Budismo, religião não-teísta, magia na China e no Japão,
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Os princípios religiosos do budismo não-teísta
O budismo não teísta é uma religião profundamente marcada pela crença nos espíritos ancestrais e nas energias vitais do universo.
O Não-Teísmo é uma conceção religiosa que não professa a existência de deidades, ou seja: nem de um Deus, nem de deuses.
O não-teísmo tende a crer – isso sim – nos espíritos, no mundo dos espíritos, especialmente nos espíritos dos nossos antepassados, que devem ser relembrados, venerados e reverenciados.
No budismo e Não-Teísmo, o culto aos espíritos ancestrais é assim usado para diversos fins: pedir proteção, pedir por saúde, pedir orientação, pedir por prosperidade, pedir por sabedoria para nos guiar nos momentos difíceis, pedir bênçãos e abertura dos nossos caminhos.
No budismo e Não-Teísmo, os espíritos ancestrais são espíritos evoluídos e já iluminados que – já tendo desencarnado deste mundo – habitam na esfera celestial do mundo dos espíritos. Esses espíritos são como guardiões daqueles que agora ainda vivem encarnados neste mundo dos vivos.
No budismo e Não-Teísmo, acredita-se também nas energias espirituais que habitam na natureza e no universo. Essas energias espirituais fluem por todo o universo, estão impregnadas em toda a natureza á nossa volta, e estão presentes em todas as coisas da natureza que nos rodeiam, unindo o cosmos e unificando a existência.
Essa energia pode manifestar-se numa abelha, numa montanha, numa arvore, numa erva, numa raposa, num lobo, num tubarão, numa águia, na água, no vento, no ar, no metal, na terra, nas sementes, nos frutos, nas nuvens, .na chuva e no vulcão.
Essa energia está em tudo, e em tudo se pode manifestar.
Essa energia escolhe manifestar-se em formas diferentes e por meios diferentes conforme a mensagem ou o desígnio que queira transmitir aos humanos.
Essa energia jamais deve cair em desarmonia, pois que isso significa a enfermidade e a moléstia da existência, ao passo que sendo respeitada e mantendo-se em harmonia, ela perpetuará a vida e a harmonia do universo.
No budismo e Não-Teísmo, acredita-se também Reencarnação.
«Incarnar» é o processo através do qual o espirito vem habitar um corpo físico neste mundo e assim o espirito dá vida á carne, ao passo que «desencarnar» é o processo através do qual o corpo físico deste mundo morre no momento o espirito abandona esse mesmo corpo, e parte para o mundo dos espíritos. Para alem disso, crê-se na «reencarnação».
Prova da existência do espirito conforme o budismo não-teísta
Primeiro:
veja a prova que comprova a existência do espirito, e a prova é:
se existe luz é porque também existe trevas, se existe calor é porque também existe frio, se existe positivo é porque também existe negativo, se existe vida então também morte, e logo – por consequência e analogia – se existe corpo então também existe espirito, e isso é irrefutável.
A reencarnação e o carma no budismo não-teísta
Ora, no budismo e Não-Teísmo, acredita-se que o espirito uma vez desencarnado regressa ao mundo dos espíritos, para depois regressar ciclicamente a este mundo e incarnar noutro corpo, sendo que isso constitui o que se chama o ciclo da vida e do espirito, que é um ciclo análogo ao ciclo da água.
Repare:
A agua existe no mar e nos rios de forma palpável, e porem ela depois ascende aos céus já na forma de vapor invisível e ventos, para depois voltar a cair sobre a terra novamente na forma física de água da chuva, e esse ciclo da água perpetua-se gerando vida na terra.
Pois o mesmo sucede com na reencarnação:
o espirito habita neste corpo de forma palpável, para depois o corpo morrer e o espirito ascender ao mundo do espirito, e depois esse mesmo espirito regressar novamente a este mundo físico numa forma física, reencarnando noutro corpo, e assim se perpetuando o ciclo da vida do espirito, tal conforme se perpetua o ciclo da água.
Este ciclo espiritual perpetuar-se-á até que o espirito atinja a perfeição, pois nesse caso ele cessará de volver a este mundo carnal, e ascenderá á condição de um espirito ancestral e de Luz. O processo da reencarnação tem por missão o aperfeiçoamento da alma, assim como a limpeza do carma. No budismo o conceito de carma está ligado ás intenções que motivam as nossas acçoes, ou seja: boas intenções levam a boas acçoes, más intenções levam a más acçoes, e intenções neutras levam a ficarmos parados sem nada fazer. Seja como for, no Budismo não existe a noção de um destino pré-determinado por um Deus, mas sim somos nós mesmos que edificamos o nosso destino conforme as nossas intenções e acçoes.
