa, ou na América.

Uma coisa é certa:

A ciência e tecnologia dependem de resultados. Hoje em dias todos acreditam na ciência, porque ela produz resultados tecnológicos como telemóveis, carros, aviões, etc…. Caso contrario ninguém se importaria com a ciência.

Pois a magia nessa perspectiva obedece ao mesmo princípio.

Se a tecnologia não tivesse permitido construir computadores e uma rede de Internet que funcionassem, hoje ninguém estaria sentado diante de um ecrãs a «teclar» por mero masoquismo ou por pura fé…. Simplesmente ninguém usaria uma coisa que não funciona.

Com a Magia passa-se o mesmo, ou seja: as pessoas (ao contrario do que defendem certos intelectuais puritanos), não são estúpidas, e a feitiçaria não é apenas um corpo de superstições e crendices inconsequentes, pois que se assim fosse então ao fim de milhares de anos então já ninguém estaria recorrendo de algo que não funciona, da mesma forma que ninguém compraria carros se eles não funcionassem.

Porem, por outro lado isto deve ser observado:

Um assunto são as coisas deste mundo, e outro assunto são as coisas do mundo do espírito.

Pois as coisas deste mundo tem as suas leis e operam da sua forma, assim como as coisas do mundo do espírito tem as suas próprias leis e operam da sua própria forma, e as leis deste mundo não são as leis do mundo do espírito.

Ou seja:

Não se deve procurar nas coisas do espírito conforme se procura nas coisas deste mundo.

Ou seja:

No mundo do espírito, a fé é fundamental, assim como é fundamental saber que os espíritos operam por vezes de formas misteriosas, e eles operam por vezes por caminhos, meios e desígnios que não nos são compreensíveis, e que não nos cabe nem questionar, nem saber que caminhos são esses.

Também se deve saber: o tempo dos espíritos não é o tempo do homem, e o tempo do espírito não é regulado pelo tempo das impaciências humanas, nem das pressas humanas.

Isto é:

Observe a obra do espírito como um pão que você prepara, e coloca num forno para cozer. Ou seja: se você estiver impacientemente abrindo o forno a todo o minuto para ver se o pão já está acabado, você acabará apenas estragando o pão e arruinando sua refeição.  E porem, se você deixar esse mesmo pão no forno, fechado e descansado, cozendo pelo tempo que tiver de cozer, entao você vai ter um belo pão para saciar toda a sua fome.  Então: observe a obra do espírito como videira com a qual você quer preparar um bom vinho, ou seja: se você na pressa impaciente de ter o seu vinho, for e colher as uvas antes do seu tempo, pois você terá mau vinho. E porem, se você usar da sabedoria paciente do bom agricultor, e colher as suas uvas apenas no momento certo, ( nem antes, nem depois), então você terá bom vinho. Pois então: se você quer bom pão e bom vinho, você tem de seguir esta regra, da mesma forma que se você quer bom fruto do mundo dos espíritos, então tem de seguir as suas regras.

Por isso:

A obra do espírito ocorre, e ela é poderosa!

Porem, ela opera conforme estas leis, e é apenas com estas leis que a obra do espírito dá bom fruto.

E assim:

Quem procura na obra do espírito com esta compreensão e desta forma, então verá bom resultado; porem quem procura da forma errada e desobservando estas normas, pois não verá bom fruto, da mesma forma que se um condutor conduzir um carro da forma errada e contra todas as regras de transito, então é certo que ele acabará tendo um acidente, e a culpa não é do carro mas sim da forma como esse condutor usou o veiculo da forma certa, ou da forma errada, ou seja, observando as boas regras de condução, ou não observando.

Bruxaria, que efeitos causa bruxaria

Os 8 efeitos mágicos possíveis dos feitiços são:

1- Adivinhatório: conhecer o passado, o presente e futuro que poderá concretizar-se mediante as opções de cada pessoa.
2- Curandeirismo: fazer o ser humano curar, ou faze-lo adoecer
3- Magia natural : fazer chover, gerar secas, causar fenómenos na natureza, (como ventos, trovoadas), fazer animais deixarem de ter vontade de se alimentar, curar animais vitimas de mau-olhado, etc….
4- Magia emocional aterrorizar alguem, fazer alguém afastar-se, fazer alguém se apaixonar-se, etc….
5- Magia sensorial: criar miragens ou ilusões – não confundir a criação de miragens com o ilusionismo, que é o ramo mais baixo e básico desta vertente da magia, sendo apenas um conjunto de técnicas mecânicas sem qualquer segredo verdadeiramente magico
6- Necromancia ou Espiritismo: realizar viagens astrais, contactar com os mortos, etc
7- Sincronicidade: alcançar a sorte ou dar o azar, assim como a leitura das simbologias daquilo a que chamamos de «coincidências», mas que na realidade não o são porque tais não existem.
8-Profetização: inscrever na alma de alguém um determinado rumo de vida, tal como quem marca a ferro e fogo a carne de um animal. Tal como o símbolo ficará marcado na pele do animal para sempre, também a profecia ficará inscrita na alma da pessoa que terá assim um destino traçado para o bem ou para o mal. Se for para o bem a profetização chama-se «bênção», se for para o mal a profetização chama-se «maldição». A profetização também pode ser usada para unir ou afastar pessoas, para ajudar ou prejudicar, para salvar ou condenar, etc… sendo que acaba produzindo efeitos análogos aos da magia emocional , natural, e curadeirista.

Cada um destes 8 tipos de efeitos de feitiços, possui os seus próprios feitiços e contra – feitiços.

O feiticeiros foram forçados a manter a sua existencia em quase absoluto segredo por centenas de anos devido a histeria da caça às bruxas na Idade Media, bem como dos séculos XV, XVI e XVII , bem como de todos os preconceitos que sofreram e ainda sofrem. Apenas recentemente eles puderam agir mais abertamente e revelar-se de forma mais transparente ao mundo.

Um ponto interessante dos feiticeiros é que eles se organizam em Ordens. Enquanto algumas delas tem centenas de anos, tendo surgido da necessidade dos feiticeiros se ajudarem para poder sobreviver, outras são bem recentes. A maioria delas age abertamente, algumas são misteriosas e apenas ouvimos falar delas através dos relatos de membros das outras ordens. Outros feiticeiros optam por exercer as suas artes de forma solitária e independente

quer um poderoso trabalho de magia negra?

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Altar de São Cipriano

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Fantasmas – o que são fantasmas

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Fantasmas – o que são fantasmas

Fantasmas – o que são fantasmas2

Sobre fantasmas, assim diz a obra de são Cipriano:

Fantasmas são espíritos que aparecem a certos indivíduos, (…)  e que são do mundo das almas.

Aparecem só aos crentes, (…)  e não aos incrédulos, porque com eles nada aproveitam , pelo contrario, só recebem pragas (…)

Mas cuidai:

Dobram-se os tormentos daqueles que – sendo incrédulos – vendo aos fantasmas, porem deles apenas escarnecem ou maldizem, pois que os fantasmas são apenas espíritos que vem a este mundo para buscar alivio.

Quando uma pessoa se deparar com uma visão de um fantasma, não deve esconjura-la nem maldize-la, e sim recorrer á oração.

Orai por esses espíritos, pois feliz é a criatura que perseguida pelos espíritos, porque com certeza é boa pessoa, pois se os espíritos a perseguem , é para que ela ore por eles.

Obra de são Cipriano, Capitulo « Sobre certos casos de aparições», Pag 39

Fantasmas – o que são fantasmas3

Pois por isso, assim se sabe:

a pessoa que vê fantasmas ou espíritos está vendo manifestações espirituais de entidades que a estão procurando para lhe comunicar algo, ou simplesmente para lhe pedir ajuda, e para pedir oração!, pois que um espírito é como um ser com sede de luz!, e por isso ele procura sempre a pessoas com luz!, e a pessoas boas!

Por isso:

se (sem ter feito nem encomendado qualquer tipo de trabalho místico que haja corrida mal ou sido lidado erradamente), sois atormentados por espíritos, por fantasmas e por assombrações, então lembrai-vos deste ensinamento de são Cipriano, e sabei por isso que sois pessoas de uma imensa luz interior!, e por isso não estais sendo atormentados por nenhuma tormenta!, mas sim sois pessoas a quem os espíritos procuram para que os ajudeis.

Assim sendo:

nesse caso sois espíritas!, e assim ensinou são Cipriano que bem sabia sobre o espiritismo, sobre a bruxaria, e sobre os mistérios do espírito.

Pois então.

nesse caso é normal que tenhais sonhos – também chamadas «visões nocturnas» – , ou que até chegueis a ver ou ouvir a espíritos que se vos mostram ou vos falam por misteriosos meios!, ou que tenhais pressentimentos que estranhamente se concretizam!, o que coisas estranhas (ruídos, visões, aparecimentos e desaparecimentos ocorram  no vosso lar), e nada disso é coisa ruim!, pois espíritas e bruxas assim o vem vendo e sentindo á milénios!, pois que são pessoas intimamente ligadas ao mundo dos espíritos!, que é o mundo do Alem!, ou o mundo do sobrenatural!

Quer um verdadeiro trabalho de magia de são Cipriano?

Então fale com quem sabe verdadeiramente dos saberes de são Cipriano, e por isso:

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Altar de São Cipriano

 

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Estudos demonológicos

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Estudos demonológicos

 

DEMONOLOGIA

demonografia- demonologia3Os demónios são anjos caídos, que foram banidos da presença de Deus e desde então vivem em exílio, afastados do reino celestial de deus, ( o chamado «céu»), habitando tanto neste mundo mundo terreno, assim como no «mundo dos mortos» (o «Sheol» Hebraico, ou o «Hades» Helénico, a que a teologia Crista encara erroneamente como o «Inferno»), ou seja: o local para onde as almas dos humanos vão depois da morte,  para encontrarem o seu repouso eterno.

A confusão entre o «Sheol» e o «inferno» é um erro típico da teologia crista: o cristianismo vê o inferno como um lugar de eterna condenação dos maus, ao passo que na verdade o «sheol» (a noção hebraica de onde nasceu a lenda mitológica do “Inferno” segundo o catolicismo), é o «reino dos mortos», o local para onde vão as almas daqueles que faleceram, para ali repousarem na sua vida pós-morte.

Trata-se por isso do mundo onde habitam as almas de todos os mortos, e não de um local de condenação, ou pelo menos não inteiramente: nesse local quem é condenável será purificado, e quem não o é viverá pacificamente e em liberdade. Por isso, esta noção corresponde  antes a um arquétipo  do «mundo dos espíritos», onde todas as almas são purificadas. Segundo o evangelho sobre José (um texto apócrifo doSec V d.C.), o «inferno» é tido com um lugar por onde as almas tem de passar (através dos 7 véus das trevas – cap. XXII, XXIII – ), para se purificarem.

Trata-se antes e por isso, de um processo espiritual que sucede após a morte, trata-se da transposição de uma passagem (cap. XXII), comum a todo o ser humano após a sua morte: todos passam por essa transição, independentemente de serem pecadores ou não.

A mesma noção também encontramos noutro texto apócrifo, os Actos de Pilatos, onde verificamos que no “inferno” se encontram em repouso eterno as almas de figuras como Abraão, Isaías, João Batista, etc,(II, cap 18,1), todas ela ali habitando em espírito e aguardando a sua libertação por via da completa purificação pelo espírito de Deus, que neste caso, ( neste texto), lhes aparece através de Jesus.

Ou seja: o inferno é visto tanto em certas tradições gnósticas, como nas mais ancestrais teologia hebraicas, como o «mundo espiritual», e não como o «inferno» que os padres Católico -Romanos “venderam” ao povo durante a Idade Media, apenas para o amedrontar e assim manter sob sua alçada, guiado pelo grilhões do medo.

Esta noção que a igreja católico – romana criou de um Inferno punitivo, assim como a criação imaginaria de um «purgatório» (cuja a existência, no Sec XX , já foi desmentida pela própria Igreja através do papa João Paulo II), serviram apenas para vender «bulas papais» e «perdoes celestiais» ás classes mais altas da sociedade, enriquecendo assim os cofres do Vaticano de tal forma, que assim se edificou uma das mais invejáveis fortunas do mundo que ainda hoje existe.

A troco da salvação de uma alma, (para que ela não acabasse no inferno, ou para que ela saísse rapidamente do purgatório e fosse para o céu), a igreja católica vendia perdões papais que «limpavam» todos os pecados de uma alma. Claro, fazia-o em troca de elevadas quantias de dinheiro, ou grandes doações de património. Assim se construiu a fortuna do Vaticano, sob a ideia da existência de um «inferno» punitivo que tanto assustou as pessoas e tanto dinheiro gerou aos cofres da igreja.

Esta noção de «inferno», foi a maior fonte de receitas financeiras da igreja, motivo pelo qual o Vaticano acumulou fortunas ao longo de séculos e séculos, tornando-se assim no mais rico estado do mundo. No entanto, por muito lucrativa que essa noção de «inferno» seja para o catolicismo, a verdade é que não existe, é apenas uma invenção criada a partir do conceito hebraico de «shoel», que significa: tumulo, cova, sepultura, ou seja: apenas «mundo dos espíritos».

Segundo as noções místicas hebraicas mais ancestrais, o «sheol», é o lugar para onde as almas humanas, após a morte do corpo, ingressam; ou seja, não existe uma noção de «inferno» punitivo neste conceito, mas antes a mera noção do «mundos dos mortos», ou o «mundo dos espíritos», onde ai vivem em espírito todos aqueles que faleceram. A esse reino dos espíritos, os hebraicos chamavam de «Sheol», e na verdade não se trata de nenhum «inferno».

Outra confusão que a teologia Crista gerou, foi o erro de identidade entre Lúcifer e Satã, uma vez que não se tratam da mesma entidade.

Na verdade, Lúcifer era um querubim gerado pela própria mão de Deus no primeiro dia da criação, e era por isso cheio da Luz de Deus (seu Pai). Daí advêm o seu nome: Lúcifer, que significa «portador da Luz»[ ou da «luz» de Deus, o seu pai]

Conforme descrito no Livro de Ezequiel, Lúcifer desejou ser igual ao seu próprio pai, e por isso acabou banido da presença de Deus e exilado do Reino de Deus. Por essa rebelião, o filho celestial e  primogénito de Deus (Lucifer), pagou com a sua queda para este mundo.

Sobre esse momento, assim está escrito no Livro do Apocalipse:

E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra;Apocalipse 12:3

estudos demonologicosLúcifer e o seu exercito (cerca de 1/3 dos anjos do céu), perderam a guerra contra as forças de Deus, sendo que Lucifer , ( e os seus anjos caídos), passou desde então a habitar no nosso mundo físico, do qual é «príncipe».

O Diabo, (Lúcifer), na mitologia Grega era visto como o rei de Hades , o deus do mundo dos mortos. Para entrar na morada de Hades, era preciso passar por um mítico cão demoníaco de três cabeças, chamado Cérbero.

De acordo com a tradição islâmica, Lúcifer revoltou-se contra Deus, não por desejar propriamente ascender ao lugar do Criador, mas antes por orgulho, ou seja, por se ter recusado a ajoelhar diante de Adão.

Assim está escrito:

«E quando dissemos aos anjos: “Prostrai-vos diante de Adão”, eles prostraram-se, excepto Lúcifer, [ Iblis] ,que se recusou e, cheio de orgulho, se juntou aos ímpios»Alcorão  II.34 «Deus perguntou:”que te impede que te prostres quando te mando?”Respondeu:«Eu sou melhor do que ele. Criaste-me do fogo e a ele criaste do barro».Deus disse:« Desce do paraíso, pois não é próprio que te enchas de orgulho nele.Sai! Tu estas entre os desprezados»Alcorão VII 11.18

De acordo com esta versão, Lucifer (um ser perfeito, cheio da Luz de Deus e portador da sabedoria, ao qual nenhum outro ser se podia comparar ou igualar), recusa-se a ajoelhar perante uma criação que considera inferior a si mesmo. È por esse motivo, que acaba sendo expulso do céu e exilado no mundo dos mortos.

Ao contrário, Satã não foi expulso, ( como Lúcifer), mas antes desertou dos céus.

Satã era um anjo das mais altas esferas celestiais (um dos anjos «vigilantes», a quem estava incumbida a missão de observar e guiar a raça humana neste mundo, tal qual anjos guardiães), que juntamente com outros anjos (nomeadamente Azazel, um dos príncipes do Céu e também ele um «vigilante»), optou de livre vontade por abandonar o céu e instalar-se na terra, motivados que foram pela sua paixão pelas mulheres, ou como dizem as escrituras no Livro de Génesis:

«as filhas dos homens».

Sobre este episodio, no qual um grupo de anjos abandona o céu para se instalar na terra em busca da ardência do sexo com as mulheres, assim esta escrito no I Livro de Enoch:

Naquele tempo, enquanto os filhos dos homens se multiplicavam, nasciam-lhes belas filhas.Os vigilantes – anjos filhos dos céus – ficaram atraídos por ela e desejaram-nas.Disseram uns aos outros: «Vamos procurar as filhas dos homens, e gerar filhos para nos próprios».I Livro Enoch

Assim, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo  Enochiano:

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.Penetram-nas e desonrararm-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, formulas magicas e como cortar raízes e ervaspara usarem nos seus conjuros (….)começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheresI Livro Enoch

estudos demonologicos2Não só a bruxaria é oferecida ás mulheres em troca do acto sexual com os anjos, (e assim se inicia a arte da bruxaria tal como ela é conhecida),  como estes anjos se tornam anjos caídos ou: demónios.

Sabemos por isso, tanto através das escrituras como dos textos apócrifos, que  entre a batalha liderada por Lúcifer na sua rebelião contra Deus, assim como o posterior  abandono voluntário de Satã e os seus seguidores para se casarem com as mulheres, ao todo foram alguns milhares de anjos que abandonaram o céu, dando origem aos demónios que hoje em dia conhecemos, e que são tão somente: anjos caídos.

Aos anjos caídos ou demónios, estão normalmente associados os fenómenos de possessão voluntária e involuntária.

A possessão involuntária sucede quando alguém é , contra a sua vontade, invadido pelo espírito de um demónio.

Esses casos podem assumir graus mais ou menos agudos de possessão, ou seja: tanto uma pessoa pode encontrar-se sob uma influência demoníaca quase imperceptível, ( o demónio apenas influi etereamente em certos pensamentos, sentimentos e por consequência opções e actos da pessoa influenciada), como uma pessoa pode chegar a ponto do espírito demoníaco querer ocupar, dominar e controlar completamente o corpo do possuído. Nesses casos mais agudos , ( e graves), de possessão, a pessoa perde totalmente o controlo sob si mesma: a sua alma fica aprisionada num pequeno canto da sua própria consciência apenas submergindo pontualmente e a muito custo; a pessoa não consegue ter controlo sob o seu próprio corpo e mente, invadidos que estão de forma total pelo espírito;  o próprio espírito demoníaco manifesta-se de uma forma totalmente incorporada no corpo possuído, como se aquele corpo pertencesse apenas ao demónio.

No outro extremo dos casos de possessão, temos as possessões voluntárias.

Dizia Jesus que o corpo é o templo do espírito, e que Nele mesmo, ( no corpo de Jesus), habitava o espírito do filho de Deus, ( o Cristo).

Ora, ao assim revelarem os evangelhos, está-se atestando que o corpo humano pode ser habitação não só do próprio espírito humano a que se destina, como também residência de um espírito celeste.

Os casos de possessão voluntária ocorrem neste tipo de caso, ou seja:

quando a pessoa se entrega voluntariamente a um espírito, e se oferece para ser um casa em que esse mesmo espírito pode passar a residir, permanente ou pontualmente. Nos casos demonológicos, o espírito do anjo caído passa a habitar uma certa pessoa por 2 motivos:

1-

por ter escolhido essa pessoa para tal finalidade;

2-

por se ter realizado um pacto voluntário entre a pessoa que se vai deixar invadir pelo anjo caído e o próprio anjo caído.

As pessoa destinadas e serem habitação, moradia ou residência de um espírito desse tipo, apenas vêem a sua vida a salvo uma vez aceitando a vontade do espírito; caso contrário, o espírito atormentará essa pessoa ate que ela aceite a aliança. A aliança, ( ou pacto), no caso das bruxas, é estabelecida através da carnalidade, tal como sucedeu na primeira vez da historia da humanidade, conforme descrito no I Livro de Enoch.  Em troca, o espírito demoníaco concede o seu favor á pessoa em quem passou a residir. Esta tradição de possessões volnutarias é especialmente praticada nas religiões Africanas de  Vodu,Kimbanda , assim como nas tradições Europeias de Bruxaria.

As mais 5 importantes obras sobre demónios, as suas hierarquias, etologia e ontologia, (a  denominada «demonologia»), são:

I

Malleus Maleficarum

II

Demonolatria

III

Compendium Maleficarum

IV

Ars Goetia

V

o Pseudomonarchia Daemonum

estudos demonologicos3

Os Grimórios que se debruçam sobre a esfera demoníaca, são instrumentos preciosos na realização de Magia Negra.

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Dons do oculto

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Dons do oculto

pentagrama

OS 6 DONS DO OCULTO

Se a Bíblia revela quais são os 9 dons espirituais que vem de Deus, conforme descrito no I Coríntios 12, 7-10, também as sagradas escrituras revelam os 6 dons ocultos, dos quais os ocultistas são possuidores e cultivadores.

Ei-los os 6 dons, para que se conheçam:

I

O dom da incorporação por via da qual se obtêm a sabedoria através do dialogo directo espíritos,

tal como descrito em Actos dos Apóstolos  18,16-17

II

O dom da ciência do oculto, ( Sabedoria 17,7),

por via da qual se estudam os saberes ocultos, acedendo aos seus segredos e assim tanto pela sabedoria, como com fé, se praticam liturgias que agradam aos espíritos, assim gerando-se magia.

III

O dom da carnalidade, pois esse é a origem de toda a bruxaria, tal como descrito em Tiago, ( 3,15) e no II Livro de Reis, ( 9,22 ; 17,7) .

De acordo com esse dom, tal como descrito no Livro da Sabedoria, celebram-se por ela,

(e com a sabedoria que advêm da ciência do oculto),

ritos de magia negra, ( 14,23)  invocatórios das maldições de Deus

IV

O dom de ser filho da feitiçaria ( Isaías 57,3-5), e fruto da sua luxúria, (Tassalonicensses 5,5), ou seja:

1- ou receber hereditariamente a herança do oculto que corre no sangue dos bruxos e bruxas;

2- ou selar um pacto de serventia aos poderes ocultos, através da própria carne e do próprio sangue, por via do qual se assume a filiação mística e os dons do oculto.

Ser filho do oculto e do mundo do espírito, é ser guiado pelos espíritos ( Romanos 8,14)

V

O poder de curar ou causar doenças, enfermidades e outros bens ou males,

assim como o de aliviar ou fazer pesar o fardo da vida que pende sobre as pessoas,

alterando-lhes os destinos, ( Ezequiel 13,17-23)

VI

O dom da profecia, ( Isaías 47,13), através do qual os espíritos podem apresentar revelações aos possuidores deste dom

  • §§§

Estes são os 6 dons do oculto, que conduzem ás práticas magicas do ocultismo e do misticismo.

Existem 4 praticas magicas, ( que normalmente são condenadas pelas doutrinas judaico-cristãs mais ortodoxas), e que porem aos ocultistas cristãos não passam de instrumentos espirituais de contacto com o mundo transcendental, com o mundo do espírito, e com o oculto, sendo que essas são :

As 4 práticas mágicas e ocultistas:

I

Astrologia

III

Magia , por via da feitiçaria e encantamentos

IV

Consulta aos espíritos

V

Invocação dos mortos ou de espíritos ancestrais

E porem, apesar de todas estas praticas serem reais e poderosas, eis que são Cipriano sublinha sempre que as mesmas devem sempre e em todo o momento ser usadas em função de Deus, com fé em Deus, por fé em Deus, com temor a Deus, e sempre com respeito a Deus, pois que assim diz a obra do santo são Cipriano:

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração, aos praticantes que estudem com atenção estas instruções, (…) isso, porque (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

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Dons do espírito

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Dons do espírito

cruz-celta-magia (1)

Os 9 dons espirituais

Videntes, profetas, magos, bruxas, bruxos:

todos eles pessoas com a capacidade de dialogar com o mundo espiritual

e conseguir assim prodígios neste mundo.

O assunto é vasto e contudo, que dizem as sagradas escrituras sobre os dons espirituais que permitem

a algumas pessoas operar a nível espiritual de forma tão diversa e intrigante?

Eis que assim se revelam os dons espirituais descritos de acordo com a Bíblia.

Nas sagradas escrituras, podemos observar que existem 9 tipos de dons espirituais.

Assim está escrito:

Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para utilidade de todos.

 

A um, o espírito dá a (….) sabedoria;

a outro a (…) ciência segundo o mesmo espírito(…);

a outro (…) a ;

a outro (….) o poder das curas (…);

a outro, o poder de fazer milagres ;

(…) a outro, a profecia (…);

a outro, o discernimento dos espíritos (…);

o outro o dom de falar línguas (…) ;

a outro ainda o dom de as interpretar (…)

1 Co 12, 7-10

 

Estes são por isso os 9 dons espirituais:

I

A sabedoria ( conforme Jb 29,12-13; Sl 119, 89-99; Es 7,9-10),

ou seja, o espírito da sabedoria, (Sb 7,7), aquele que concede o saber dos sábios

que permite conhecer as leis e verdades sobre o mundo espiritual, (Sb 7,7-8)

e que concede as maiores prosperidades(Sb 7,10-12).

II

O conhecimento sobre as ciências espirituais,( conforme Nm 24,4; Bc 3,27;32;4,1)

ou seja, o conhecimento sobre as ciências ocultas e espirituais,

aquelas que permitem actuar sobre esta realidade a partir da realidade celestial e que se econtram reveladas nas escrituras

III

A fé ( conforme Hb 11,1 ; 8-9), que é o meio por via do qual se consegue ver aquilo que não se vê,

se consegue aceder ao mundo espiritual, se conseguem operar prodígios

IV

O poder das curas, que é o dom por via do qual os espíritos actuando sobre a matéria por via de uma pessoa,

conseguem operar sobre a enfermidade, eliminando-a ou aliviando-a

V

O poder dos milagres, ou o dom por via dos qual os espíritos operando neste mundo por via de uma pessoa,

conseguem realizar prodígios aparentemente inexplicáveis e logo, sobrenaturais

VI

O dom da profecia, ou o dom por via do qual os espíritos, actuando por meio de uma pessoa,

revelam aos mortais as formas como irão actuar neste mundo e por conseguinte,

aquilo que irá suceder futuramente em virtude da acção de pedidos que lhes foram direccionados,

ou de situações que se desencadearam e que são importantes ao mundo celeste

VII

O poder de discernimento dos espíritos,

ou seja, o dom de sentir, ou ver e dialogar com os espíritos e o mundo espiritual

VIII

dom de falar línguas espirituais ( conforme 1 Co 2,13; 14,2), ou seja,

o dom de comunicar com os seres espirituais através da sua língua espiritual

IX

O dom de interpretar as linguagens do espírito ( conforme 1 Co 2,13; 2 Co 12,4), ou seja,

o dom de ouvir e entender as linguagens espirituais que os seres celestes falam

A profecia, é na verdade, segundo as escrituras, o mais precioso dom do espírito.

 

Sobre a profecia, dizem as escrituras:

Aspirai aos dons do espírito, principalmente o da profecia

1 Co 14,1

 

A profecia é por isso o mais elevado dos dons espirituais, e dele se diz:

 

Aquele que profetiza fala aos homens: edifica, exorta, consola.

1 Co 14,3

Significa isto:

Aquele que faz profecia, fala aos homens as mensagens do espírito, e ao faze-lo:

I

Edifica: ou constrói caminhos que conduzem ao alivio do sofrimento de quem esta atormentado;

II

Exorta: ou instrui os que padecem de forma a que entrem pelos caminhos que ele construiu e que levam á cura do mal;

III

Consola: ou acolhe com compaixão aqueles que sofrem

E ao tudo isso fazer, o profeta cura sofrimentos e devolve á vida de quem sofre o caminho perdido, a felicidade.

 

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Demonografia- demonologia

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Demonografia- demonologia

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DEMONOGRAFIA

A palavra Demónio é de origem grega; Os demónios para os Gregos, tal como os Génios para os Romanos, representavam forças da alma ou forças da Natureza. Estas forças não eram necessáriamente más. Podiam mesmo ser benéficas. Na maior parte das religiões primitivas, é assim que estes seres são entendidos: por vezes bons, por vezes caprichosos, mas não forçosamente inimigos. Os espíritos protectores das pessoas e lugares pertencem a esta categoria.