Ora, o objectivo da reencarnação é limpar as más intenções já vividas e praticadas em vidas passadas, para que anulando-se esse peso das amarras que nos prendem a este mundo, então nos libertemos e possamos ascender á plena vida celestial, na qual já não somos mais forçados a regressar a este mundo. Este mundo é um mundo temporal, um mundo passageiro, um mundo imperfeito, um mundo onde tudo aquilo que vive acaba por morrer, um mundo onde há doenças, sofrimentos e padecimentos. Já o mundo celestial dos espíritos é um mundo perfeito, um mundo de luz, um mundo eterno, um mundo de paz e harmonia, um mundo etéreo, intangível, e invisível que é intemporal, que não conhece a corrupção nem o mal, um mundo de beleza e de amor. O objectivo do espirito humano é – através da reencarnação – eliminar o que há de negativo em nós, até nos tornar puros e assim ascendermos a essa mundo celestial.
Já houveram vários e espantosos relatos ocorridos na china e na índia – casos raros – de crianças que vieram a este mundo com total memoria sobre a sua vida passada, sendo que estudiosos e cientistas foram confirmar a veracidade dessas afirmações, descobrindo que noutro local qualquer do planeta realmente existiu uma pessoa com aquele nome e que teve aquela vida, coisa que é impossível de explicar á luz da ciência, pois que aquelas crianças nunca tinham saído das suas aldeias nem tinham como saber daqueles detalhes íntimos da vida de outrem.
Por isso, e em resumo:
quando você se faz aquela pergunta: « mas ao recorrer da magia não irei depois sofrer com mau-carma?», então a resposta – conforme o budismo não-teísta – é:
tudo depende das suas intenções.
Se você recorre da magia com boas intenções para si e para os outros, então isso jamais levará a algo mau para si, pois semente de boa origem dá sempre origem a bom fruto; se porem você recorre de magia com más intenções e por pura maldade, então isso levará a consequências más para si, pois de semente podre e o azeda jamais floresceu fruto doce.
Por isso:
ao recorrer da magia faça-o com intenções boas e positivas para si e para os outros, que então receberá bom-carma; e porem não recorreis da magia com intenções prejudiciais nem más para ninguém, pois que dai colhereis mau-carma.
Logo:
È no seu próprio coração que está a chave para essa pergunta cármica que muitos se colocam.
Origem da vida no budismo e não-teísmo
Esta filosofia budista e não-teísta também acredita que o mecanismo que faz mover e existir universo consiste no fenómeno que em filosofia se denomina enquanto a «dialética entre opostos», ou seja: em toda a existência, sempre que algo existe então também existe sempre o seu oposto, senão vejamos:
No budismo e Não-Teísmo, observa-se que se existe luz é porque também existe trevas, se existe calor é porque também existe frio, se existe vida então também morte, se existe corpo então também existe espirito, se existe positivo é porque também existe negativo – e é da dialética entre opostos» ou da interação entre os opostos que nasce a vida e a evolução da existência.
Por exemplo:
A vida não seria possível na terra se só existisse dia e sol, pois sem a noite e o luar que faz mover as marés, não haveria por consequência toda a dinâmica geo-hidografica que faz o nosso planeta poder ter sido um berço para a vida. Mas por outro lado, o nosso planeta também não seria o berço da vida se só existisse noite e não existisse dia, porque sem o sol não haveriam plactons nem plantas que são os pilares de toda pirâmide de seres vivos e da vida.
Por isso assim se vê:
No budismo e Não-Teísmo, compreende-se que é a interação entre opostos que nasce a vida e a evolução de tudo o que existe, tal conforme é preciso um átomo positivo e outro negativo para que os átomos tenham dinâmica e formem a energia e matéria que nos rodeia.
Magia branca e magia negra no Budismo e não-teísmo
Por tudo isso:
Na filosofia religiosa no Não-Teísmo, acredita-se que se´verdade que existem espíritos evoluídos e celestiais, por outro lado também é verdade que existem outro tipo de espíritos, que são aquilo a que no ocidente se chamam de assombrações, de demónios, de fantasmas, de aparições.
Esses são espíritos que teimaram em – depois da morte do corpo, e de desencarnarem do corpo – não prosseguir rumo ás esferas celestiais, mas sim escolheram fincar-se e permanecer ligados á terra ou a este mundo dos vivos – o nosso mundo dos espíritos ainda incarnados – e são esses são as trevas habitando neste mundo, por oposição á luz celestial dos espíritos ancestrais habitando no mundo superior da luz.