Nas religiões de monoteísmo evoluído, os demónios são vistos em geral como forças do mal voluntariamente opostas a Deus e inimigas dos homens. É esta a concepção existente na tradição cristã.

Os demónios, segundo as versões teológicas Hebraico-Cristas, são anjos, ou seja, são espíritos ancestrais existentes desde o início dos tempos. Os anjos são seres que derivam de Deus mas não são Deus, no entanto são possuidores de tanto poder e conhecimento que em certas culturas terão sido confundidos com Deuses. Os anjos não possuem corpo físico, por isso a sua descrição como seres fisicamente belos e com grandes asas, são meras descrições artístico-iconograficas humanas, ou seja, interpretações culturais da sua existência numa tentativa de descreve-los, da mesma forma que Deus não possui forma humana, no entanto foi abundantemente retratado como um velho musculado de barbas brancas decalcado da figura de Zeus, tal como visto na iconografia mitológica greco-romana. Os anjos são seres celestiais, feitos de energia e inteligência celestial, pertencentes a uma dimensão espiritual ou «imaterial».Os anjos, conforme a própria Bíblia os descreve, são espíritos.(Hebreus 1;14)

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Segundo as tradições teológicas Hebraico – Cristas, os demónios são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). Lúcifer era um querubim da guarda ungido ( Ez 28) que, ao desejar ser igual a Deus, foi lançado fora do céu. Quando porém ele foi lançado fora do céu sobre a terra, a Bíblia nos relata que Lúcifer (que tem por nome diabo, satanás, serpente, dragão, principe da potestade do ar, etc…) trouxe com sua cauda um terço dos anjos de Deus (Ap 12:3). A Bíblia não cita a quantidade de anjos caídos, mas tem um passagem que diz que o número de anjos que adoram ao Senhor são milhares de milhares e milhões de milhares (Ap. 5:11).Os anjos caídos tornaram-se assim demónios ou anjos negros, habitando na realidade terrestres, para onde foramexilados.Os anjos caídos ou demónios, foram assim condenados a um exílio das realidades celestes, não podendo para elas regressar. Perdendo a sua categoria celeste, privados do contacto com a realidade espiritual, eles ficaram presos á realidade terrestre, sendo por isso espíritos desencarnados com extremo poder e incalculável sabedoria, pois eles existem desde o inicio dos tempos e são eternos. Neste seu exílio, privados que estão do contacto com as esferas celestes, eles passaram assim a viver junto dos humanos, alimentando-se das suas energias, motivo pelo qual eles fomentam certo tipo de actos. Eles fomentam-nos pois alimentam-se deles.Eles encontram na espiritualidade da alma humana, uma fonte de poder inesgotável. Por isso, segundo as teses que defendem esta visão, dizer que o demónio é um ser do mal não é totalmente correcto. Correcto seria dizer que o demónio é um ser que se alimenta dos sentimentos e energias espirituais da alma de um ser humano. Segundo as versões mitológicas grego-romanas dos demónios, se as energias de uma alma humana forem boas, o demónio alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência. Se forem más, ele alimentar-se-á delas e fomentará a sua existência.Nessa versão mitológica, a relação com um demónio é por isso aquilo que o humano for: se for fundamentada no bem resultará em fins positivos, se fundamentada no mal, resultará em fins negativos.

Segundo a tradição judaico-cristã, o Anjo é uma criatura celestial – que, na generalidade, a maioria dos crentes das religiões fundadas na revelação bíblica acredita ser superior aos homens – que serve como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos geralmente têm asas brancas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza delicada e de um forte brilho, por serem constituídos de energia, e por vezes são representados como uma criança, por terem inocência e virtude. Possuem influência sobre todo o plano orgânico, ( plano dos organismos e seres vivos), e elemental, (plano dos elementos e forças da natureza ), sendo assim eles têm como uma de suas missões, ajudar a humanidade em seu processo de evolução.

A palavra anjo deriva do latim, angelu, e do grego, ángelos , com o significado de mensageiro.

De acordo com diversas fontes, existem nove grandes coros (ou cargos), grupos de anjos que ficam ao redor de Deus. Estes nove são divididos em grupos de três, as tríades. Os anjos da primeira tríade se comunicam directamente com Deus, depois passam seu conhecimento para a segunda tríade, que trata de passar para a terceira, chegando assim ao ser humano.

Segundo a Tradição Católica, são citados apenas três Arcanjos dos quais se saberia o nome: São Miguel (Quem como Deus), São Rafael (Deus Cura), e São Gabriel. Os nomes dos demais anjos, ou seriam invenção do povo, bem ou mal intencionado, ( segundo a Igreja Crista), ou acredita-se que sejam extraídos por metodologias kabalisticas, pois a própria Bíblia diz que cada anjo tem consigo parte do nome de Deus, sendo que foi a partir do nome de Deus que se revelaram os nomes dos anjos e consequentemente dos demonios.

È também afirmado que os Anjos não possuem maneiras de conhecer o futuro, possuindo sim uma inteligência muito mais desenvolvida que a nossa, podendo “prever” eventos que poderão acontecer, visto que conhecem com precisão todas as regras da fisica, das várias realidades dimensionais , dos metabolismos temporais, etc…. e podem-se mesmo deslocar nestas realidades com facilidade. Tal tese aplica-se também aos demónios, que não passam de anjos caídos neste mundo e realidade terrena.

Ainda segundo a Igreja, ao actuarem junto a uma pessoa ou objecto, por não possuírem um corpo físico (a imagem de um anjo como uma pessoa com asas é mera representação artística) , o Anjo se torna um com ele.

No Judaísmo, segundo Talmud e Midrash, há 3 classes de demónios: espíritos impuros, diabos e os «lilin». Os primeiros são espíritos malignos desencarnados que vagueiam pelo nosso mundo terreno, e que não possuem forma ou corpo; Os segundos são espíritos diabólicos que podem assumir forma humana; os terceiros são podem assumir forma humana, mas possuindo asas. Estes últimos são espíritos da noite, terríveis espíritos, poderosos, que se alimentam de almas humanas actuando tal como vampiros. Eram os mais temidos demónios pelos Hebreus. Esta tese teológica defende também que todas essas 3 classes de seres tem origem em Adão, que depois de ter cometido um grave pecado, separou-se de Eva por 130 anos, período de tempo em que andou errante pela terra. Foi pois nesse período de tormenta e expiação que Adão através de desejos impuros encheu a terra de espíritos, maus, demónios e lilin. Nesta visão defende-se que os demónios são meio-humanos.

Nalguma demonologia hebraica, os demónios não são considerados maus ou satânicos, leia-se satânico como aquele que é opositor a Deus. Até mesmo Asmodai, o líder de todos os demónios segundo certas versões aramaicas, matou 7 noivos de Sara antes da consumação matrimonial, mas fe-lo não enquanto um demónio Satânico – leia-se satânico aquele que é um espírito de rebeldia contra Deus- mas antes enquanto um ser que é a personificação das forças da luxúria e morte. E um ser desta natureza é levado a locais onde essas energias existem, para as gerar e consumar.

Há também entre algumas teses cabalísticas que definem os demonios , tal como certas versoes populares hebraicas, enquanto espíritos dos mortos vagueando eternamente por este mundo, tanto na forma de espectros como de vampiros.

Nas versões teológicas de natureza cabalística, a demoniologia existe por oposição á anjologia, sendo que não é possível conceber a criação de Deus sem calor por oposição ao frio, sem trevas por oposição á luz, sem demónios por oposição a anjos, pois toda a criação de Deus foi feita a pares e é regida pela dialéctica dos opostos.

Há uma velha expressão teológica hebraica que diz:

  • «Não permaneceis no caminho do touro quando ele regressa da pastagem, pois satã dança no meio dos seus chifres».

Pois ficar nos chifres do touro é dificil, e apenas quem tem a força e o saber para o fazer, assim o pode fazer e extrair daí os proventos desejados.Segundo as versoes Hebraicas, Salomão recebeu conhecimentosmagicos e esotericos que lhe permitiram estar «nos chifres do touro» e «domar a fera», de forma a obter do poder da fera aquilo que mais desejava.

Muitas das vezes os demónios são chamados de Satã, que na verdade, alguns dizem ser um titulo e não propriamente um nome, enquanto que outros dizem que esse é o nome do rei dos demónios, pelo que acaba sendo aplicado aos demónios em geral.

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Quando falamos de demónios, temos também de falar dos Génios, pois estes foram atentamente estudados na cultura Romana, assim como na mitologia Árabe pré-islamica e mesmo no Islão.Nessas culturas e mitologias, um jinn (também “djinn” ou “djin”) é um membro dos jinni (or “djinni”), uma raça de criaturas espirituais.

Para os Romanos, os genius, (latim), eram uma espécie de espírito guardião ou tutelar do qual se pensava serem designados para cada pessoa aquando do seu nascimento. Os génios também possuíam poderosa influencia nos elemental, ou seja, nos elementos constituintes desta realidade terrestre.

Para a mitologia Àrabe , os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no paraíso, quase equiparados aos anjos, embora formalemente, escala da hierarquia celeste, estivessem um degrau baixo dos anjos. È dito que os jinni não seriam seres meramente espirituais, pois seriam fisicamente são feitos de ar e fogo. Depois do acto de criação de Adão, crê-se que os jinni, sob a liderança do seu orgulhoso líder Iblis, recusaram curvar-se perante a nova criatura, uma criatura aos olhos deles inferior em todos os aspectos. Pelo seu acto de desobediência a Deus , os jinni foram expulsos do paraíso, tornando-se entidades perversas e malignas. Iblis, que foi atirado com eles na Terra, tornou-se o equivalente ao Satanás Hebraico-Cristão. Sendo feitos de fogo ou ar , diz que os jinnipodem residir invisivelmente no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objecto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, considera-se que os jinni, estão um degrau abaixo dos demónios. Ao contrário dessses, os jinni possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, o que so por si os limita face aos demónios que são imortais. No entanto, os jinni sao livres de quaisquer restrições físicas tal como os demais seres espirituais, demónios incluído.

Nem todos os jinni são malignos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Diz-se contudo nas ancestrais tradições magicas Árabes, que aquele que possuir os necessários conhecimentos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio, embora tal de tivesse sempe revelado bastante difícil e perigoso.

Os Muçulmanos acreditavam que os Jinni eram criaturas com livre arbítrio. Como já foi sublinhado, no Islão, acreditava-se que Satan era um Jinni e não um anjo. Aliás, os jinni eram uma realidade religiosa tão aceite, que no Al-Quran esta mencionado que Mohamet foi enviado como profeta para ambos humanidade e jinni. Para a crença muçulmana, os jinni , tem vidas muito parecidas com a dos humanos: eles comem, eles casam, eles morrem, etc. Eles são seres invisíveis aos humanos, mas podem ver os humanos ou entrar em contacto com eles. A aparente ideia de imortalidade destes seres, ( aos olhos dos comuns mortais), vem do facto de eles viverem muito mais tempo que os humanos, o que lhes dá uma aparência de imortalidade.

Os Jinni são seres muito parecidos aos humanos, possuindo a habilidade de serem bons ou maus. Eles contudo, geralmente, tem um ponto em comum: são maliciosos, devido ao sentimento generalizado que reina entre os Jinni, de que o seu lugar na Criação foi-lhes foram usurpado pelos humanos.

A noção de Satã no Islão diverge por isso da versão Crista. No Islão existe Shaytan, uma entidade análoga ao Satã cristão. Contudo, a visão islâmica sobre Shaytan é mais proxima das noçoes teologicasjudaicas que com as noções cristas.

No Islão, Allah criou tudo em pares. O calor com o frio, as trevas com a escuridão, a morte com a vida, o positivo com o negativo. «ad infinitum». O par correspondente á raça humana, é o seu oposto, os Jinni. Ambos os seres foram criados com inteligência e livre – arbítrio, sendo contudo que os humanos foram criados a partir da terra/barro, e os Jinni a partir do ar/fogo. O Qu’ran diz-nos que os Jinni foram criados muito, muito antes que os humanos. Iblis era um Jinni que era supostamente muito bom, muito virtuoso, e um devoto servo de Allah. Ele alcançou um elevado status nas esferas celestiais, e foi elevado a um condição próxima dos anjos. Mas Allah conhecia bem Iblis e as suas intenções. Segundo a teologia Islâmica, os anjos não tem «livre – vontade», pelo que apenas podem obedecer á palavra de Deus e não cometem pecado, pois não sabem como cometer pecado. Eles estão ao total serviço da vontade de Deus e é-lhes impossivel desobedecer a Allah , pelo que esta fora das suas possibilidades sequer pensar em cometer o pecado, quanto mais comete-lo. Allah criou então os humanos, e ordenou aos anjos que se prostrassem a Adão e aos seus. Os anjos fizeram-no, contudo Iblis recusou obedecer a uma ordem directa de Deus. Iblis era orgulhoso e considerava-se superior a Adão, uma vez que ele era feito de barro e ele era feito de fogo. Pelo acto de desobediência, Allah amaldiçoou-o ao lago de fogo por toda a eternidade. Contudo, Satã obteve autorização de Deus para desviar almas humanas.

Neste aspecto, a visão Islâmica e Judaica coincidem perfeitamente, pois ambas defendem que Satã é basicamente o adversário de Deus, e que, apenas possui, o poder da influencia, o poder do murmúrio, o poder da sugestão. No fundo, é o mal dentro de cada um de nós que acaba ouvindo e anuindo á sugestão de Satã, o bem dentro de cada um de nos que nos faz resistir á tentação. O mal vem do ser humano, e não de Satã.

Segundo esta versao, foi Iblis que tentou Adão a comer da arvore proibida. Allah expulsou assim Adão e Eva do paraíso, e também Iblis. Todos vieram para a terra, com grande inimizade entre si. Humanos e Jinnidoravante partilharam esta desconfortável inimizade.

Para que os humanos se protegessem dos jinni, os Muçulmanos diziam a frase: « Bismillahi! Allahumma inna ‘audhu bika minal khubthi wal khabaa’ith»

Algumas versões dizem que o bisneto de Iblis, converteu-se ao Islamismo durante o tempo de Muhammad, portanto ele seria um ser com centenas de anos.

De acordo com alguns teólogos Islâmicos, o Qur’na declara expressamente que Satan não era um anjo, ( ao contrário do que defende o Cristianismo), mas antes um jinni a quem foi dado uma grande honra e posto igual ou superior aos próprios anjos.

A demonomancia é a artes de saber o passado, o presente e futuro com recurso á invocação de demónios.

A demonografia é um tratado sobre a natureza e a influencia dos demónios na realidade terrena ou na vida humana.

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Bruxos – o que são bruxos?

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Bruxos – o que são bruxos?

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Bruxaria - como funciona a bruxaria2

+ BRUXO, BRUXOS +

A bruxaria é uma ciência oculta que lida com espíritos, com a conjuração de espíritos, com a manipulação de conjurações de assombrações visando que essas entidades do mundo dos mortos causem um efeito no mundo dos vivos.

Por isso:

O bruxo usa a ciência oculta da bruxaria conforme o medico usa a ciência da medicina para ajudar o seu paciente, e o pescador usa as suas redes para pescar o peixe e dar de comer a quem tem fome. 

A definição de bruxo está bem esclarecida na Bíblia, quando os sacerdotes hebreus falaram sobre os bruxos, assim dizendo:

encantador, que consulte aos espíritos, praticante de magia, que consulte os mortos;

Deuteronômio 18:11

Pois assim está dito na Palavra de Deus:

o bruxo é aquele lança encantamentos, é aquele que pratica as ciências ocultas, é aquele que invoca espíritos, e é aquele que entra em contacto com o mundo dos mortos e das assombrações.

È isto que é ser bruxo.

A Bíblia declara com clareza que bruxo ou bruxa é «Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias» , conforme enunciado no Livro de Levítico

Na nova versão internacional da Bíblia, diz-se que bruxas ou bruxos são «Os homens ou mulheres que, entre vocês, forem médiuns ou consultarem os espíritos», esclarecendo porem a versão ALM. Revista e Corrigida,  que bruxos e bruxas são «homem ou mulher em si tiver um espírito adivinho i.e, que tiverem dentro de sí um espírito de bruxaria] »

Assim fica claramente definido o termo de bruxo ou bruxa na bíblia, ou seja, alguém que está possuído por um espírito de bruxaria – ou quem tem dentro de sí um espírito de bruxaria – e que contacta com os mortos, contacta com os espíritos, e através dessa comunicação consegue realizar bruxedos ou feitiços.

Ora, como a arte de fazer bruxedos ou feitiços através da conjuração de espíritos e demónios é a própria noção de magia negra, então eis que aqui podemos encontrar o motivo pelo qual a noção de bruxaria anda tao intimamente ligada á noção de magia negra.

Assim sendo:

A bíblia é bastante explicita quando define o que é um bruxo ou uma bruxa.

Assim se pode ler na Sagrada Escritura sobre o episódio da escrava bruxa que são Paulo encontrou na cidade de Filipos, na Macedónia:

Uma jovem escrava (…) estava possuída por um espírito de adivinhação:i.e uma jovem mulher estava possuída por um espírito de bruxaria (…)  e dava muito lucro aos seus patrões (…) Paulo voltou-se e disse ao espírito: «Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo: sai desta mulher!» E o espírito saiu imediatamente

Actos apóstolos 16,16-18

Assim se vê como são Paulo se encontrou com aquilo a que hoje em dia se chama de uma bruxa, ou seja, alguém que tinha dentro de sí aquilo a que a Bíblia se refere como um «espírito de adivinhação»; Note-se que o termo «espírito de adivinhação» e «espírito de bruxaria» eram termos popularmente usados para ser referir á mesma pratica espiritual, ou seja, á prática de bruxaria, pois que normalmente toda a bruxa possui algum nível de dom de vidência, que é um dos dons ocultos ou dons de trevas que a possessão por espíritos de trevas ou espíritos de magia negra tendem a conceder aos possessos por espíritos demoníacos dessa natureza, especialmente os espíritos de bruxaria.

Por isso, assim revela a Bíblia que uma bruxa ou um bruxo é alguém possuído por um espírito de bruxaria, sendo que é esse espírito de trevas que lhe concede as capacidades para exercer as artes da feitiçaria e ofícios da bruxaria.

Sobre o que são bruxos e bruxas, outro exemplo se pode encontrar na Bíblia, onde assim se pode ler:

Então, disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira,  [i.e. uma mulher que tem um espirito de bruxa dentro dela  para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.i.e uma mulher que tem dentro dela um espirito de vidência e bruxaria ]

1 Samuel 28,7

Pois assim se observa: Tal como no episódio da bruxa escrava que sao Paulo encontrou, e através do qual se fica a saber aquilo que a Bíblia define muito claramente como o que é um bruxo ou uma bruxa, também o mesmo conceito de bruxo ou bruxa pode confirmar-se na Bíblia através de um outro episódio, o episódio da bruxa de Endor, onde ali está escrito que Saul foi consultar uma bruxa que morava no Vale de Jizreel, ou seja, uma mulher que tinha um espírito de bruxaria dentro dela, e que consultava os mortos.

Por isso, assim se confirma: a bruxa e o bruxo são pessoas com dom de comunicar com os espíritos, com as almas, com os mortos, e esse dom é concedido pelo espírito de bruxaria que habita no corpo do bruxo ou bruxa. È com base nesse dom, que depois se edificam todas as demais artes de bruxedos, feitiços e encantamentos que os bruxos e bruxas praticam nos seus oficios de magia negra.

A bruxaria e os bruxos estão por isso intimamente ligados á magia negra, pois que para se ser bruxo ou bruxa deve-se ter sido possuído por um espírito de bruxaria, e os espíritos de bruxaria sao espíritos pertencentes aos domínios dos demonios, ao reino das entidades de trevas, ao infernal trono do mundo do túmulo. Por isso: se um profeta ou um santo sao pessoas possuidas por espiritos dos dominios da luz e do reino celestial, já os bruxos ou bruxas são exactamente o oposto, ou seja, são pessoas possuídas por espíritos dos domínios infernais, do reino das trevas, do trono do mundo do Túmulo.

Por isso mesmo, a magia negra é sempre mencionada quando se fala de bruxaria, e tambem por isso muitas das vezes refere-se a questão da possessão demoniaca para falar sobre este tema. Porem, ao avaliarmos o assunto, há que distinguir duas situaçoes completamente diferentes e distintas, ou seja, a diferença entre as possessões demoníacas involuntárias e voluntárias. Ou seja:

A diferença entre um bruxo ou bruxa, e uma vítima ocasional de uma passageira possessão demoníaca, é que a vítima de possessão demoníaca é invadida por um espirito contra a sua própria vontade, num processo violento e violentador, que deixa a própria pessoa sem controlo sobre sí mesma, e numa situação dramática, caída sob o poder a influencia de um demónio. Ao contrario, o bruxo ou a bruxa são possuídos pelo espirito de bruxaria de livre vontade, ou seja, é uma possessão desejada e consentida, que uma vez consumada funciona como uma parceria ou  como uma simbiose entre o espírito de trevas e o bruxo, ou seja, o espírito de bruxaria usa o bruxo como receptáculo para nele habitar e exercer as suas influencias neste mundo, ao passo que o bruxo conserva a sua autonomia e usa dos dons das trevas que a possessão demoníaca confere para praticar os ofícios da bruxaria.

Que um espirito de uma certa natureza pode entrar numa pessoa, isso a Bíblia descreve com grande detalhe. Conforme diz a Bíblia, Deus é espírito – João 4,24 – e Deus é senhor dos espíritos –  Números 27,15 – , e já varias foram as vezes que espíritos provindos de Deus entraram em pessoas fazendo-as falar, profetizar e praticar actos com o poder de Deus. Pois no caso da bruxaria, trata-se do mesmo processo através do qual o espírito santo entra numa pessoa, só que ao contrario, inversamente e ao oposto, ou seja, é um espírito de trevas, um espírito de bruxaria ou um espírito de magia negra que entra na pessoa escolhida, e possuindo essa pessoa, lhe concede a capacidade de praticar as artes e actos da bruxaria.

Assim explicado, e falando sobre o poder de um bruxedo ou de uma bruxaria, eis que se explica:

o que são bruxarias e bruxedos?

A bruxaria pode servir para infestar uma pessoa de espíritos de mortos, de demonios, de assombrações, de aparições, e força-la a fazer aquilo que se deseja, ou para assombrar uma pessoa ate que lhe aconteça aquilo que se quer, e com a bruxaria tanto se podem cruzar como descruzar caminhos de vida; da mesma forma, com a bruxaria se pode ajudar na fertilidade dos inférteis, assim com a bruxaria tanto se pode abrir como fechar caminhos na prosperidade da vida. Porem: a bruxaria dos bruxos também pode servir para entrar em contacto com assombrações e limpar uma pessoa do mal e dos empecilhos da vida.

Assim sendo:

Apenas executam a verdadeira bruxaria os bruxos e bruxas, tal conforma a Biblia os descreve.

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Sobre bruxas e demónios

A religião judaico-hebraica afirma que demónios são todos os deuses e deusas das religiões pagãs, estrangeiras e politeístas, afirmando que eles não se tratam de Deuses, mas sim de espíritos demoníacos que desde os tempos primordiais procuram angariar a veneração dos humanos, fazendo-se passar por Deus ou Deuses.

Pois assim sendo:

Considerando esta noção, então a Bíblia no Antigo Testamento acaba por considerar que os sacerdotes e sacerdotisas das religiões pagãs, ao praticarem os seus actos de liturgia e culto a essa mesmas divindades pagãs, eles são bruxos e bruxas praticando bruxaria e magia-negra, ou seja: considera o Antigo Testamento que isso é o mesmo que estar a prestar culto a demónios e espíritos demoníacos.

Pois por isso, á veneração desses Deuses e Deusas das religiões politeístas e estrangeiras, chama a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – de «idolatria», que consiste em prestar culto diante das imagens desses Deuses e Deusas, pois que – para o Antigo testamento – isso é venerar aquilo que são esses «falsos Deuses», pois não são Deuses, mas sim demónios ( vide 1 Coríntios 10: 19-21) procurando a veneração humana, (Vide Deuteronómio 32;17).

Esses Deuses e Deusas estrangeiros das religiões pagãs, eram – em hebraico – chamados em hebraico de SHEDIM , o equivalente a «diabos» ou «demónios».(Vide Deuteronómio 32;17 e Salmo 106: 37), Também se lhes chama em hebraico de SE IRIM quando se falam de divindades estrangeiras, o que corresponde também a «demónios», que são criaturas de trevas ou fantasmas que assombram ruínas e lugares desolados, como Lilith. (Vide Isaías 13:21 e 34: 11;14), e que podem influenciar a vida das pessoas, como Asmodeu (Vd. Tobias 3:8, 17)

Da mesma forma, a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – declara que a «magia» é o apelo aos demónios, isto é, declara que a «feitiçaria» ou a «bruxaria» são as práticas religiosas e espirituais pagãs que são dedicadas a esses Deusas e Deusas das religiões estrangeiras e politeístas, ou seja, aos demónios, e por isso são «magia negra», já que a magia negra consiste precisamente no culto a demónios.

Assim, o culto a esses Deuses e Deusas das antigas religiões pagãs, é aquilo que no Antigo Testamento se chama vulgarmente de «magia» , ou «bruxaria», ou «feitiçaria» , e essas praticas pagãs foram proibidas e banidas pela Lei da Palavra de Deus,(vide Êxodo 22,17 e Deuteronómio 18:10-12), pois que na crença hebraica, se trata de culto a demónios, e por isso de magia negra.

Ora:

temendo o poder dos demónios e das bruxarias de Magia Negra, a Bíblia faz vários avisos sobre tais práticas.

A mesma Palavra de Deus do Antigo Testamento, revela sobre a bruxaria feita pelas bruxas , dizendo que a bruxaria serve para através dos demónios prender e amarrar as almas dos homens e mulheres com laços e armadilhas feitos pelos demónios, e que amarram e prendem as almas àquilo que os demónios querem, que é o mesmo que dizer, através de amarrações ( Vide Salmo 91,3 ;  Jeremias 5,26 ; Ezequiel 13,17-21)

Na Bíblia, os demónios são tidos como espíritosassombrações e aparições que habitam em desertos, ruínas e locais desolados ( Vd. Levítico 16:10), e que podem manipular e influenciar a vida das pessoas (Vd. Tobias 3:8, 17)

Os demónios tem o poder demoníaco de incorporar em homens ou animais, (Vide Marcos 5: 5-13),  por vezes podendo-se mais que um demónio incorporar num corpo, (Vide Lucas 8:2), de infligir padecimentos ao homem (Vide Salmo 91:5-6), de afectar, alterar e influenciar a vida dos homens, (Vide Tobias 3:7-17 e Livro de Job), de incitar os homens a praticarem certos actos, (Vide 1 Cronicas 21,1), de lançar a tentação ao homem,(Vide Mateus 4: 1-11), e de iludir os homens (Vide I Reis 22:22) Os demónios conforme a Bíblia, são por isso espíritos de trevas que influenciam invisivelmente este mundo, (Vide Èfesios 6:12), são espíritos que lançam armadilhas ao homem, ( 2 Samuel 22:5), armadilhas como a tentação e o pecado (Vide Genesis 3), e a desinquietação, lançadas a fim de levar o homem para aquilo eles pretenderem (2 Coríntios 4:4 ; 6: 14-16).

Seja como for, a Bíblia é o maior testemunho e reconhecimento do poder dos demónios, pois uma das suas principais funções e objectivo, é anunciar sobre a existência de espíritos e demónios, e revelar como espíritos e os demónios agem neste mundo, e revelar quais os temíveis poderes dos demónios e das bruxarias, e ao faze-lo, assim reconhecendo que a força e presença dos demónios e da magia negra na humanidade é intemporal, assombrosa, inegável e indiscutível.

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Leia mais sobre bruxos e bruxaria:

Você quer «ver» o futuro?, Ou você quer «construir» o seu futuro?

O futuro está nas suas mãos, depende de si e das suas decisões, depende de si e das suas obras. Deus responde a cada um conforme as suas obras, e ao que ficar sentado olhando para as nuvens a resposta será uma, ao passo que para aquele que procura semear activamente um diálogo com o mundo espiritual a resposta será outra.

Assim esta escrito na Bíblia, e assim é.

Se você procurar pelas respostas dos espíritos, eles responderão. Poderão umas vezes retorquir com a resposta que você deseja, e outras não. Contudo, eles jamais deixam de responder e de abrir caminhos na vida de quem por eles procura.

Os espíritos podem ajudar a sua vida, podem desbloquear caminhos, podem abrir portas, podem criar oportunidades. Se aos espíritos recorrermos e ouvirmos as suas respostas, tais caminhos poderão ser certamente abertos conforme os seus desígnios, pois que os espíritos respondem com a sua acção nas nossas vidas.