Na cultura japonesa há imensos exemplos de mitos sobre tais tipos de espíritos de trevas desencarnados, sendo que alguns acabaram sendo retratados em filme. A lenda japonesa de Kayak, que inspirou o filme de terror The Grudg, assim como a lenda japonesa de Okiku que inspirou o filme terror Ringu – the Ring. Todas essas lendas japonesas falam sobre um espirito maléfico que depois da sua morte ficou habitando nas trevas deste mundo físico, assombrando e amaldiçoando aqueles quem com esses espíritos se cruzaram, e causando horríveis aparições. Pois na filosofia budista e não-teísta existem também descrições sobre tais formas de assombrações e espíritos de trevas.
È tendo em conta estas realidades que nas filosofias religiosas budistas e não-teístas se pratica a magia branca e a magia negra, ou seja:
recorrendo dos espíritos dos ancestrais de luz para a magia branca, e recorrendo dos espíritos desencarnados de trevas para a magia negra.
A magia do Não-Teísmo e Budismo
O livro tibetano de feitiços
No budismo e Não-Teísmo, os monges podem fazer magia? Eles deveriam praticar magia?
Muitas vezes, imaginamos os monges (ou pelo menos o ideal do monge) na configuração do mosteiro, quer buscando iluminação através do estudo e meditação, ou realizando nos assuntos do mosteiro.
Mas, e a magia?
Bem, parece que durante a maior parte da história do budismo a resposta para a primeira pergunta foi sim, e a segunda, geralmente, porque não?
De fato, o cânon budista contém feitiços suficientes para rivalizar com qualquer outra filosofia esotérica.
Não nos esqueçamos que o budismo tibetano foi profundamente influenciado pelas milenares tradições historias, religiosas e antropologias do xamanismo, cujas as raízes mergulham no profundidade dos milénios, sendo que tradição espiritual do Xama existiu naquela cultura desde o inicio dos tempos.
Por isso mesmo, os monges indianos, chineses e japoneses têm poções e feitiços, assim como falam da existência demônios exorcizados.
Há uma história sobre Bodhiruci – um monge indiano que ensinou durante muitos anos na China – ilustra bem como as tradições de magia Hindu de cruzaram com a magia dos Budistas.
Uma vez, quando um monge chinês viu Bodhiruci lançando um feitiço para fazer a água entrar em fervura espontânea, o monge começou a prestar homenagem especial a ele. Mas Bodhiruci parou o monge e explicou que todos os monges indianos aprendem essas habilidades.
E não pensemos que isso se aplica apenas ao budismo tântrico.
Os feitiços já eram lançados pelos budistas muito antes dos tantras aparecerem.
Na verdade, a recitação de versos contra doenças ou espíritos malignos retorna ao começo do budismo.
Os mantras são encontrados nos textos da seita Sarvāstivadin e nos textos paritta dos Theravadins.
E não há nada misterioso sobre isso.
Os monges budistas tradicionalmente viveram separados, cada um percorrendo o seu caminho e indo de encontro aos aldeões de cada povoado que encontravam nas suas peregrinações.
Ora, as pessoas comuns voltaram-se para os monges para os ajudar com suas necessidades diárias, sejam graves calamidades como a doença, ou as complicações do parto, ou exorcismos devido á possessão espiritual d demónios.
Nisso, os monges budistas enfrentaram a concorrência dos brâmanes na Índia, dos Bön e Shen no Tibete, e dos Daoistas na China.
Todos eles tinham suas técnicas de magia, para que os budistas ganhassem os corações e as mentes das pessoas comuns, então os budistas também precisariam de feitiços.
Os feitiços do budismo não-teísta
Os feitiços são escritos para ser usados, é claro, por isso é interessante olhar para um livro real de feitiços que era de propriedade de um monge budista – um dos nossos manuscritos Dunhuang do século IX ou X.
O livro tem uma qualidade artesanal de grande beleza rustica; E então, o que está nesse livro budista?
Feitiços, feitiços e mais feitiços.
Os feitiços budistas são lançados para as seguintes finalidades:
Para você receber de um espirito guia uma visão ou sonho profético que responda uma duvida que o atormenta
Para fazer demónios obedecer e dominar assombrações e aparições
Para pacificar pessoas malignas que fazem mal a outras
Para alterar as condições climatéricas
Para ajudar nas colheitas, proteger o gado, ou favorecer negócios,
Para encontrar um tesouro
Para curar uma doença
Para curar uma doença grave até o ponto de morte
Para curar uma doença com origem numa possessão espiritual maligna
Para a fertilidade da mulher, assim como ajudar no parto
Para proteger um lar e abençoar uma família
Para cortar maldições
Para evitar ser mordido por animais selvagens
Para dividir dois amantes
Para reconciliar dois amigos
Para amarrações
Quer verdadeiros feitiços?
Quer amarrações?
Escreva-nos!
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