Um bruxo exerce a sua missão através de uma aliança com forças espirituais, beneficiando assim de condições para, endereçando os seus pedidos a essas mesmas forças espirituais, poder favorecer a ocorrência de sinais e prodígios neste mundo, bem como lançar bênçãos ou maldições na vida das pessoas.

Cada bruxo ou bruxa, após a sua iniciação, é agraciado com um dos 6 dons das trevas, que usará em missão espiritual neste mundo.

bruxos - o que sao bruxos3

A bruxaria é uma religião de natureza essencialmente espírita

Aquilo a que se chama «bruxo», não passa por isso e na verdade de um sacerdote dessa milenar religião, ( a chamada «a Velha tradição», ou a «Velha religião» ), da mesma forma como um padre é o sacerdote do catolicismo e um rabino é um sacerdote no judaísmo.

O objectivo da missão do sacerdote, não é deitar-se em adivinhações, mas sim comunicar com o mundo dos espíritos e das divindades.

A missão do sacerdote, consiste em:

– divulgar a palavra da sua crença, assim como servir de «ponte» entre este mundo e o mundo dos espíritos.

O sacerdote cumpre essa missão da seguinte forma:

1-Venerando os espíritos da sua fé

2-Dirigindo aos espíritos da sua fé,  oferendas que lhes são agradáveis

3-Conservando, respeitando e observando os ensinamentos dos espíritos da sua fé

4-Realizando, em homenagem aos espíritos da sua fé, rituais e liturgias

5-Endereçando aos espíritos da sua fé os pedidos daqueles que procuram auxilio espiritual para os seus problemas, assim levando a acção dos espíritos da sua fé a todos aqueles que procuram ajuda

BRUXOS - O QUE SÃO BRUXOS2Desfaça-se por isso um equívoco:

Um bruxo pode até praticar algumas técnicas de comunicação com os espíritos, mas um bruxo não é um adivinho, um bruxo é um sacerdote.
Um adivinho faz adivinhação, vê o que está oculto e pode mesmo ver alguns vislumbres de coisas que poderão suceder no futuro.

Mas embora o adivinho veja muita coisa, porem isso não muda coisa alguma.

Olhai:

De que serve ver, quando não se pode mudar? De que serve ver comida, para quem esta morrendo de fome? Para quem esta morrendo de fome, o bom mesmo é ter quem lhe dê comida para comer.

Pois então:

Um bruxo não «advinha» nem trabalha para «ver», mas sim o bruxo trabalha para actuar e «resolver»!, querendo isto dizer: um bruxo possui um forte vínculo com o mundo espiritual, e através desse seu diálogo com os espíritos, ele convoca forças espirituais para que elas possam responder aos assuntos que lhe são colocados nas mãos.
Pois por isso: quando voce vai ao bruxo, não lhe pergunte qual vai ser o seu futuro. O seu futuro, se você ficar de braços cruzados, é perder tudo aquilo que você mais deseja e que está em risco. Você deve confessar o que esta atormentando a sua vida, e o bruxo analisará, recorrendo aos livros, ensinamentos e compêndios de feitiçaria, conforme um medico recorre dos livros, ensinamentos e compêndios de medicina para tentar curar o seu paciente. E feito o estudo, ( para encontrar o remédio certo para a sua moléstia), ele lhe dirá o que fazer para obter uma resposta dos espíritos aos seus tormentos, conforme aquilo que os espíritos podem fazer por si, e que Deus permite que seja feito.

Quanta gente foi vitima de bruxaria e que, mesmo não acreditando, viu a sua vida sofrer perda após perda, contratempo após contratempo, problema após problema?

Quanta gente, mesmo não acreditando, recorreu á bruxaria, e logo depois viu todas as portas que estavam fechadas na sua vida, surpreendentemente começarem a abrir-se?

São milhares os casos de eventos ocorridos após uma bruxaria!, e isso é um facto!

Não tem nada que ver com sugestão, não tem nada que ver com crendices. Os factos, são factos, e esses não mentem.

Os espíritos são uma realidade, e os espíritos quando entram na sua vida, eles mudam a sua vida.

Um bruxo de verdade, invocará a intervenção de poderosas forças espirituais e fará os espíritos actuarem na sua vida a fim de o ajudar em todos os males do espírito.

E você porem pergunta: e isso resulta mesmo?

Assim se responde:

as pessoas, ( ao contrario do que defendem certos intelectuais puritanos), não são estúpidas, e a bruxaria  não é apenas um corpo de superstições e crendices inconsequentes, pois que se assim fosse então ao fim de milhares de anos então já ninguém estaria recorrendo de algo que não funciona, da mesma forma que ninguém compraria carros se eles não funcionassem.

Por isso:

Sim, a bruxaria funciona!, e porem quem a procura deve procura-la com o mesmo respeito e fé com que procura respostas em qualquer outro tipo sacerdote, noutro qualquer tipo de opção religiosa.

Por isso mesmo,  quando se procura a bruxaria, deve-se observar o mesmo principio espiritual que quando se procura qualquer outra religião, ou seja,  isto deve ser observado:

Um assunto são as coisas deste mundo, e outro assunto são as coisas do mundo do espírito.

Pois as coisas deste mundo tem as suas leis e operam da sua forma, assim como as coisas do mundo do espírito tem as suas próprias leis e operam da sua própria forma, e as leis deste mundo não são as leis do mundo do espírito.

Ou seja:

Não se deve procurar nas coisas do espírito conforme se procura nas coisas deste mundo.

Ou seja:

No mundo do espírito, a fé é fundamental, assim como é fundamental saber que os espíritos operam por vezes de formas misteriosas, e eles operam por vezes por caminhos, meios e desígnios que não nos são compreensíveis, e que não nos cabe nem questionar, nem saber que caminhos são esses.

Também se deve saber: o tempo dos espíritos não é o tempo do homem, e o tempo do espírito não é regulado pelo tempo das impaciências humanas, nem das pressas humanas.

Isto é:

Observe a obra do espírito como um pão que você prepara, e coloca num forno para cozer.

Ou seja:

Se você estiver impacientemente abrindo o forno a todo o minuto para ver se o pão já está acabado, você acabará apenas estragando o pão e arruinando sua refeição.  E porem, se você deixar esse mesmo pão no forno, fechado e descansado, cozendo pelo tempo que tiver de cozer, entao você vai ter um belo pão para saciar toda a sua fome.

Então:

Observe a obra do espírito como videira com a qual você quer preparar um bom vinho, ou seja:

Se você na pressa impaciente de ter o seu vinho, for e colher as uvas antes do seu tempo, pois você terá mau vinho.

E porem, se você usar da sabedoria paciente do bom agricultor, e colher as suas uvas apenas no momento certo, ( nem antes, nem depois), então você terá bom vinho.

Pois então:

Se você quer bom pão e bom vinho, você tem de seguir esta regra, da mesma forma que se você quer bom fruto do mundo dos espíritos, então tem de seguir as suas regras.

Por isso:

A obra do espírito ocorre, e ela é poderosa!

Porem, ela opera conforme estas leis, e é apenas com estas leis que a obra do espírito dá bom fruto, pois que a obra do espírito apenas dá fruto em quem trilha o caminho de uma fé, e não o caminho das descrenças, nem das impaciências, nem das dúvidas.

E assim:

Quem procura na obra do espírito com esta compreensão e desta forma, então verá bom resultado; porem quem procura da forma errada e desobservando estas normas, pois não verá bom fruto, da mesma forma que se um condutor conduzir um carro da forma errada e contra todas as regras de transito, então é certo que ele acabará tendo um acidente, e a culpa não é do carro mas sim da forma como esse condutor usou o veiculo da forma certa, ou da forma errada, ou seja, observando as boas regras de condução, ou não observando.

Por isso:

Procure o bruxo da forma certa, ou seja, com respeito pela religião desse sacerdote, com fé no seu coração, e actuando como quem vai procurar uma solução espiritual no mundo dos espíritos, e não com a leviandade de quem vai apenas «encomendar pizza» para ver como é e quanto tempo demora para o moço estar na sua porta entregando sua fatia.

Observe:

Bruxa é apenas uma sacerdotisa de uma religião, uma religião muito mais antiga que o cristianismo, e ate mesmo mais ancestral que o judaísmo, pois quando ainda nem o judaísmo se tinha formado, e já as bruxas e sacerdotisas do espírito caminhavam neste mundo.

Procurai por isso o bruxo, e porem procurai-os da forma certa, se quereis receber a coisa certa.

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Bruxas e Demónios

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Bruxas e demónios, bruxaria, trabalhos de bruxaria, rituais de bruxaria
Bruxaria, que efeitos causa bruxaria

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Sobre bruxas e demónios

A religião judaico-hebraica afirma que demónios são todos os deuses e deusas das religiões pagãs, estrangeiras e politeístas, afirmando que eles não se tratam de Deuses, mas sim de espíritos demoníacos que desde os tempos primordiais procuram angariar a veneração dos humanos, fazendo-se passar por Deus ou Deuses.

Pois assim sendo:

Considerando esta noção, então a Bíblia no Antigo Testamento acaba por considerar que os sacerdotes e sacerdotisas das religiões pagãs, ao praticarem os seus actos de liturgia e culto a essa mesmas divindades pagãs, eles são bruxos e bruxas praticando bruxaria e magia-negra, ou seja: considera o Antigo Testamento que isso é o mesmo que estar a prestar culto a demónios e espíritos demoníacos.

Pois por isso, á veneração desses Deuses e Deusas das religiões politeístas e estrangeiras, chama a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – de «idolatria», que consiste em prestar culto diante das imagens desses Deuses e Deusas, pois que – para o Antigo testamento – isso é venerar aquilo que são esses «falsos Deuses», pois não são Deuses, mas sim demónios ( vide 1 Coríntios 10: 19-21) procurando a veneração humana, (Vide Deuteronómio 32;17).

Esses Deuses e Deusas estrangeiros das religiões pagãs, eram – em hebraico – chamados em hebraico de SHEDIM , o equivalente a «diabos» ou «demónios».(Vide Deuteronómio 32;17 e Salmo 106: 37), Também se lhes chama em hebraico de SE IRIM quando se falam de divindades estrangeiras, o que corresponde também a «demónios», que são criaturas de trevas ou fantasmas que assombram ruínas e lugares desolados, como Lilith. (Vide Isaías 13:21 e 34: 11;14), e que podem influenciar a vida das pessoas, como Asmodeu (Vd. Tobias 3:8, 17)

Da mesma forma, a religião hebraica – e mais tarde a Cristã – declara que a «magia» é o apelo aos demónios, isto é, declara que a «feitiçaria» ou a «bruxaria» são as práticas religiosas e espirituais pagãs que são dedicadas a esses Deusas e Deusas das religiões estrangeiras e politeístas, ou seja, aos demónios, e por isso são «magia negra», já que a magia negra consiste precisamente no culto a demónios.

Assim, o culto a esses Deuses e Deusas das antigas religiões pagãs, é aquilo que no Antigo Testamento se chama vulgarmente de «magia» , ou «bruxaria», ou «feitiçaria» , e essas praticas pagãs foram proibidas e banidas pela Lei da Palavra de Deus,(vide Êxodo 22,17 e Deuteronómio 18:10-12), pois que na crença hebraica, se trata de culto a demónios, e por isso de magia negra.

Ora:

temendo o poder dos demónios e das bruxarias de Magia Negra, a Bíblia faz vários avisos sobre tais práticas.

A mesma Palavra de Deus do Antigo Testamento, revela sobre a bruxaria feita pelas bruxas , dizendo que a bruxaria serve para através dos demónios prender e amarrar as almas dos homens e mulheres com laços e armadilhas feitos pelos demónios, e que amarram e prendem as almas àquilo que os demónios querem, que é o mesmo que dizer, através de amarrações ( Vide Salmo 91,3 ;  Jeremias 5,26 ; Ezequiel 13,17-21)

Na Bíblia, os demónios são tidos como espíritosassombrações e aparições que habitam em desertos, ruínas e locais desolados ( Vd. Levítico 16:10), e que podem manipular e influenciar a vida das pessoas (Vd. Tobias 3:8, 17)

Os demónios tem o poder demoníaco de incorporar em homens ou animais, (Vide Marcos 5: 5-13),  por vezes podendo-se mais que um demónio incorporar num corpo, (Vide Lucas 8:2), de infligir padecimentos ao homem (Vide Salmo 91:5-6), de afectar, alterar e influenciar a vida dos homens, (Vide Tobias 3:7-17 e Livro de Job), de incitar os homens a praticarem certos actos, (Vide 1 Cronicas 21,1), de lançar a tentação ao homem,(Vide Mateus 4: 1-11), e de iludir os homens (Vide I Reis 22:22) Os demónios conforme a Bíblia, são por isso espíritos de trevas que influenciam invisivelmente este mundo, (Vide Èfesios 6:12), são espíritos que lançam armadilhas ao homem, ( 2 Samuel 22:5), armadilhas como a tentação e o pecado (Vide Genesis 3), e a desinquietação, lançadas a fim de levar o homem para aquilo eles pretenderem (2 Coríntios 4:4 ; 6: 14-16).

Seja como for, a Bíblia é o maior testemunho e reconhecimento do poder dos demónios, pois uma das suas principais funções e objectivo, é anunciar sobre a existência de espíritos e demónios, e revelar como espíritos e os demónios agem neste mundo, e revelar quais os temíveis poderes dos demónios e das bruxarias, e ao faze-lo, assim reconhecendo que a força e presença dos demónios e da magia negra na humanidade é intemporal, assombrosa, inegável e indiscutível.

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Certos estudos Antropológicos defendem que a bruxa foi em tempos encarada como um ser sobrenatural, uma espécie de vampiro ou mais concretamente um «succubus» que á noite invadia o lar das pessoas, fosse na forma de um gato negro, ou de uma traça, ou de neblina, para ter relações sexuais com um ou mais dos humanos daquela casa, extraindo assim as forças vitais desses humanos para seu próprio alimento.

A bruxa, enquanto ser espiritualmente infernal e vampiresco, muita das vezes poderia actuar para beber o sangue ou extrair o esperma das suas vitimas, ou noutros casos, apenas alimentar-se da sua energia vital, o que causava um estado de grande debilidade, falta de forças e fraqueza generalizada das suas vitimas.

È desse tipo de lenda que nasceram diversas superstições que ainda hoje perduram, como superstições relativamente a gatos negros ou a traças.

Julgava-se na Idade Media, que o gato negro era na verdade uma bruxa que tinha assumido a forma daquele animal, e julgava-se que ao aparecer a uma pessoa, a bruxa na forma de gato negro estava anunciando que essa pessoa havia sido embruxada. Dai que nos dias de hoje, se julgue que á má sorte ver ou cruzar com um gato negro.

Com as traças passa-se o mesmo. Em muitos locais, ainda se diz que ver uma traça dentro de casa é sinónimo de bruxaria. Tal superstição advêm das crenças medievais, nas quais se dizia que a bruxa entrava nas casas das suas vitimas sob a forma dessa insecto, para depois atacar as pessoas dessa casa enquanto elas dormiam.

Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma superstição que supostamente afasta pessoas indesejáveis de entrar naquela casa. Tambem essa superstição tem raízes na bruxa, pois acreditava-se que as bruxas tinham a capacidade de usar vassouras para se deslocarem até á casa da pessoa que iam atacar. Ao inverter uma vassoura junto da porta, estava-se no fundo querer influenciar o voo do ser nocturno, ( a bruxa), invertendo-o a afastando o voo daquela residência.

De qualquer das formas, na antiguidade o bruxo era tido não como apenas um mero ser humano, mas sim um ser humano possuído por um espírito demoníaco, o que conferia a essa pessoa poderes sobre – naturais.

O Papa Eugénio IV, em 1437, escreveu uma missiva na qual descrevia a bruxaria.

Na carta são referidos  os 6 pilares fundamentais e descritivos da bruxaria:

1

O conceito de «pacto demoníaco»,  por via do qual são concedidos grandes poderes para praticar malefícios1

2

Sacrifícios e/ou adoração aos demónios

3

O conceito de «pacto demoníaco»,  por via do qual são concedidos grandes poderes para praticar malefícios

4

O uso de imagens de cera para praticar feitiçarias

5

A inversão ou reversão de símbolos cristãos, assim como a perversão da liturgia cristã – a missa negra

6

O contacto carnal com demónios, ( «incubi» ou «sucubi»), por via do qual a luxúria com os demónios é porta aberta á celebração de pactos infernais com entidades das trevas que possuem aquela que se ofereceu como consorte de um demónio, o que consequente configura um meio de obtenção de poderes maléficos

Uns acreditavam assim que a bruxa era invadida pelo demónio através de um pacto infernal, que era geralmente consumado através de união sexual entre a bruxa e o diabo.

Segundo tais versões, as bruxas na Mitologia Crista e segundo a visão dos manuais de Inquisição na Idade Media, eram conhecidas por manter relações sexuais com o demónio, e por essa via obterem os poderes do diabo para poderem praticar todo o tipo de acções sobrenaturais ou acções magicas.

Estas noções são na verdade herdadas das mais ancestrais tradições místicas hebraicas. Já no I Livro de Henoc é possível observar que a Bruxaria é praticada pela primeira vez quando Satã, Azazel e outros 198 anjos descem á terra.

Na verdade, o I Livro de Enoch descreve como 200 anjos caíram, ou seja, abandonaram a esfera celeste e habitaram neste mundo. E assim continua o apócrifo  Enochiano:

Eles, tal como os seus chefes, tomaram as mulheres para si. Escolhiam quem queriam.

Penetram-nas e desonraram-nas. Ensinaram-lhes bruxaria, fórmulas magicas e como cortar raízes e ervas

para usarem nos seus conjuros (….)

começaram [ os anjos caídos] a revelar segredos mágicos ás suas mulheres

I Livro Enoch

Segundo o I Livro de Enoch, no inicio da humanidade, ( após a expulsão de Adão e Eva do paraíso), alguns anjos

estavam encarregues de vigiar o ser humano na terra , chamando-se esses os «vigilantes».

Entre eles, encontrava-se  Satã, Azâzêl, Samîazâz, Arâkîba, Râmêêl, Kôkabîêl, Tâmîêl, Râmîêl, Dânêl, Êzêqêêl, Barâqîjâl, Armârôs, Batârêl, Anânêl, Zaqîêl, Samsâpêêl,Satarêl, Tûrêl, Jômjâêl e  Sariêl.

Os anjos vigilantes, desejaram as filhas dos homens, as mulheres.

Em conjunto, decidiram abandonar o céu para se unirem carnalmente ás mulheres.

Assim o fizeram, e 200 anjos abandonaram o céu e uniram-se carnalmente ás mulheres, escolhendo dentre elas todas as que quiseram. Os anjos penetraram-nas e amaram-nas e com elas casaram.

Foi nesse momento que os anjos rebeldes ensinaram ás suas mulheres os segredos das artes da magia negra em troca do sexo que com elas tinham, e assim nasceu a magia negra.

Não só nasceu a magia negra,  como da união sexual entre os anjos caídos e as mulheres,  nasceram filhos: os neffilins.

Deus desaprovou tanto a fuga dos anjos, como a união entre esses e as mulheres, e gerou o dilúvio que tudo destruiu á face da terra.

Ao faze-lo, lançou uma maldição:

I

as mulheres dos anjos seriam mortas, bem como os seus filhos;

II

não só perderiam para sempre as suas mulheres e filhos, como próprios anjos caídos seriam para sempre espíritos sem descanso nem paz aprisionados num dos cantos do reino dos mortos;

III

os espíritos dos filhos que nasceram do amor entre os anjos e as mulheres, ( entretanto mortos no dilúvio), passariam a ser espíritos terrenais, espíritos impuros, espíritos maus.

Assim sendo:

Segundo Enoch, é neste momento que nascem os demónios, ou seja:

eles são tanto os 200 anjos caídos que amaram as mulheres, como os seus filhos, ( ou os espíritos dos seus filhos), condenados a vaguear eternamente na terra.

Rezam as crenças Enochianas, que os anjos caídos e os seus filhos continuam vagueando neste mundo, amando as mulheres, desejando a carnalidade com elas,  e concedendo-lhes o seu poder e sabedoria. A essas mulheres, chamam-se bruxas, e aos homens que por causa dessas mulheres possuem uma aliança com esses espíritos chamam-se bruxos.

Os demónios facultam ás bruxas:

 

I

Conhecimento sobre o passado, o presente e o futuro

II

Saber sobre as propriedades secretas tanto de ervas como de pedras que servem de base ao fabrico de pós ou essências místicas.

III

A alteração de certos eventos, ( tanto a nível de fenómenos naturais, como na vida das pessoas), através da sua acção ou influencia sobrenatural sobre esses mesmos, a pedido da bruxa e com a finalidade de causar a concretização de certa finalidade.

Os espíritos terrenais, manifestam-se nas bruxas através de incorporação, ( incorporação sucede quando um espírito desencarnado habita momentaneamente no corpo de um humano, ao mesmo tempo que a alma desse mesmo humano),  que é permitida através do processo de possessão voluntária, sendo que essa é angariada através da carnalidade.

Sobre tal tipo de processos místicos entre bruxas e demónios, recomenda-se leitura do Malleus Maleficarum e sobre o Sabbath.

Ora, verifica-se assim que a mais ancestral teologia hebraica revela que a bruxaria foi oferecida ás mulheres em troca do acto sexual com os anjos caídos, e assim nasce a arte da bruxaria tal como ela é conhecida.

Tanto as visões teológicas medievais,  como as revelações místicas e apócrifas, são unânimes  em encarar as bruxas como «consortes» do Diabo, muitas das vezes apelidando as bruxas de «prostitutas do Diabo», ou «amantes do Demonio», etc….

Mais que uma vez a bruxaria é nas escrituras relacionada com a sexualidade impura, com a relação e os pactos que se estabelecem entre bruxas e demónios através da carnalidade. Senão vejamos:

Celebram ritos onde (…) realizam mistérios ocultos, ou fazem banquetes orgiásticos com rituais estranhos
Sabedoria 14,23


Como pode estar tudo bem, se continuam as prostituições de tua mãeJezebel e as suas inúmeras magias?

II Reis 9,22

quem recorrer aos necromantes e adivinhos para se prostituir com eles (….)
Levítico  20,6


Filhos de feitiçaria (….) não sois vos que procurais a ardência do sexo? (…) que tiravas partidos dos teus amantes, com os quais gostavas de ter relações; e (….) multiplicavas as tuas prostituições

Isaías  57,3-5


Este tipo de sabedoria [ a bruxaria] não vem do alto, é sabedoria (…) animal, demoníaca

Tg 3,15

As obras dos instintos (…) são bem conhecidas: fornicação, (….) libertinagem, idolatria, feitiçaria
Gl 5,19-21

 

Bruxas e Demónios4A bruxaria é tida como uma «prostituição com os seres do oculto», sendo que se trata de uma «prostituição aos demónios», um meio esotérico por via da qual se obtêm poderes ou favores dos «filhos das trevas» (Tl 5,5).

Pois devido á forma essencialmente sexual por via da qual alegadamente as bruxas compactuariam com o Diabo para obter os seus poderes, as perseguições da Santa Inquisição Católica incidiram fundamentalmente numa violenta perseguição ás mulheres, ( especialmente as mais atraentes, pois essas eram consideradas uma verdadeira tentação do demonio), e seriam alegadamente espiritualmente mais passivas de serem mais fácil e fortemente seduzidas pelo demónio através da grande tentação dos prazeres carnais.

A sedução satânica era considerada uma sedução realizada pelo Diabo ou pelos dos seus demónios, numa tentativa desses se infiltrarem nos corpos dos que se lhe oferecessem, assim possuindo-os. O que essas pessoas ganhariam em troca de serem possuídas através do sexo com os demónios, seriam poderes sobrenaturais, poderes ocultos cuja a fonte reside no poder satânico do próprio Diabo.
Satã é um anjo caído, e sendo anjo é um espírito. Pois sendo um espírito, Satã não tem corpo nem sexo. No entanto, Satã foi considerado ou convencionado pela teologia religiosa como sendo um ser de essência masculina que ora procurava seduzir lindas mulheres a entregarem-se-lhe em troca da concessão de poderes sobrenaturais, ( as bruxas), ora procurava por homens que auxiliando-o na sua missão de corrupção e tentação, pudessem servir a Satã, ou seja, que trabalhassem para corromper belas mulheres a fim de as entregar á luxúria do demónio, sendo que por essa via também esses adquiririam poderes místicos infernais ( o bruxo).

Bruxas e Demónios5

Por isso mesmo, consideravam os manuais inquisitórios que o Diabo ou Satã:

I
procurava ter relações sexuais essencialmente com mulheres bonitas e com maior apetite sexual,  tal como Eva teve relações com Lúcifer, ou outras mulheres tiveram relações com Satã eAzazel, em troca das quais receberam sabedoria e poder. Tal como aconteceu no passado histórico descrito na Bíblia e nos escritos deEnoch,  essas lindas, desejáveis e lascivas mulheres  eram o «alvo» preferido do demónio, ao passo que as mais permeáveis á tentação da carne, sendo essas as bruxas;

II

ou então que o diabo procurava também homens que aceitassem servi-lo. E os homens poderia faze-lo submetendo-se ao poder do Diabo. Por via dessa submissão, renunciavam a Deus e oferendavam as suas belas mulheres o demónio, tal como Adão aceitou mansamente que Eva fosse amante de Lúcifer ,( dessa relação nasceu Caim), ou da mesma forma como os descendentes da tribo de Caim aceitaram que Satã, Azazel e os restantes 198 anjos caídos fossem amantes das suas esposas em troca de grande poder, saber e prosperidade; assim, acreditava-se que o homem que em troca de poder sobrenatural,  compactuasse e participasse como o demónio na sua luxúria, tornar-se-ia seu servo e sacerdote, sendo esses os bruxos.

Para mais informação histórica, consulte: Malleus Maleficarum

São Agostinho, o mais elevado dos filósofos e teólogos do catolicismo, escreveu diversos tratados retratando a magia, a bruxaria e o fenómeno mágico. Sobre tais noções, por favor consulte São Agostinho e a Magia.

Dizia-se que dessas relações carnais,( a génese do pecado original que desgraçou Adão e Eva, assim como gerou a causa do dilúvio ),  nascia o pacto satânico que facultava os poderes sobrenaturais que as bruxas e bruxos possuíam, que eram na verdade os poderes das trevas, ou o «dom das trevas». Acreditava-se também que eram nas missas negras e nos Sabbath, que o pacto demoníaco era não só selado, como ciclicamente celebrado e repetido para agrado dos prazeres demoníacos.
Segundo tais versões mitológicas, uma bruxa seria sempre o resultado de um fenómeno de possessão consentida, ou seja, um espírito de bruxaria possuía a bruxa ou o bruxo, não contra a sua vontade, mas sim através de um acto de entrega voluntária por parte desses

Na verdade, havia mesmo quem defendesse que essas bruxas e bruxos não possuíam poderes «em si» e «por si», mas antes eram consortes ou amantes do Diabo e que por isso, podiam invocar os favores de Satã ou da sua corte de anjos caídos, para realizarem as suas obras magicas neste mundo.

As teses que professavam que a Bruxa nascia de um Pacto com o Diabo assinado em sangue ,( sangue da própria bruxa), e celebrado através de sexo, ( com o próprio corpo da bruxa que assim se prostituía ao demónio), alegavam igualmente que uma das características identificativas das bruxas, ( de acordo com os manuais inquisitórios), é a «marca da bruxa».

Essa marca corporal confirmava que a bruxa era na verdade uma bruxa. A marca não pode ser um sinal de nascença, mas sim algo adquirido no momento em que o Diabo assume poder sobre essa pessoa, ou que o demónio escolheu essa pessoa para ser seu servo, aliado e sacerdote.

A «marca do Diabo» é um sinal deixado pelo demónio no corpo da bruxa como forma de assinalar a obediência dessa pessoa para com o Diabo.

Tradicionalmente, acreditava-se que a «Marca do Diabo» era criada de diversas formas:

ou pelas garras do Diabo ao passar pela carne do seu servo, ou pela língua do Diabo que tocando o individuo, lhe deixa a marca demoníaca.

Professava-se por isso que a «marca» podia-se manifestar em diversas formas:

Uma verruga, uma cicatriz, um sinal, e especialmente um pedaço de pele totalmente insensível.

Nas teses ocultistas de magia negra, a «marca da bruxa», ou o «sinal do Diabo», possui o nome de: a «marca de Caim».

Hoje em dia muitos ocultistas acreditam que a «marca do diabo» não é na realidade uma marca física que é impressa pelo demónio no corpo da bruxa, ( tal como um selo é marcado com ferro em brasa na carne de um animal), mas antes trata-se de uma marca espiritual que fica impressa na alma da bruxa, ou seja: o seu «nome espiritual», ou o seu «nome demoníaco», por oposição ao seu nome de baptismo cristão .

Alegam essas teses ocultistas, que quando um pacto é realizado, o demónio que apadrinhou uma bruxa concede-lhe um «nome espiritual», que é um «sinal» que ficará marcado para sempre no espírito de quem vendeu a alma ao Diabo.

È com esse nome que a bruxa passará a viver, a trabalhar nas artes da bruxaria, e mesmo será recebida no mundo dos espíritos depois da sua morte neste mundo.

Por esse motivo, todos os grandes bruxos adoptaram nomes esotéricos diferentes dos seus nomes de baptismo cristão:

Papus, cujo o nome de baptismo era Gerard Encausse;
Eliphas Levi, cujo o nome de baptismo era AlphonseConstant;
Aleister Crowley, cujo o nome de baptismo era EdwardAlexander
etc

Se os «nomes de baptismo» cristão identificam uma alma perante Deus, o «nome espiritual» que provem de um Pacto é o «sinal» que identifica um bruxo diante do demónio.

Sendo a bruxa o resultado de um Pacto por via do qual lhe é concedida uma nova e eterna vida ao serviço do Diabo, então no momento do Pacto a bruxa é «baptizada» com o sinal, ( «nome»), que para sempre a identificará perante o Demónio.

  • § § §

Bruxas e Demónios3Outras crenças porem, apontavam para a natureza demoníaca da bruxa, defendendo que a bruxa já nascia bruxa tal como uma cabra já nasce cabra, ou seja, a bruxa já nascia com um com um espírito de bruxaria dentro de si, pois tinha sido fruto de uma união sexual impura entre um humano e o demónio.

Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente ,(desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra.

Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz após a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a actos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos, atacando vitimas inocentes, etc.

Prova dessa mesma noção, encontramos no antigo Livro de São Cipriano, (Cap. V – Poderes ocultos – Secção 11,  p. 183), onde o santo depois de ter renegado a bruxaria e se ter convertido á fé em Deus, ainda foi atormentado por fantasmas que eram os espiritos de bruxas mortas, vagueando sem descanso por este mundo.

Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis de Deus. Outra forma de evitar que o espírito da bruxa regressasse a esta mundo e vagueasse pela terra atacando vitimas inocentes, era amarrar o corpo da bruxa a uma pesada pedra e atirar a bruxa a um rio, ou a um poço, ou a um lago, acreditando-se que assim a alma da bruxa permaneceria enclausurada no corpo, não podendo abandona-lo para regressar a esta mundo e «vampirizar» os filhos de Deus.

Tais versões teológicas existentes na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa,  um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de Cristo.

Bruxas, vampiros, lobisomens, demónios e o próprio diabo, eram rotuladas criaturas da noite, todas elas vistas por uns como seres condenados e a eliminar , e por outros como forma de produzir algum tipo de resultado na sua vida.

Seja como for que fosse encarada a origem da bruxa, acreditava-se que ao encomendar um trabalho a uma bruxa, estava-se encomendando o trabalho ao demónio que habitava na bruxa, e em ultima instância, ao próprio diabo, pois a bruxa era um representante do diabo na terra, tal como os padres eram representantes de Deus na terra.

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Bruxaria- Essências, filtros e poções

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Bruxaria- Essências, filtros e poções

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AVISO PRELIMINAR AOS QUE ESTUDAM AS COISAS DO ESPÍRITO E DO OCULTO:

O santo Salomão afirmou que é de Deus que provem o conhecimento sobre as coisas dos espíritos, e dos «poderes dos espíritos», (sabedoria 7,20). Revela também o santo Salomão que o desejo de conhecer os mistérios dos espíritos, e a sabedoria do espírito, esse desejo de sabedoria conduz a Deus e ao reino de Deus (sabedoria 6,20). Por isso, estudai, e procurai a sabedoria sobre todas as coisas do espírito, pois que a sabedoria do espírito elevar-vos-á espiritualmente, e o conhecimento dos espíritos  enriquecer-vos-á ao vosso próprio espírito, e a sabedoria dos espíritos é o caminho santo que conduz a Deus.  Por isso: estudai todas as sabedorias do espírito, e porem: usai bem toda a sabedoria do espírito, usando-a sempre em Deus, com Deus, e jamais fora de Deus, pois que essa é a única forma santa de caminhar nos mistérios dos espíritos e nos «segredos de Deus».(sabedoria 2,22) Assim, o estudo do oculto e do mundo do espírito, deve ser encarado da forma certa, ou seja, norteado por Deus, fundamentado em Deus, e guiado para Deus, jamais indo para além de Deus. E por isso, eis que na obra do santo são Cipriano se pode ler:

 

«Como diz são Cipriano na sua obra secular: Rogo pois, de todo o meu coração (…) tudo quanto fazemos é em nome de Jesus Cristo»

 

Obra de são Cipriano; Instruções a todos os religiosos, Pag. 36

 

Assim sendo: enriquecei o vosso espírito com o conhecimento dos espíritos, pois que a sabedoria é coisa boa, pois que assim está revelado:

 

De facto, Deus ama somente aqueles que convivem com a sabedoria.

Sabedoria 7,28

 

Usai por isso deste mandamento do santo são Cipriano, e em todos os estudos que empreenderdes nas artes do espírito, procurai a sabedoria dos espíritos e do oculto, e porem fazei-o sempre com Deus, por Deus, e jamais fora de Deus.

Bruxaria- Essências, filtros e poções3

(Tratado de magia de 1656)

Bruxas e bruxos , são historicamente conhecidos por realizarem pactos com entidades espirituais através de actos de carnalidade, por via dos quais obtêm o seu poder espiritual.

Também são conhecidos pela celebração de Missas carnais, nas quais realizam a consagração dos seus trabalhos de bruxaria -, bem como pela celebração do Sabbath  – nos quais perpetuam o seu pacto com as entidades espirituais ás quais estão ligadas.

Mas como são realizados os trabalhos de bruxaria?

Que métodos são empregues para lançar bênçãos ou maldições ?

Eis que se lança alguma luz sobre o assunto:

Atribui-se ás bruxas a arte de realizar trabalhos de magia e bruxarias através de velas ou bonecos de cera.

Bruxaria- Essências, filtros e poções

Pois na verdade, os bonecos são usados em conjunção com elementos que identificam a pessoa visada pela bruxaria, seja pelo seu nome e data de nascimento, seja por um objecto pessoal dessa pessoa, seja por algo mais intimo dela como cabelos, ou unhas dessa pessoa.

Nalguns casos, ate mesmo o sémen, secreções vaginais ou o período menstrual pode ser usado.

O objectivo é simples: «marcar» essa pessoa de forma tão indelével, que os espíritos posteriormente invocados se dirijam a ela sem erro possível, e causam nela os efeitos desejados.

Os bonecos de cera a que foram adicionados os elementos identificadores da pessoa a quem se dirige a bruxaria, actuam posteriormente como elementos de um processo de ritual místico de chamamento de espíritos a quem um determinado serviço é entregue.

Uma vez entregue o serviço, os espíritos actuarão pelos meios que acharem necessários, de forma a produzir o efeito desejado e encomendado.

Outros metodos rituais ainda mais poderosos, são usados em bruxaria para obter os fins desejaods:  as essências e formulas secretas, que tanto geram poderosos efeitos físicos, como fortes efeitos invocatórios de forças espirituais.

Na religião Vodu e Kimbanda, os segredos de fórmulas místicas detêm um poder temível.

Um pó produzido através da combinação de ervas secretas, tanto pode curar uma doença incurável, como devolver o fogo da paixão a casal desavindo, como condenar alguém ao mais triste dos destinos.

Qual o segredo dessas essências?

Na maior parte dos casos, elas são produzidas com recurso a uma base de compostos perfeitamente identificáveis e inofensivos.

A esse composto relativamente simples, é adicionada uma substância secreta, altamente indetectável, porque produzida através da combinação ou destilação de ervas ou elementos raros.

A imperceptibilidade dos elementos essenciais da fórmula, assim como a base declaradamente inócua onde se firma uma substancia mística, visa um único fim:

*      obter os resultados desejados, salvaguardando ao mesmo tempo o segredo dos meios que foram usados nesse produto.

As essências místicas não são produtos farmacêuticos, ou seja: não se pretende colocar a sua composição no rotulo, nem vende-las em hipermercados. Ao contrário, as essências místicas são segredos rigidamente conservados ao longo de séculos e séculos.

Por isso, uma essência mística é como um perfume: possui um corpo e uma essência.

E tudo isso se chama: um filtro.

Explica-se:

o «corpo» é o composto que serve de base á essência mística. A essência assentará sempre num sólido, num pó ou num líquido.

Esse pó ou líquido, são sempre compostos que permitem a diluição apropriada da essência que se lhe quiser adicionar.

Contudo, serão sempre «corpos» compostos por uma simples  associação de elementos facilmente reconhecíveis e inofensivos.

O truque, não está naquilo que se vê com os olhos abertos , mas antes naquilo que não se consegue ver nem com um microscópio.

Depois do «corpo», vem a «essência».

Nessa «essência», reside o espírito e o segredo do produto.

São aí empregues fórmulas ancestrais compostas por elementos raros, com diverso tipo de propriedades.

O objectivo é um: atrair forças espirituais poderosas, indicando-lhes a tarefa que elas devem cumprir junto de quem se encontra imbuído numa certa formula.

E os espíritos ouvirão esse poderoso chamamento, e realizarão sem margem para apelo o fim destinado e encomendado.

Exemplos deste tipo de magia, e do seu poder, podemos facilmente encontrar na Bíblia.

Nos livros de Levítico, Êxodo, Deuteronómio e Números, são incontáveis os exemplos de fórmulas que são ensinadas por Deus aos profetas, a fim de produzir determinados fins espirituais que tem reflexos práticos na vida das pessoas.

Todas as fórmulas são aparentemente inofensivas, e no entanto, geram efeitos de enorme poder, pois atraem a si o poder de Deus.

As fórmulas de produção de incensos, as fórmulas de produção de oferendas a entregar em holocausto, os meios de uso do sangue, as formas e composição de produção de alimentos, etc…. Tudo isso são fórmulas de produção de essências agradáveis a Deus e que por isso atraem para quem as gerou, os efeitos desejados conforme a sua fórmula.

Da mesma forma, actuam as essências místicas usadas na bruxaria:

feitas aparentemente de elementos inócuos, as fórmulas pelas quais são produzidas, atraem a si poderosas forças espirituais, que vão gerar efeitos em consonância com as finalidades inscritas do filtro produzido.

Alguns exemplos Bíblicos, de forma de atracção de poderes espirituais dirigidas a um certo fim:

Aprendemos que azeite e incenso não devem se usados em trabalhos relacionados com pecado:

Não colocará nele nem azeite, nem incenso, pois é um sacrifício pelo pecadoLevítico 5, 11

Logo, sabemos que sacrifícios dedicados ao pecado, usam tais elementos.

Eis algumas fórmulas de invocação dos poderes de Deus, realizadas com elementos aparentemente inofensivos,

conforme esta descrito na Bíblia:

Deus disse a Moisés: «providencia bálsamo de primeira qualidade: 5 quilos de mirra em grão, 2 quilos e ½ de cinamomo, 2 quilos e ½ de cana aromática, 5 quilos de cássia, (…) 7 quilos e ½ de azeite de oliveira. Com estes ingredientes, faz óleo para a unção sagradaÊxodo 30, 22-25

Deus disse a Moisés:« providencia essências aromáticas: resina, âmbar, bálsamo, aromas e incenso puro em quantidades iguais. Com elas faz um incenso perfumado. (…) será puro e santo

Êxodo 30,34-35

Quando oferecerdes uma oblação cozinhada no forno, será feita sem fermento, feitas de flor de farinha amassada com azeite (…) parti-las-ás em pedaços, e deitar-lhes-ás azeite por cima. È uma oblação

Levítico 2,4

Todas as oblações serão oferecidas com sal

Levítico 2, 13

Sobre ela derramarás azeite e colocarás incenso

Levítico 2,15

O sacerdote queimará uma parte do pão com azeite e todo o incenso

Levítico 2, 16

O sacerdote tomará um punhado de flor de farinha, com azeite e como todo o incenso colocado sobre o altar

Levítico 6, 8

Em seguida, Moisés tomou um pouco do óleo da unção e do sangue que estava sobre o altar, e com isso aspergiu Aaarão e as suas vestes

Levítico 8,30

Uma oblação amassada com azeite

Levítico 9,4

Toma flor de farinha, e coze com ela 12 pães de 8 litros cada um. Coloca-os depois em 2 filas de 6 sobre a mesa de ouor puro, que esta diante de Deus. Coloca incensi puro sobre cada fila. Isso será como alimento oferecido (…) para Deus

Levítico 24, 5-7

Aquele que fizer a sua oferta a Deus, apresentará o seguinte: uma oferta de 4 litros e meio de flor de farinha amassada com 2 litros de azeite

Números 15,4

Seja na bruxaria, seja nos saberes espirituais Abraamicos, o segredo de uma essência, ou de uma poção

reside em 2 pontos fundamentais, que são :

  1. Os elementos que compõem a essência ou poção
  1. A consagração da essência ou poção

Os elementos que compõem uma essência, ( ou seja: a formula de uma poção),  são substancias consideradas sagradas.

São sagradas, pois são substâncias, (ou combinações de substancias), que atraem ,(ou repelem), forças espirituais de luz o de trevas.

O poderoso efeito que certo tipo de fórmulas exercem sobre os espíritos é reconhecido nos textos bíblicos.

Assim está escrito:

Ele [anjo Rafael] respondeu: « O coração e o fígado servem para serem queimados na presença de homem ou mulher atacados por algum demónio ou espírito mau.O fumo espanta o mal, e faz com que o demónio desapareça para sempre – Tobias 6,8

Tobia lembrou-se do que Rafael tinha dito: pegou no fígado e no coração do peixe, que estavam na sua sacola, o colocou-os no queimador de incenso. O cheiro do peixe expulsou o demónio, que fugiu para as regiões do alto Egipto. Rafael perseguiu-o, agarrou-o e acorrentou-o.

Tobias 8, 2-3

Aqui se vê como algumas substancias combinadas e trabalhadas de certa forma, podem rapidamente expulsar uma força espiritual, ao mesmo tempo que invocando a ajuda de outra.

Mas o verdadeiro segredo da essência reside não apenas na fórmula de substâncias que compõem uma poção , mas sim na sua «consagração».

«Consagrar», significa:

tornar sagrado; dedicar a uma divindade ou aos espíritos; destinar a certo fim.

A «consagração», é por isso um conjunto de rituais esotéricos por via do qual uma certa fórmula é «oferendada» e «entregue» aos espíritos, que assim a aceitam e agem em conformidade com os fins a que a coisa consagrada se destina.

No caso que vimos descrito no Livro de Tobias, as substancias indicadas pelo anjo Rafael, deviam ser queimadas num incensório, pois essa era a forma de encaminhar as essências para os espíritos, ao mesmo tempo que indicando o fim a que se destinavam, e que naquele caso era expulsar um demónio, ao mesmo tempo que invocando o auxilio de um anjo.

Mas mais exemplos encontramos do processo de consagração de substâncias espirituais.

Por exemplo:

Na cerimónia crista da eucaristia, o pão simboliza o corpo de Cristo, ao passo que o vinho representa o sangue de Cristo. Em conjunto com os rituais litúrgicos que são celebrados pelo sacerdote, esses 2 elementos , ( pão e vinho), simbolizam o poder espiritual de Cristo que tomamos em nós ao partilhar daquelas substancias. No entanto, todos sabemos que pão é apenas pão, e vinho é apenas vinho, ou seja: apenas por si são meros alimentos, que não trazem qualquer salvação espiritual.

Sem o ritual da liturgia, um pão é apenas um pão, e uma taça de vinho é apenas uma taça de vinho.

O que transforma aqueles elementos em substancias sagradas com uma carga espiritual (neste caso com uma finalidade redentora), são os rituais celebrados e que consagram aquelas substancias a um fim espiritual.  E essas substancias, uma vez oferendadas ao espírito (neste caso, ao espírito de Jesus), passam a ser sagradas, pois por elas o espírito (neste exemplo, o espírito de Cristo),  actua em quem partilha a eucaristia, oferecendo expiação e redenção.

Pois uma essência ao ser consagrada, é entregue aos espíritos através de determinado processo ritual, e passa a representar determinados fins, tal como o pão e o vinho no contexto de uma liturgia, passam a significar a salvação em Cristo e através de Cristo.

agua-benta

O mesmo sucede com a água benta. Água benta é apenas água, e no entanto a forma como é consagrada torna-se santa, atraindo a si forças espirituais de Deus para uma finalidade purificadora.

Senão vejamos:

Dizendo isto, Jesus cuspiu no chão, fez barro com a saliva, e com o barro ungiu os olhos do cego. E disse: «Vai e lava-te na piscina de Siloé. (…) O cego lavou-se e voltou vendoJoão 9, 6-7

No evangelho de João, observamos com a água purificada pela força espiritual de Cristo, se transformou num remédio milagroso. Ou seja: transformou-se de mera agua, em substância santa e curadora.

O mesmo exemplo encontramos no II Livro de Reis, quando o profeta Eliseu mandou que Naamã se lavasse 7 vezes no rio Jordão.

«Lava-te e ficarás curado.» Então Naamã desceu e mergulhou 7 vezes no rio Jordão, como o homem de Deus havia dito.  Sua carne tornou-se como carne de uma criança, e ficou curadoII Reis 5,13-15

Mais uma vez se assiste á forma como uma substância, (a água), consagrada de forma poderosa, se transforma em poderoso filtro espiritual com propriedades espantosas.

Tal como o pão, o vinho e a agua benta quando usados em processos rituais adequados, se transformam em substâncias com certos fins, também outro tipo de essências são usados em processos místicos.

Nesse processos místicos, essas essências são consagradas (entregues e dedicadas a espíritos), de forma a que as forças espirituais a quem foram dirigidas, realizem um certo fim na vida daqueles que procuram auxilio nas suas aflições e metas.

Em resumo:

A forma como uma essência é consagrada, por um lado oferece a essência a um certo tipo de espírito, ao passo que indica que tipo de finalidade é que se deseja que as forças espirituais invocadas pela fórmula devem realizar junto de uma pessoa: protege-la, salva-la, amaldiçoa-la, conceder-lhe bênçãos, etc.

Assim se atesta através dos textos bíblicos, que determinados elementos, combinados de determinada forma e devidamente consagrados, são altamente apelativos de espíritos poderosos, bem como são indicativos dos fins que se procuram obter desse mesmo tipo de força espiritual.

Eis que assim actuam as essências místicas, se bem que não de forma tão simplista.

De resto, os segredos são segredos, e nem a Bíblia os revela abertamente.

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Bruxaria – sobre os resultados da bruxaria

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Bruxaria – sobre os resultados da bruxaria

Sobre os Resultados da Bruxaria

pentagrama

 

BRUXARIA E SEUS RESULTADOS CONFORME A OBRA DE SÃO CIPRIANO
Sobre os resultados da bruxaria segundo são Cipriano, e a forma de os alcançar através dos ensinamentos de são Cipriano.

AS 6 REGRAS DOS TRABALHOS ESPIRITUAIS

Eis os 6 ensinamentos basilares que provem directamente da obra de são Cipriano, e ei-los para que todos os que a são Cipriano recorrem, e os seus prodígios procurem, assim os saibam:

1º Ensinamento: sobre a fé.

Sobre a fé, na obra de são Cipriano podemos ler:

«O espírito mau segredou-lhe ao ouvido: tens ainda pouca fé no meu poder, e é por isso que não achas as pedras de que te falei.»

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 4º, pagina 251

Assim se fica sabendo que apenas tendo fé no espírito, é possível do espírito retirar a sua obra.

 

2º Ensinamento: sobre a paciência

Sobre a paciência, na obra de são Cipriano podemos ler:

«[Implorou Siderol]: perdão, perdão, Lúcifer (…)

[Respondeu Lúcifer]: não te disse já, (…), que na minha lei também é preciso ter paciência? »

Obra de são Cipriano, «Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo», capitulo 8º, pagina 260

Assim se fica sabendo que se desejamos entregar os destinos de um assunto ás mãos de um espírito, então assim o façamos para que o espírito dele se encarregue e por ele providencie. Porem, se não temos fé e paciência para entregar o destino desse assunto ás mãos de um espírito, e tendo-lhe entregue o assunto ainda assim persistimos em tomar o assunto em nossas mãos, então de que serviu entregar o problema ás mãos do espírito se persistimos ainda assim em tratar dele pelas nossas mãos? Uma vez entregue um assunto ao espírito, deixai então que ele trate do problema pelas suas mãos e não pelas nossas, porque das nossas mãos mortais nada colheremos, e sabendo deixar operar as mãos de um espírito ele assim vos dará a chave que abre a porta que não se vos abre.

3º Ensinamento: sobre o sacrifico

Sobre sacrifico, na obra de são Cipriano podemos ler:

«Para que gozes da minha protecção, é necessário que faças algum sacrifício»

Enguerimanços de são Cipriano ou prodígios do Diabo, capitulo 7º, pagina 260

Pois assim sabemos que nenhum milagre, nem nenhum prodígio, nem nenhuma protecção do espírito cairá do céu sem algum sacrifício. E porem, esse sacrifício aliado á fé, será então o grão de areia que fará a montanha mover-se a vosso favor.

4º Ensinamento: sobre Deus

Sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«(…) Disse o demónio –  Infelizmente nada possa fazer contra o Deus todo poderoso (…) que se quiser poderá nos impedir de qualquer movimento»

Obra de S. Cipriano – Pag 22, Capitulo «Nascimento, vida e Morte de S. Cipriano; Cipriano e Clotilde»

Por isso assim se sabe que aquilo que Deus aceitar firmar Ele firmará, porem aquilo que Deus não aceitar decretar Ele não decretará, e esta é a lei. Assim ensina são Cipriano que quando desejais a mais forte das magias, lembrai-vos de Balaão e de são Cipriano, e assim não caia o vosso apelo em orações fúteis e fé mal guiada, mas antes dirigi-vos a um altar onde os santos de Deus são venerados, pois que apenas através de um santo de Deus podereis obter permissão para que tanto anjos, ( magia branca), como demónios, (magia negra), actuem em vosso favor, pois que apenas através da autoridade de Deus se podem tais prodígios firmar, e todo o santo de Deus apenas a Deus clama para abrir caminhos, seja na magia branca, ou na magia negra.

 

5º Ensinamento: sobre a oração

Sobre a oração, assim está escrito na obra de são Cipriano:

«A oração é o meio que o homem tem para comunicar-se com Deus e com os espíritos»

Obra de S. Cipriano Pag 391

Pois assim se sabe que é na oração, proferida com fé numa casa de oração e num altar dedicado a um santo de Deus como é são Cipriano, em que muitas orações se juntam clamando em todo o seu poder, que todos os prodígios são possíveis, e fora da oração e da fé expressas numa casa de oração e num altar de um santo de Deus, pouco será alcançado pois que assim são Cipriano ensinou.

6º Ensinamento: sobre as instruções

Sobre o cumprimento das instruções de um trabalho espiritual, assim diz a obra de são Cipriano:

«Cumpridas as instruções de Lúcifer, Cipriano pode então apossar-se de Elvira, como pretendera»

Obra de S. Cipriano, Pag 20, Capitulo «Cipriano e Elvira»

Pois assim se sabe que apenas cumprindo com rigor as instruções de um espírito, então será possível colher o fruto da acção desse espírito. Respeitai a instrução e podereis ter o benefício do espírito, porem desrespeitai a instruções do espírito e nada vos será dado, mas apenas tirado.

Em resumo:

Ensinamento geral sobre os saberes de são Cipriano

Sobre os saberes de são Cipriano, assim diz a obra de são Cipriano:

«(…) os manuscritos que ele escrevera e os apontamentos da bruxa Èvora, botou-os no fundo da sua grande arca, pois, apesar de não terem sido fortes o suficiente contra Deus(…), os reconhecia de portentoso valor»

Obra e vida de S. Cipriano, extraída do Flos Sanctorum

Eis por isso que são portentosos e valorosos os saberes de são Cipriano, e se os usais conforme estas 6 regras, eis que eles vos responderão sem falhas, e sempre conforme estes 6 ensinamentos aqui revelados por são Cipriano.

 

Eis igualmente 4 breves sabedorias espirituais adicionais da obra de são Cipriano, e ei-los também para que todos os que a são Cipriano vem, e os seus prodígios procuram, assim os saibam:

1- Sobre a magia negra ou magia branca, sobre o mundo do espírito e sobre Deus, assim está escrito na obra de são Cipriano:

[respondeu são Cipriano] Amanha, á nona hora, vai ter comigo ao templo dos cristãos, que te apresentarei ao presbítero Eugénio, para que te dê as aguas lustrais, e logo te direi o segredo que torna essa magia infalível (…)

De manha estando [ são Cipriano]  na igreja com o presbitério, viu entrar a bruxa que correu a beijar os pés do sacerdote. Em seguida foi baptizada, e no fim da cerimónia chamou-a Cipriano e deu-lhe um pergaminho quadrado onde estava escrita a seguinte oração: «faz 3 vezes o sinal da cruz (…)» (…) Logo que a feiticeira acabou de rezar a oração (…) o duque vestiu o fato defumado pela bruxa, prostrou-se aos pés da duquesa a pedir perdão pelas suas leviandades. No dia seguinte, tirou um olho á amante e desprezou-a

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º; Pag. 311

Ensina são Cipriano na sua obra que a oração, e o sinal da cruz, ( ou seja: o poder de Deus), é a chave que faz a magia operar os seus prodígios, e que se alguma magia for infalível ela apenas o é se o poder de Deus a firmar e sustentar;

E assim, eis que são Cipriano ensina que essa, ( a fé na oração e Deus),  é a chave para Deus poder aceitar firmar aquilo que é clamado, rogado e pedido numa magia, feitiço, conjuro ou encantamento, ensinando também que é em Deus que reside o poder de qualquer prodígio de magia branca ou negra, ou seja, de bênçãos ou maldições.

2- Em assuntos de amor ou de família, assim está revelado na obra de são Cipriano:

Pelas chagas de Cristo, juro que (…) se faço isto é pelo muito amor que lhe consagro e para que não tome afeição a outra mulher

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 1º

Pois assim se fica sabendo que quem procura magia branca ou negra em assunto de amor, se o fizer por bem e por amor, então não está ofendendo a Deus e está apelando ao seu imparável poder.

 

3- Em assuntos de males malignos que afectam as vidas do sofredor e lhe trazem apenas contratempos, padecimentos e tribulações, assim está revelado na obra de são Cipriano:

Os verdadeiros e eficazes remédios são os de que usa a igreja, e estes são: o sinal da cruz; a invocação dos santíssimos nomes de Jesus e Maria; os exorcismos; os jejuns; as orações; as esconjurações; as relíquias de santos; a bênção das casas; aspersões de água benta

Obra de são Cipriano; Remédios contra os espíritos; Pag 272

Pois assim se conhecem os verdadeiros remédios que no altar de são Cipriano são usados para ajudar todo aquele que vê a sua vida destruída pelo mal e o maligno que brota dos maus corações

4- Sobre como são Cipriano actua em Cristo e na cristandade, assim está escrito na obra de são Cipriano:

Socorro-te porque a minha religião que é a cristã, diz que todos são filhos do mesmo Deus Omnipotente, e que não se deve perguntar as crenças ao irmão que sofre (…) Sou Cipriano, o antigo feiticeiro, mas logo que senti a água do baptismo, não posso mais usar da magia; mas já que é para o bem e alcanço uma alma para a cristandade, dir-te-ei o modo como se faz essa coisa que em vão tens preparado

Obra de são Cipriano; forças e poderes ocultos do ódio e do amor; capitulo 16º;pag311

Pois assim se sabe que mesmo já convertido ao cristianismo, pela cristandade são Cipriano acorreu aos que procuravam solução na magia e no mundo dos espíritos, ensinando-lhes os mais poderosos saberes, e porem evangelizando e afirmando sem equívocos que nenhum prodígio pode ocorrer sem que Deus o permita, e sem que Deus o aceite, pois apenas Deus tem poder sobre todas as coisas, ate mesmo sobre a magia branca e a magia negra.

Eis por isso que são Cipriano é fonte de portentosos saberes, e porem eis que o santo assim o ensinou que sem Deus, fora de Deus, sem a anuência de Deus, e sem a lei de Deus…. nenhum prodígio ocorre nem sucederá.

Por isso ensina são Cipriano:

Se procurais auxílio nas magias brancas ou magias negras, procurai-o num santo de Deus, na intercedência do santo junto de Deus, e através da anuência de Deus, pois apenas no Senhor e na sua palavra revelada nas escrituras poderá um encantamento, feitiço, magia ou intercedência operar os seus fins.

quer um poderoso trabalho de magia negra?

quer um poderoso trabalho de bruxaria?

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